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Contos-->Mensagem À Garcia -- 29/07/2011 - 10:06 (Sérgio Olimpio da Silva Viégas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mensagem a Garcia

“Em todo este caso cubano, um homem se destaca no horizonte de minha memória como o planeta Marte no seu periélio. Quando irrompeu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava a estes era comunicar-se rapidamente com o chefe dos insurretos, Garcia, que se sabia encontrar-se em alguma fortaleza no interior do sertão cubano, mas sem que se pudesse precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou pelo telégrafo. No entanto, o Presidente tinha que tratar de assegurar-se da sua colaboração, e isto o quanto antes. Que fazer?
Alguém lembrou ao Presidente: "Há um homem chamado Rowan; e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan ".
Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta com a incumbência de entregá-la a Garcia. De como este homem, Rowan, tomou a carta, meteu-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito, e, após quatro dias, saltou, de um barco sem coberta, alta noite, nas costas de Cuba; de como se embrenhou no sertão, para depois de três semanas, surgir do outro. lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil e entregando a carta a Garcia”
Quando vim trabalhar, na manutenção de linhas de Cruz Alta, assessorando hertz Reyes, muito ouvi dele, quando me dava alguma tarefa mais complicada:
“ Mensagem a Garcia”
Insinuando que o problema e o detalhamento de como levar a efeito a tarefa era meu. Somente decorridos muitos anos, após ter passado longos anos na longínqua fronteira Oeste e sentar em sua cadeira e que fui tomar conhecimento do texto acima.
Muito mais tempo, muito mais águas haviam passado por baixo da ponte, de quando me foi entregue a minha primeira “Mensagem a Garcia”. Ao contrario da maioria das pessoas, sempre fui chegado a sempre contar as perdidas. Muitas ganhas, dos grandes sucessos foram jogadas no baú dos esquecidos. Possivelmente quando beirava bem uns cinqüenta anos do fato ele me foi lembrado por meu irmão caçula.
Estou em Guaíba acabando a janta com algumas taças de vinha quando Claudinho relembra:
“Uma vez minha mãe mandou o mano achar em Pelotas um homem, de Porto Alegre que estava a passeio em algum lugar da Cidade.”
Realmente, naquele sábado eu acabara de chegar da Escola Técnica de Pelotas, a meia hora, em minha casa no Capão do Leão, quando minha mãe pediu-me para retornar à Pelotas e encontrar seu tio e padrinho Cantidio Lemos, tio do vice prefeito cassado junto Sereno Chaise, Ajadim Lemos, de quem ela tivera noticias de se encontrar passeando na cidade.
Ela não sabia onde, tinha uma vaga idéia que poderia ser na casa de um sobrinho dele em uma das ruas mais longas de Pelotas.
Desembarquei em Pelotas a uma meia da tarde, e retornei ao Capão do Leão às sete da noite, após ter tomado café com o tio Canídeo, não sem antes descobrir alguns pequenos detalhes, quiçá, sem muita importância:
Ela deu como ponto de referencia toda a rua do porto, e o nome de um homem como já disse.
O homem com, o desconhecido nome de Enio Lemos, Pelotas inteira o conhecia por seu apelido Barroso, nunca morara na rua do Porto. Quem morava numa travessa, a duas quadras dela era um irmão dele, de quem a minha mãe nunca ouvira falar.
Desembarquei ao lado da Prefeitura, desci até a rua Santa Cruz, onde minha mãe dissera-me uma vez a mulher de Enio Lemos indo em direção a rua Beijamim Constant, Por ali entrei na rua e segui praticamente de porta em porta de bar em bar perguntando se alguém conhecia Enio Lemos. Ninguém conhecia. Cheguei ao Armazém da Lili Porto, irmã do meu tio político, Francisco Vitória Porto, ali poderia ter sido o fim das buscas. O estabelecimento era velhíssimo e nunca ouviram falar nesse nome.
Outra informação desalentadora foi de um velhinho:
Meu filho eu moro a quarenta anos nesta rua e nunca ouvi falar nesse. Tu sabes o que ele faz?
A minha mãe, se sabia esquecera-se de dizer-me e, na época nem telefone em casa eu tinha que dirá celular.
Cansado já desistindo da busca entro no ultimo bar, para pedir um copo de água, o sol vinha me castigando e arrisco a perguntar pela ultima vez.
A resposta veio igual a todos, ninguém conhecia Enio Lemos. Nisto um senhor me informa:
Aqui em não conheço nenhum Enio Lemos, mas defronte a minha casa, na Rua Garibaldi, travessa desta, duas quadras daqui tem um funcionário da Viação Férrea, Lemos, quem sabe ele não é parente desse Enio.
Por um sim, por um não, fui até lá. Segundo os ensinamentos de um funcionário meu:
“O que custa dar um tapa no Diabo, para quem já esta no inferno?”
Bati na porta pedi para falar com o Seu Lemos, fiquei sabendo por ele tratar-se de seu irmão, que morava do outro lado da cidade.
Perguntado pelo motivo da busca.
Informei-o estar buscando um tio da minha mãe Cantidio Lemos, recebendo como resposta:
Pode passar, ele esta parando aqui comigo. .




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