Nossa Equação
Na linguagem dele
Entre minutos e problemas, dilemas,
equaciono para ver como ficam as coisas,
as nossas coisas.
De repente - na madrugada-
vejo que não ficam. Não ficam nunca!
Elas passam.
Arrancam tudo, como furacão.
A calma, o estável pensamento.
O planejamento com sua bengala.
E pintam a normalidade de arte moderna.
Numa rápida revisão de variáveis,
tentando ficar fixa,
tomo as decisões racionais e equivalentes.
Peço aos planos suas bengalas
e construo com elas uma jaula.
No arrebato da loucura, viro aço,
fico fria, abandono.
Mas a incógnita é mais viva .
Na virada de uma curva, sinto o gráfico.
Arremato no eu te amo o tal problema.
E desmancho, novamente, no dilema.
(07/2006) |