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Poesias-->O PEQUENO FLOCO DE NEVE -- 10/01/2014 - 18:17 (Sergio Del Picchia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



O PEQUENO FLOCO DE NEVE



Sergio Del Picchia 1996



A gota da água de chuva

escolhe uma reta como caminho

e chega logo a seu destino.





O floco de neve flutua

e resiste a chegar a seu fim;

traça mil curvas,

sobe, desce, se desvia...

e lá vai em seu tortuoso rumo.

Antes de chegar ao chão,

descreve uma poesia.





A gota da água de chuva,

cumpre logo seu objetivo:

chega ao chão e termina.

Chega ao chão, chega ao fim,

e escoa...





O pequeno floco flutua.

Qual meus pensamentos,

divaga...

Qual meus sonhos

não tem direção.

Se solta no espaço

e simplesmente flutua...

Sobe, desce, por vezes mergulha,

e lá se vai indefinido

num caminho sinuoso sem fim.

Em cada balanço um novo destino;

em cada sonho uma nova paixão.

O imprevisível é seu rumo

e a exceção é a regra

do seu caminho.





Semelhante a gota da chuva

é a vida dos que vivos,

insistem em não viver.

Dos que nas alamedas floridas

dos amplos jardins da vida,

traçam uma reta como caminho

passando sobre flores, folhas, espinhos,

em direção ao fim.

Dos que não conseguem ver

nas pequenas coisas que nos cercam,

na delicadeza de uma rosa

ou na pureza de uma afeição,

uma razão para a vida.

Dos que nunca se deixaram levar

pelos delírios de uma paixão.

É o melancólico existir

dos que pensam que estão vivos.





É a vida vegetativa

dos que morrem

sem nunca ter nascido...







O pequeno floco de neve,

ao contrário representa

a vida dos que nunca morrem.

Dos que conseguem valorizar

cada segundo, cada instante.

Dos que sentem se emocionar

com o vôo de um passarinho

e que com ele voam junto

quando no auge de uma emoção

de repente flutuam no ar

no mágico mundo do sonho.





É a vida majestosa

dos que mesmo depois de mortos

para sempre continuam vivos...


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