Usina de Letras
Usina de Letras
252 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140788)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6177)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->Tensão da Dona Selic -- 15/09/2004 - 18:37 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

TENSÕES E ENXAQUECAS DO GOVERNO
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Ela tem nome e é poderosa. É jovem, é rica e muito manhosa. Controla todo o mercado. Vive pra cima e pra baixo. Não respeita nem feriado. Nunca sabe o que é, ou o que será. Comunga com a turma do “acho”. Faz drama como toda mulher. Quase toda, pelo menos. Tem espinhos e tem rosa. É conhecida na praça. Seu nome é Selic, Um poço sem graça. Tem regra mensal. Faz fuxico e pirraça. É trabalhadora mensal. Do quadro efetivo do Banco Central. É muito falada e muito mimada. Um pouco discreta e também recatada.

Tem muitos amigos, com muito dinheiro. Gente de grana e até estrangeiro. Corretor de bolsa e muito banqueiro. Provoca enxaqueca, tensão menstrual. A cada período de reunião. O estresse acontece, no Banco Central.

Todo mundo de olho no seu sobe-e-desce. Se desce, arrefece, o ganho de capital. Se sobe, acontece, alegria geral. Não gosta de pobre, tem esse defeito. O pobre não entra no mundo global. Não corre o risco, de ver seu dinheiro, sumir no sumiço, do mercado financeiro.

Assim é a Selic, tão desejada e odiada. Volúvel como a roleta. Adora quando o juro sobe, pois ganha gorjeta. Nasceu em Barcelona, seu pai lavrador. Veio para o Brasil, e aqui fez a fama. Deitou-se na cama, e também estudou. Sorriu para o homem e também ganhou. Do seu rico amigo, a primeira peseta. Que em real transformou.

E o mercado assim, ficou. Com a Selic, e seu chilique. Estressado e mal-acostumado. Agitado e preocupado. Com medo que ela caia e se machuque. Que a queda seja grande, ou seja um truque. Junto com o seu amigo americano, o dólar furado. Que vive subindo e caindo, obre coitado! Gastando dinheiro com o ortopedista monetário. Enquanto ela, a Selic, vai ao ginecologista. Mudar as regras para enfrentar a inflação. Das regras da menstruação. Com medo da oferta e da procura. Da corrida pelo ouro, da loucura. Aumentando a distância entre as classes. Aumentando a tal da concentração. De renda e de poder. Cada vez mais, a caminho de uma só mão.

Até o dia em que a Selic envelhecer. E não teremos mais reunião. E nem menstruação. Pra velhinha, no asilo, aprender. Que o Brasil voltará a crescer. Sem precisar de manipulação. De riscos e índices incontáveis. De economistas notáveis. Nossos mágicos de plantão. Que não aprenderam sequer. Distribuir um caroço de feijão.




Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui