Nas tuas mãos entrego-me,
Deixo a alma e os sonhos,
Tudo que tenho de valor.
Do coração um sopro de vida,
Uma triste lembrança
Faz de mim um operário do verso.
Nele construo muros de proteção,
Castelos de areia
E singelos barracos de amor.
Nos braços fortes, abraço-te,...
Deixo-me a mercê dos desejos,
Da tua oferta de emoções.
Já não resisto ao medo,
E sobre o corpo desamado
Uma tempestade branca
Joga-me de ponta a cabeça,
Reduz ao pó os argumentos
Do meu ser racional.
É tudo química fina,
Reações psicossomáticas,
Sangue em disparada
E pulsação arritmada.
O resto é invenção.
“Química Fina”
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