Usina de Letras
Usina de Letras
50 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62329 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22542)

Discursos (3239)

Ensaios - (10406)

Erótico (13576)

Frases (50708)

Humor (20054)

Infantil (5474)

Infanto Juvenil (4794)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140843)

Redação (3313)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6219)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->O Pulso -- 17/12/2000 - 00:16 (Mastrô Figueyra de Athayde) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Sangue, vermelho rubro, que corre pelas veias, percorrendo o longínquo corpo, regando todas as raízes possíveis e imagináveis deste ser. O sangue corre, vibra e pulsa, cadenciado pelas batidas do coração. Pulso bomba, respira e sobrevive, se transformando em uma verdadeira sinfonia. O coração é a bateria ritmada, as veias o palco e o sangue é a vida que faz esta mesma orquestra vibrar, sussurrar em uma verdadeira batida contínua. O pulso ainda pulsa e irá pulsar até o fim da vida e o início de outra, que pode ser perfeitamente o ciclo de uma ilusão e o sofrimento de uma certeza. A vida.
Neste ciclo e da continuidade da vida, o pulso é a certeza de estarmos vivos, mesmo que as vezes nos sentimos inertes em um espaço surreal, mergulhados em verdadeiros mar de lama. O homem não pensa, raciocina e neste raciocínio lógico entendemos os passos, as batidas deste pulso, que muitas vezes não são bem esclarecidas, principalmente na questão do amor.
O pulso bate mais forte e dá conotações cada vez mais fortes. A pessoa fica estática, nervosa, o sangue ferve e o pulso pode ser sentido na garganta, apertando as amígdalas e dificultando o engolir da saliva. Já não sinto o meu salivar, apenas o pulso, que aperta o coração. Acho que estou tendo um ataque do coração, um infarto fulminante, devido a minha má alimentação, regado à muita fritura e guloseimas.
O pulso não é ilusão, é realidade. Não enxergo nada. Só vejo vulto e uma luz no fim do túnel. Acho que estou morrendo, mas ainda sinto o meu pulso. Estou vivo, não sinto o meu pulso. Cadê o meu amor? Acho que morri... Não entrei na eternidade, sou uma emacia, não sinto o pulso, estou navegando no turbilhão de glóbulos vermelhos, mesmo assim estou vivo, dentro de uma ampola...

Mastró Figueira de Athayde é cronista e obstetra.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui