Esse tempo morto
Fez de mim um passatempo,
Paralisado pelo amor
Que se perdeu na cama,
E no coração de quem ama.
O silêncio das emoções
Verte água pelos olhos,
Vêem o mundo no teto do quarto
E se apagam na imobilidade do corpo.
Quero o antídoto capaz de me ressuscitar.
Que me faça buscar as novas emoções
E diante do papel possa filtrar o mar,
Consumir o verso no deserto da dor,
Viver o complô do destino
E destinar o tempo à vida.
Antídoto
|