Usina de Letras
Usina de Letras
147 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62215 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50610)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->CHORO DE GUERRA -- 30/01/2003 - 11:18 (Rose de Castro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CHORO DE GUERRA







Chove quase o dia todo. Ora chove muito. Ora chove pouco. Chove... Chuva é a natureza pacífica fazendo seu trabalho de reciclagem. Mas, por aqui, a chuva anda arredia. Chove mais que o normal. O céu se encobre de escuro. Escuro escudo de ozônio. Escurece o mundo e chove.



Como natureza, assisto minhas raízes relutando pela vida no Planeta Terra. Com o elemento líquido quedando-se em barulhos e estrondos. Em raios e relâmpagos. Escuto um pássaro arriscando um canto escondido no topo da árvore, fugindo da avalanche de água, calando-se em seguida. Não há canto que resista. Água feito cachoeira chorando um pranto de desencanto.



Escondo-me com pavor dos raios e em meu monólogo, arquivo minhas palavras que não retornam. Não há eco de resposta para minhas perguntas pacíficas. Pressinto então o aviso sombrio, só pelo bater das águas no solo. Pingos relutantes de dor e revanche.



Meu pensamento está ao longe. No choro dos soldados de guerra. Choro desesperado. Choro revoltado. Angustiado. E no choro dos prisioneiros e mutilados. Os decepados.



O choro de quem não pediu a guerra. Nem sabe o por quê do massacre e das bombas. Das químicas. Das físicas. Das matemáticas de mentes doentias. A meta da morte. Causas que lhes são alheias, pois são cegos. Causas sem causas. Guerra Santa. Ou Guerra Poder. Guerra dor. Guerra amargor. Guerra... Guerra...



Olhos vestidos de um vermelho que não gosto. Vermelho sangue pisado. Vermelho louco. Vermelho ódio. O mal pelo mal. O mal sem razão de ser bem. O bem tentando convencer o mal. Não dá. Não dá... Chove.



Não há entendimento na destruição. Não irá sobrar coração para contar estória. Não tem razão ou melhor não há emoção. Não... não há não... Há a emoção da destruição. Emoção destituída de sentimento sadio. Emoção de guerra. Não há valor nessa emoção. Não há explicação humana plausível que me faça entender a vontade satânica da guerra.



Fecho os olhos e no olho interno olho esse mundo de absurdos. Do Brasil ao Japão. Iraque. Irã. Paquistão. Afganistão. Palestina. Coréia...Num segundo percorri o mundo com meus olhos mudos. Meus olhos queriam unir o mundo. Países dentro da minha retina BRANCA da paz. Do Brasil ao Japão... Unisse. Países unidos. Países irmãos. Países Estados. Estados Unidos!



Estados Unidos... Meus olhos detêm-se no vazio do eco. Meu coração de paz e sobrevivente das imagens que ainda estão por ver, pára e espera.



Cristo e Anti-Cristo.



O céu ensaia um choro de Guerra.



E os soldados que, com suas mentes brilhantes, elaboram seus planos de guerra, chorão seus choros desumanos, sem lágrimas de guerra.



Estados Unidos? Fecho os olhos e choro. Choro de poeta!!!



Choro vermelho.

Choro raiva



Choro de aflição e repulsa!!!



//



rose de castro – A ‘POETA’



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui