(à memória de Décio Pignatari)
Coca-Cola, Coca-Cola é melhor e fez. Fez escola.
Olha, olha, veja só, Coca-Cola te dá nó.
Vc viu? Vc viu? Coca-Cola te pariu.
Hoje, aqui, amanhã Coca-Cola é seu tchans.
Outro dia vc bebe flagrante que expeles.
Vou votar no PT da Coca-Cola Infringente.
Na Bolsa Família da Coca, Cola há gente?
A memória Tvvisiva da Coca? Cola!
O discurso mensaleiro da Coca? Colou.
A Coca dos Infringentes Cocacolaborou.
O dissente Coca, o pivete Cola.
No café da manhã, Coca, no almoço, Cola.
No jantar croissants.
Na Academia da boa-forma, Coca-Cola!
Na selva de pedra das chitas e tarzans.
Coca-Cola para a atleta glut-glut gulosa.
Coca-Cola, Ahh! Esse sabor de rosas.
Coca-Cola é a Rosa enlatada. Eta! Rosa grega.
O Cravo brigou com a Gosma na lata de Coca-
Cola. O Cravo saiu ferido e a cola saiu da lata:
— “Au-Hau.Aau” A Rosa fez seu discurso oral:
HUmm gole de som e fúria vazio de significado.
A Rosa chorou de vagar e incoerentes
Lágrimas pungentes da matéria negra
De pura baba caco-cola. Cloaca.
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