Professor: operário do conhecimento,
Desconhece a si mesmo, mas reinventa-se
Para dar significado ao que não sabe.
Entre versos escorridos ao vento,
Acelerados pensamentos voam
Como aves astrais
Em exercícios aceitos
Pela sociedade.
O silêncio do mestre dá-se
Ao consenso do saber como fruta
De sabor contumaz.
Nesta arapuca da modernidade,
O desconhecido é a informação
Que não circula, seus hábitos, suas ideais
Deixam marcas profundas.
Professor: gestor da informação,
Até hoje sem sobrenome,
Nunca se deixou enganar pelo saber que não tem sabedoria,
Vive intensamente a fantasia humana
Dissertando emoções
Que jamais sentiu...
Por fim, o professor operário
Aposenta-se desconhecido.
Professor
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