Graça violência em todos os gramados,
os juízes a ignoram, negligenciam,
canelas, joelhos e narizes são quebrados,
é o que torcedores pagantes apreciam.
Testadas nas nucas e nos cerebelos,
cotoveladas, tapas na cara, perigosos carrinhos,
peitadas, socos e puxadas de cabelos,
é o que gostam de ver desde menininhos.
Ele faz parte do plantel,
sempre que pode recalcitra,
tem bravura de corcel,
leva cartões de quem arbitra.
E, por atuar em casa,
o juiz faz parte do apronto,
a bola sua meta não vasa,
trata o visitante "ao ponto".
Quando olha pra tabela,
seu clube está na rabeira,
o corcel está sem cela,
fica sem eira nem beira.
Esquece que a violência
não dá camisa a ninguém,
se não tiver competência,
cai pra segunda também.