Usina de Letras
Usina de Letras
233 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140788)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6177)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->96. TRAPALHADAS — NÃO IDENTIFICADO -- 24/01/2003 - 07:19 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Razões há para que os homens temam a só presença de companheiros de encarne dentro de suas moradias. Não é à toa que as pessoas fortificam suas casas e buscam proteger-se dos malfeitores que rondam pelas ruas à espreita de se aproveitarem das ocasiões de descuido de seus semelhantes para perpetrarem atos de vandalismo.



No entanto, existe um lar que muito poucos procuram proteger da invasão dos perniciosos apetites: é o coração humano, que, com a desculpa de estar atento, quando seu bater realmente revela unicamente que o indivíduo vive, arremessam a pessoa em despenhadeiros de sofrimento, quando percebem que peregrinaram à toa pelas terras do orbe.



Este aviso é alerta para quantos têm em si o despertar para a proteção dos bens materiais e, entretanto, sonegam qualquer esforço de meditação para erguer as muralhas protetoras de seus baluartes desguardados. Quando imprimimos tom de pessimismo a estes escritos é porque estamos, nós mesmos, plenos da certeza de que muito nossos irmãos terão de pelejar para conseguir suplantar suas deficiências, no carcomido muro que ergueram em torno de seus apetites, que, vorazes, atacam os mais incautos e desprevenidos e, aos poucos, vão corroendo por dentro o que de melhor o homem tem para ser defendido.



Não basta, no entanto, este aviso. É preciso muito mais: é necessário alertar para a insuficiência dos poderes temporais das religiões, que pregam certos quefazeres, visando à consecução de objetivos meramente superficiais. Aquilo que está mais no fundo fica sem proteção e qualquer ataque em mergulho das forças do mal consegue atingir os pontos mais vulneráveis, que correspondem, na realidade, ao que a pessoa tem de mais importante em sua personalidade: a vocação inata para realizar a sua peregrinação, sem que haja qualquer articulação das forças do bem para aproximá-la dos benefícios, dos lucros fáceis das preces erguidas em direção ao Senhor.



Não me bastava assinalar só um elemento que viesse para corroborar minha tese. Sei que, aos poucos, os homens irão compreendendo que estão deveras insensatos e perdidos e que não mais se alinharão em busca da compreensão do recurso de salvação que Deus, através de seus obreiros, colocou à sua disposição.



Não reflitam sobre o que acabei de escrever, senão acabarão descobrindo que a causa primeira dos subterfúgios é a ignorância que grassa entre os homens, incapazes de surpreenderem-se em culpa, mas ávidos por derrocarem o inimigo, infligindo-lhe os efeitos de todas as causas lastimáveis que promoveram a desordem interna, vindo a desequilibrar os meios de que dispõem, por entrarem em contacto com as forças espirituais que guiam os destinos da humanidade como um todo.



Agora que cheguei a este ponto, permitam-me prosseguir mais um pouco. Temo estar sendo espírito muito trapalhão e que não conseguirei alinhavar as idéias em consonância com a minha intenção de elaborar texto sábio, cheio de boas recomendações. Penso ter recebido aviso para deixar o instrumento em paz, pois não mais tenho qualquer informação para dar. Não vou arrefecer o meu impulso inicial e veremos se tenho ou não algo a acrescentar. Não me interrompam, por favor, pois quero fazer valer o pouco de luz que possuo e não posso mais conseguir os favores de que os espíritos dispõem para seus protegidos. Não quero sair deste quarto maravilhoso e não...









COMENTÁRIO — OVÍDIA



Precisamos alertar o caro médium que, se der vazão ao jorro de tolices que o espírito sofredor está a dizer, vai acabar ficando sem entender os objetivos que nos levaram a permitir sua manifestação. Caso queira alguma informação, peça.



Pois bem, trata-se de jovem ilustrado em sua última encarnação, que subiu até este patamar para explanar a respeito de seus atributos e defeitos. Como está muito impregnado dos fatores que o desequilibraram na derradeira encarnação, não foi capaz de concatenar texto que viesse a apresentar princípio, meio e fim, que mantivesse coesão interna de idéias e que contivesse alguma lição elevada que justificasse o apanhado de ditado integral. Por isso nos empenhamos em interrompê-lo, a fim de esclarecê-lo da realidade de sua condição e de encaminhá-lo para alguma instituição que, melhor do que nós, possa vir a ajudá-lo.



Sendo assim, reiteramos o nosso pedido para que fique o nosso médium alerta, para suspender a pena no momento em que perceber que o transmissor passa de seus limites, dando-nos oportunidade para efetuar a nossa doutrinação. Sabemos que, inicialmente, este tipo de atitude pode oferecer alguma dúvida à mente do intermediário, mas não estará só na decisão. Se, por acaso, vier a cortar o texto com antecipação, saberemos imprimir direção à sua pena, obrigando-a a restabelecer o vínculo. Portanto, não fique na dúvida: suste o ditado, sempre que perceber que em nada redundará de bom em benefício dos leitores.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui