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Cartas-->Correspondência com o Poeta José Pommez -- 08/01/2004 - 16:43 (MARIA PETRONILHO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Do Poeta José Pommmez:

A aqueles hemanos do oeste em sua janela das avós com os glances
agitados dos pequeñitas da emoção pela memória desejada.
Muitos eram os portuguêses que trabalharam por Spain;
muitos eram aqueles que morreram por Spain; mas havia um;
esse que após seu desengate por esta terra vermelho-viva, deixou a coleção do livro ao granddaughter,
era seu inheritance familiar;
onde lhe diz: !O Spain vivo!



http://www.pomez.net

Amadísimo lector
oxidado metal
el mayor capital
dijo el viejo escultor:

Y al nacer, ¡ya! los vemos
cantan canción feliz
de amor sin ningún matiz;
te atan los extremos
cuando lágrimas vienen,
juntan y no dividen
en sus ojos no piden
nada y detienen
caridad y consejo
que rescatan lloronas
siempre por dos personas
de proceder añejo
apuntados estamos
los que nos dan el ser
el juego de emprender
vida hasta que muramos.

Y nunca, por descuido,
se premia ese tesoro,
no resulta sonoro
el beso agradecido.

Su puesto más florido;
-semblante cabizbajo-
el de madre contrajo
el sauce distraído.

Escultura modela
él, de madre eterna,
la belleza materna
en la luz de la vela.

Viviendo la amará;
y todos compondremos,
si queremos, podemos
decir: papá y mamá.

¿Cuánto hay que pagarle
sin más al creador?
Si no es nada sin lector;
-como para no amarle-.


Ao Poeta José Pommez, de Maria Petronilho
Querido Amigo, foi "A Espanhola" que me furou as orelhas, quando eu tinha dias de vida, com uma agulha passada na chama da vela: recordação eterna.
Tinha ela, durante a Guerra Civil de Espanha, atravessado a vau o rio Ponsul, com os filhos ... que perdeu!
Salvou-se apenas o mais pequenito, que vinha firmemente agarrado ao seu pescoço.
Toda a vida a vi trajada de negro e nunca, apesar de tantos anos nossa vizinha, amada e integrada na comunidade, aprendeu uma única palavra de português.
Tenho dela uma imagem vivíssima, carinhosa, no meu coração de menina.
Tinha a horta sempre verde-viva, com flores entremeadas na beira das leiras das couves, dos pimentos, dos feijões que trepavam pelas estacas.
Mal rompia a manhã, lá estava ela, de sacho na mão, regando, mondando, revolvendo a terra dos seus primores.
Era a horta mais viçosa de quantas hortas havia.
Amava as crianças. Eu saltava o muro e ia para junto dela, escutá-la.
Falava-me da sua vida de outrora, calando a dor dos filhos perdidos na fuga.
Soube da tragédia por ouvir contar.
Ali a terra era negra... ela tinha saudades, muitas saudades, da terra vermelho-viva, que eu julgava sol poente, aonde ela, porém, nunca mais voltou.
Parecia não ter idade, o rosto moreno meio oculto sob o lenço negro, de pontas atadas sob o queixo.
Estará viva, aquela querida companheira, que me pegou no seu colo, e ocultava tanta dor atrás do seu bondoso sorriso?
Sei muitas histórias do meu avô!
Queixas que ouvia a minha avó balbuciar em surdina: o meu avô estava feliz era do outro lado da fronteira, bebendo vinho e escutando malaguenhas!
Vinha a casa de visita, partia para a caça, para a pesca, trazia os amigos... comiam petiscos: assavam ouriços-cacheiros, grelhavam as orelhas esfoladas dos cabritos... era decerto um homem alegre e extravagante, um sonhador fora do seu espaço e do seu tempo... que se evadia na leitura e passeando, com o fiel Tom Mix, campos fora.
A gente atravessava a fronteira sem dar por isso!
Eu, que viajava nos mapas com a ponta do indicador direito, admirava-me com essa história da fronteira: pois se não havia linha nenhuma riscada no chão, porque um passo (e qual dos passos) me faria passar de um país ao outro?!

Bem vês: há algo muito especial em ser-se ibérico... um amor de longe, uma fusão de almas e de vidas, que talvez só nós, os filhos antiquíssimos desta Península, possamos entender, pois nos circula nas veias!

Adoro todos os teus poemas... adoro a poesia espanhola, como não podia deixar de ser!
Muito obrigada, José, pela tua preciosa amizade!

8/1/2004

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