A gente vive, faz setenta anos,
e não percebe a idade estar presente
– pelo menos, lhes digo, nos meus planos
essa idéia tem sido inexistente...
Aí, vai-se um colega, de repente,
de forma alguma incluído entre os decanos,
era da nossa idade, e faz a mente
lembrar que o seguiremos, sem enganos...
O passamento do querido amigo
traz, de chofre, tristeza, dor e luto,
e reaviva o sentido, ora comigo,
por mais que pouco fique, de que a lida
quotidiana é finita, um absoluto
princípio que, melhor, a gente olvida...
A Hélio Nielsen (†)
03/11/2010
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