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Cordel-->DESOBSCENO para LILIAN (à da Guia) -- 08/04/2002 - 08:04 (António Torre da Guia) |
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Lilipute ingrato
Duende entontecido
Sem elixir d aço
Para me conter
Por teu subtil trato
Em rosa embebido
Não sei se bem faço
A ti me render
Senti-me crescer
No céu do teu verbo
Como boca fosse
Intensa a beijar-me
E para viver
A sorte do trevo
Derritido e doce
Decido entregar-me
Se quiseres amar-me
Tu podes fazê-lo
Para além do sexo
Em corpo terreno
Mesmo desejar-me
E tornares mais belo
Por lei do convexo
Sonho tão pequeno
Se fui obsceno
E te deste em flor
Pelo insensato
Que então cometi
Dar-te-ei veneno
Em sorvos de amor
Para ver no acto
Se te descobri
Quando penso em ti
Logo sinto Maio
Abril florido
Em Éden jardim
E acredita Lili
Parece que caio
Em mel fluído
Por dentro de mim
E se pareço enfim
Servil fingidor
A dar às palavras
Asas d ilusão
Talvez neste fim
No voo da dor
As sintas amargas
E penses que não!
Torre da Guia
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