Há muitas lendas sobre santos sem cabeça e abaixo há algumas interessantes:
Santo Antônio Sem Cabeça da Caridade:
Na cidade de Caridade, no Ceará, no início da década de noventa, um político mandou construir uma estátua de Santo Antônio num morro da vizinhança. Mas reza a lenda que uma bruxa solteirona, da cidade, disse em frente ao local, de onde a imagem estava sendo construída, as seguintes palavras:
- Como Santo Antônio nunca me deu um marido, rogo uma praga nesta estátua:
- Ela nunca terá a cabeça!
Passados mais de vinte anos, o corpo da estátua feito de cimento continua fincado num morro e pode ser visto de longe por quem passa pela BR-020, que dá acesso à cidade, mas a cabeça continua no mesmo lugar onde foi confeccionada: uma casa de um conjunto habitacional.
Uma senhora comprou a casa junto com a cabeça, mas construiu um muro separando a cabeça da residência. Reza a lenda que já que a cabeça é oca, pessoas deixam objetos de feitiçaria dentro dela e que até mendigos já moraram dentro do objeto.
Hoje, a estátua do Santo Antônio Sem Cabeça da Caridade é um ponto turístico da cidade.
A Imagem de Santo Antônio de Laura:
Laura era uma jovem bonita, mas por ser muito tímida, não conseguia namorados. Uma vez, uma vizinha aconselhou esta jovem a comprar uma imagem de Santo Antônio, colocar dentro de suas roupas íntimas no armário e rezar para ele uma semana depois. Laura fez isto, mas quando foi pegar a imagem de volta viu que o Santo Antônio estava sem a cabeça.
Então ela gritou:
- Não pode ser!
- Agora estou com raiva e jogarei a imagem fora!
Dora, sua empregada, abriu a porta do quarto e viu a cena. Assim a serviçal explicou:
- Por favor, não jogue a estátua quebrada fora. Pois reza a lenda que quando a imagem de um santo perde a cabeça é sinal de que o pedido de sua dona se realizará em menos de um ano.
Laura guardou o santo e em menos de oito meses arrumou namorado e casou.
Um certo dia, ela viu sua sobrinha triste porque não conseguia um pretendente. Então, Laura deu o santo sem cabeça para a garota, que casou um ano depois.
Luciana do Rocio Mallon