O silêncio do protesto
Foi-se mais um amigo antes que o ano
passado se esgotasse, impreterível,
pois o vício que tinha era um tirano
a lhe negar da vida o combustível...
Mais corinthiano que eu, se isto é possível,
embora descendente de italiano,
fumante inveterado à irresistível
moléstia ofereceu o peito, insano...
Recordo ter buscado um adjetivo
que a ele se ajustasse e achei “ranheta”,
porém no bom sentido, de um ativo
contestador de tudo achado errado...
Partiu, aqui o pranteio... Ante a roleta
da morte sucumbiu, qui-lo seu fado...
20/01/2014
À memória de Nicola Acquaviva Neto
|