Caçada ao Assassino.
Cap. 12
Caledoscópio...
Por um motivo que nunca compreendi, sempre
encarei preencher relatórios como uma
redação com tempo cronometrado e curto, sempre
observei as folhas como um inimigo dizendo:
- Eu te desafio, complete-me ou te devoro!
Um relatório policial precisa de respostas,
no fundo apesar das dezenas de campos específicos
com datas e afins, são basicamente 4 respostas
que eles querem.
Quem, onde, como e por quê. Diz a lenda
que estas também são as 4 perguntas que um
bom texto jornalisto deve conter.
Até aquele momento eu somente tinha o como
e o onde, quem e por que se encontravam em
algum lugar no futuro distante.
Compreendia agora por que usar a região
da Paulista como área para os crimes, os
túneis que davam para as garagens dos prédios
próximos eram a rota de fuga perfeita e
desconhecida o suficiente para confundir qualquer
um. Nosso amigo mascarado, primeiro como
boneco queimado e depois como palhaço com
balões, havia matado duas vezes, rápido e
brutal, sem mensagens, sem avisos, sem motivo
por enquanto.
A imagem da menina ainda me perseguia,
balancei minha cabeça para um lado e para o
outro como se com isso pudesse apaga-la, mas me
pareceu que so a fiz correr de uma ponta a outra
da minha cabeça.
Eram 19:35 no relógio a minha frente,
pensei nas horas interminávies em que corri
contra ele com esses malditos relatórios
inúteis. Eram parte da diversão dizia o Eric.
Na verdade sentia o relógio como um
alarme para que eu chegasse mais perto do
assassino, antes que ele matasse novamente.
As palavras no relatório vieram rápidas,
com uma urgência que eu desconhecia.
Continua...
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