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Contos-->Vida de um Pobre Cão -- 05/05/2001 - 02:08 (Mauro Miyashiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Por alguns minutos de minha vida passada estive observando algo que na visão da maioria das pessoas passaria despercebido. Era algo muito asqueroso, e é devido a este asco, que esta minha observação não teria importância alguma para uma pessoa comum.
Era a vida de um cão abandonado, talvez ele era o animal mais desprezado por todos, desprezado até mesmo pelos outros cães de rua, porque ele era feio e repugnante. Mal ele podia entrar em um bar porque logo as pessoas o expulsavam com chutes e todo rancor possível de se imaginar.
O motivo do desprezo era devido ao odor forte do pobre cão, era um cheiro que ninguém conseguia suportar. Este mesmo odor vinha da sarna que havia em boa parte do corpo dele, era uma sarna insuportável, pois fazia-o se coçar a toda hora. Na parte onde havia sarna já não havia mais pelos, pois de tanto se coçar os pelos caíam e não nasciam outros para os substituírem no corpo do cão já muito vermelho e também muito careca. O pobre cão sempre trazia consigo uma fisionomia triste, com os olhos sem nehum brilho de um cachorro muito assustado. Na verdade ele era medroso mesmo, tinha medo das pernas e dos pés humanos. Era só algém bater os pés com força no chão perto dele e logo saia desesperadamente correndo.
Corria para outras ruas, vagava nas mesmas sem nenhum rumo previsto, talvez a procura de uma única coisa que o fazia viver, a procura de restos de comida em latas de lixo.
O pobre animal comia restos de comida que encontrava no lixo, ele era obrigado a comer aquilo que ninguém mais queria, porque a fome o obrigava a isto. Era o único meio de sobrevivência no ambiente miserável em que ele vivia, se não comesse morreria de fome.
Vivendo neste ambiente miserável o cão aprendeu a aceitar tudo aquilo que a vida o ofereceu a ele, até mesmo miséria e dor. Aprendeu a aceitar e continuou acentando esta vida miserável que vivia. Continuou porqe ele era um animal irracional, não pensava na desgraça que vivia. Porque se ele pensasse julgaria sua vida como desgaçada, culparia o mundo como responsável por toda sua infelicidade, preferia a morte a continuar vivendo esta vida tão infeliz.
E se ele fosse como alguns seres humanos, se fosse sensível e apresentasse algumas faquezas?
Se ele fosse um ser humano fraco, vivendo esta vida de repugnância, talvez ele pegaria uma arma, miraria bem no meio da cabeça e sem pensar muito, apertaria o gatilho. Como qualquer suicida faria no lugar dele. Se suicidaria sem nenhum arrependimento na mente.
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