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Contos-->7 DE SETEMBRO OU 1º DE ABRIL? -- 28/05/2011 - 16:23 (Roberto Stavale) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
7 DE SETEMBRO OU 1º DE ABRIL?

Sátira


Desde 1789, durante a Revolução Francesa, esse país viveu épocas históricas, como a Queda da Bastilha, Girondinos e Jacobinos, Monarquia Constitucional, República Jacobina, Robespierre, Burguesia no Poder e outras geringonças da época até chegarmos ao causador deste texto – o lendário Napoleão Bonaparte.
Este personagem, que virou até marca de conhaque, e dos bons, nasceu na Ilha de Córsega em 1769, dez anos antes do início da Revolução, e foi para o continente francês a mando de seu pai para estudar na Escola Militar. Pois desde pequeno o belicoso garoto só brincava com soldadinhos de chumbo, revólveres de plástico e espingardas de chumbinho. Mas, às vezes, brincava com bonecas também!
Não sendo um vulgar, aos 19 anos Napoleãozinho já era Tenente de Artilharia.
Ao chegar a general, Napoleão começou a assustar a Europa com seguidas invasões.
Com o bloqueio continental em 1806, para tirar a Inglaterra de seus prósperos negócios mundo afora, e aproveitando-se das rixas entre Portugal e Espanha, Napoleão pensou em dividir Portugal, aliado da Grã Bretanha, em três impérios distintos. Em 1808, ao pressentir que Napoleão pretendia invadir seu país, D. João VI decidiu ir embora para a sua casa de campo e praia chamada Brasil.
Ganhando a confiança da tropa, o herói tornou-se imperador da França em 1809, com o firme propósito de se tornar dono mundo. Hitler deve ter sido a encarnação de Napoleão.
Depois de perder as calças e as cuecas na invasão da Rússia em 1812, retornou à França para iniciar o governo dos “cem dias”.
Mas vamos nos ater à famosa viagem de ida do rei de Portugal com a sua corte, puxa-sacos, lacaios, móveis, bibliotecas, dólares, urinóis de prata e ouro, enfim, uma mudança digna da Transportadora Lusitana, aquela do famoso slogan – O mundo gira e a Lusitana roda. Toda a realeza embarcou no porto de Lisboa no dia 14 de março de 1500, em várias caravelas. O timoneiro recebeu a ordem de aproar direto para a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, pois os desfiles das escolas de samba começariam no dia 22 de abril do mesmo ano. Dizem que ele chegou e foi direto para o camarote.
É bom lembrar que Cabral saiu de Portugal para redescobrir o Brasil com uma frota de três caravelas e dez naus. Em uma delas vieram Cabral, Pero Vaz de Caminha e o frei Henrique de Coimbra, que rezou a primeira missa nas terras apossadas, transmitida para a Europa pela Rede Globo de Televisão.
As outras doze embarcações trouxeram prostitutas, as nossas gentis amigas “menininhas de programas”, ladrões, assaltantes, bandoleiros e soldados.
D. João VI teve o prazer e a felicidade de encontrar tataranetas das meninas de programa, sempre na mesma profissão, e a colônia tomada por ladrões e bandidos, que permanecem nas ruas e na política até hoje.
Assim que chegou, mandou os governadores das sesmarias para um lugar pouco recomendável para este livro, e instituiu o primeiro império brasileiro. Com essas mudanças o tempo foi passando.
D. João VI teve nove filhos, entre eles o príncipe D. Pedro IV, que no Brasil foi o segundo imperador, D. Pedro I.
O príncipe Pedro aproveitou-se da volta de seu pai para Portugal em 1821 e, em beligerância com seus irmãos na “santa terrinha”, e informado da independências de diversos países americanos, colonizados pela Espanha, França, Holanda e Inglaterra, colocou na cabeça que seria o libertador do Brasil.
