Barbaridade
Amo-te mais que a mim mesmo.
Inclino-me aos teus desejos.
Permito que me mordas com os teus beijos.
Não sei mais de mim.
Decretei o meu fim.
Fantasma de quem sou, vou.
Por ti matei a minha mãe à paulada.
Despejei a espingarda no coração do meu pai.
Barbaridade! Então o amor é este poço de maldade?
Lita Moniz
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