Felicidade é estarmos no nosso mundo
(pequeno conto, quase mínimo)
Adenir veio de Teresópolis para morar conosco na cidade do Rio de Janeiro. Estudar e ajudar nos serviços da casa eram os objetivos. Minha mãe gostava de um “secretário”. Já tinha um faxineiro.
O rapaz vivia mais pendurado no muro do que fazendo outra coisa.
Demorava a voltar da escola. Perambulava pelas redondezas.
Até que sumiu.
Minha mãe ficou louca de aflição.
A vizinha lá da serra avisou que Adenir estava puxando carrocinha de bode na mesma praça. Fazendo o de sempre. Conduzindo crianças iguais a ele. Completamente readaptado ao seu verdadeiro mundo.
Às vezes, mudar de vida representa sair dela.