Paraíso profano
Tive um sonho esta noite, assaz realista,
de nos domínios penetrar do amor
— o céu, talvez, mas menos idealista
do que haveria um beato de supor...
Mulheres lindas viam-se ao dispor
do pretendente que surgisse à vista
e se entregavam sem pedir favor
nem exigir o esforço da conquista...
O sexo, com prazeres infinitos,
era aberto, sem pejo, sem espanto,
proliferavam de prazer os gritos...
Foi quando um galo, com devido zelo,
me despertou com seu sonoro canto
e me poupou do horrível pesadelo...
João Pessoa, 07/07/2013
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