Em tempo de eleição, o candidato
tudo faz, dos sufrágios à procura,
desde promessas sem nenhum recato,
– a proverbial demagogia pura –
ao caixa-dois, recurso que, de fato,
é muito usado e faz, de forma obscura,
correr dinheiro, fora do aparato
da lei, locupletando o caradura ...
Há também pérolas que o anedotário
político enriquece, em profusão,
divertindo o eleitor menos otário:
fazem todos das suas, é normal
– mas sapecar, sem pejo, um beija-mão
no Malvadeza a Ciro pegou mal! ...
08/2002
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