Eu caminhava para lá; ela vinha para cá. Ao defrontarmo-nos, eu não sabia se seguiria pela direita ou se pela esquerda. Ela também. E então nos chocamos. Ficamos a olhar-nos por instantes e nos sorrimos.
Aí eu disse! :
-- Eita!
E ela disse:
-- Eita!
Senti uma vibração dentro de mim. Aproveitei aquele ditoso ensejo e perguntei:
-- É você... Você é ela?
Ela replicou:
-- Sim. Sou. Você é... ele?
Confirmei:
-- Há muito tempo imagino encontrá-la, e me pergunto como será.
E ela:
-- Já estava cansada de tanto esperá-lo, mas nunca perdi a esperança. Eis o nosso momento.
Enfim, encontrei o meu tesouro. Peguei sua mão e falei:
-- Colarei minha mão na sua mão para jamais nos perdermos.
Dei-lhe um beijo carinhoso e seguimos em frente... para sempre.