Lá se vai mais um ano e, quem diria,
este vate ainda segue no planeta
– na verdade, é uma grande loteria
que determina a quem toca a trombeta...
Ainda tenho na minha caderneta
alguns amigos que, com alegria,
enquanto não se enxerga a coisa preta,
continuam, felizes, na porfia...
E, passada a chatice do Natal,
quando de nós se espera, bem ou mal,
sermos aquele ancião de barbas alvas,
auguro apenas de dois mil e onze,
não que seja ano de ouro, prata ou bronze,
basta não merecer brutais ressalvas...
24/12/2010 |