E no segundo semestre de 1822, entre tapas e brigas, Pedro resolveu visitar a sua amante na província de São Paulo.
Para tanto embarcou em seu iate imperial e foi para Santos.
Naquele tempo não existiam as rodovias Anchieta e Imigrantes, nem as estradas de ferro. As pessoas tinham de subir a Serra do Mar em lombo de jumento, percorrendo perigosas trilhas abertas pelos índios e jesuítas.
No meio do caminho e no alto da serra, ainda existem as duas pousadas reais onde os nobres descansavam e pernoitavam.
Pedro jantou e dormiu e, ao raiar da madrugada, acompanhado de sua tropa, seguiu rumo às terras de Piratininga.
Durante a viagem, o príncipe começou a passar mal, com cólicas intestinais.
Retorcendo-se, montado em seu cavalo, não dizia nada para seus companheiros de aventura.
Mas, ao chegar perto da província, às margens do riacho Ipiranga, outros cavalheiros estavam à sua espera com dezenas de cartas nas mãos.
Uma delas era assinada pelo próprio rei, pedindo para ele voltar imediatamente para Portugal.
Foi durante essa leitura que os intestinos reais desandaram. Apavorado, Pedro desceu de sua montaria e correu para uma moita à beira do córrego, desceu as calças e poluiu nossos rios até os dias de hoje.
O pessoal, já alarmado com a demora, começou a chamá-lo. De repente, ouviu-se:
– Vão pros raios que os partam. Independência ou morte!
Todos, num coro uníssono, exclamaram:
– Morte!
Mas, depois de uma reunião, enquanto Pedro se recompunha da diarréia e se vestia novamente, todos correram para ele, gritando com as espadas empunhadas:
– Independência! Independência!
Com isso, depois do famoso Dia do Fico, Pedro ficou, com a permissão de seu pai, e se tornou D. Pedro I. O novo imperador teve também diversos filhos, entre eles outro Pedro, que se tornou o terceiro imperador – D. Pedro II.
No império do segundo Pedro, o Brasil perdeu a República Oriental Cisplatina para as forças da Argentina e Uruguai, formando a então República Oriental do Uruguai.
Vem daí o bairrismo futebolístico entre as duas nações. Na final da Copa do Mundo de 1950, entre Brasil e Uruguai, o empate nos favorecia. No domingo, 7 de julho de 1950, jogaram as duas equipes. O jogo estava 1x1, quando o nosso carrasco Ghiggia, comandado pelo líder Obdulio Varela, fez o segundo gol dos uruguaios. O Maracanã silenciou e os 174 mil torcedores, mais o resto do Brasil choraram naquele inesquecível dia da grande tragédia do futebol brasileiro.
Eurico Gaspar Dutra era o imperador nessa época. Desculpem, o marechal era presidente da República.
O Corinthians, que nunca ganhou nenhuma Taça Libertadores das Américas, não deve chorar. O que aconteceu naquele domingo de 1950 é café pequeno perto da história corintiana até os nossos dias.
D. Pedro II, depois de ganhar a Guerra do Paraguai, com a ajuda dos ingleses, e libertar os escravos negros, foi traído pelo seu amigo, o marechal de campo Deodoro da Fonseca que, acompanhado de outros republicanos, proclamou a República no dia 15 de Novembro de 1889.
No dia seguinte, mandaram D. Pedro II, seus filhos, netos, criadagem e outros puxa-sacos pras favas. Isto é, pro exílio!
Nós, brasileiros, desde a excursão de Cabral em 1500, passando pela vergonhosa colonização à custa de mão-de-obra escrava indígena e negra, sob as rédeas do imperialismo português, inglês, americano, ditaduras e petismo, nunca fomos independentes.
Por isso, pergunto:
– “Independência ou morte” gritada por Pedro, no dia 7 de setembro de 1822, não passa de um sonoro Primeiro de Abril!?


Roberto Stavale
Maio de 2011
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