Conto coisas juntando imagens,
Costurando emoções, apertando parafusos,
“Seqüênciando” mundos improváveis.
Em cada viagem um ponto,
Um pulsar medonho,
Um feixe de absurdos,
Um DNA perdido no vento.
Conto comprimidos,
Uso comprimentos,
Invento um verso contido,
Embalado em livros não acabados,
Babados que vão embora
Sem mesmo ter existido.
Conto coisas minhas,
Crises que serão suas,
Credos e crenças populares,
Dúvidas e dramas
Que se espalham pelo terraço,
Texto de aço escrito à pena,
Toda sorte de bobagens
Para dizer que tudo vivido,
Viverá para sempre,
No mundo paralelo
Que criamos sem saber.
Mundo Paralelo
Para Jorge Transpa, Cláudia e Mara
“Pelos dias que vivemos”
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