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Artigos-->94. COMPANHEIROS DE VIAGEM — OLAVO -- 22/01/2003 - 06:48 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Um dia, quando peregrinávamos pela face da Terra, encontramos um homem que dizia que estava a nos aguardar, desde há muito tempo, “nas esquinas da vida”. Ficamos intrigados com tal afirmação mas não pusemos em dúvida, apesar do aspecto de poucos amigos, de catadura pesada e de cenho carregado, com aquela barba hirsuta e desalinhada.



Não sabíamos o que esperar de semelhante indivíduo e pusemo-nos na defensiva. Perguntamos se sabia quem éramos e nos deu informações exatas a nosso respeito, demonstrando conhecer-nos a fundo, como se estivesse afeito a conviver até mesmo com as nossas idéias mais íntimas. De surpresa em surpresa, descobrimos que o velhinho nada mais era do que o reflexo corporificado da nossa consciência. Que coisa esquisita! Não nos acusava de nenhum procedimento indigno e não se arreceava de falar-nos com toda a calma e sabedoria



Saímos a conversar, trilhando a estrada que se estendia à nossa frente, até que nos encontramos diante de imenso portal, acima do qual se lia a seguinte inscrição:



“Entrem, irmãos, se o seu companheiro permitir.”



Interrogado a respeito do texto, assim se expressou:



— “Não posso permitir a sua entrada, companheiro, pois terá ainda de passar por muitos outros caminhos, onde poderá ir montando uma chave que se encontra toda desfeita e espalhada por muitas regiões. Vejo que carrega consigo alguns poucos pedaços e que algo tem a oferecer para que eu venha a permitir o seu ingresso no reino do Senhor. Por ora, entretanto, contente-se em saber quais méritos já adquiriu para prosseguir em sua jornada ascendente. Quanto ao fato de ter estranhado que não fiquei a acusá-lo de nada, é porque não é assim que age o Senhor em sua eterna sabedoria. Não fulmina com os raios do céu, nem arremessa ninguém nas fornalhas crepitantes do inferno, mas o seu reino é sereno e mansa a sua deliberação. No entanto, é firme como nenhum granito jamais foi, pois nunca se fendeu ao impacto das vicissitudes humanas.”



E mais não disse.



Percebi que necessitava integrar-me de novo no seio da sociedade e pus-me a indagar dos passantes onde poderia encontrar alguém com quem devesse partilhar as minhas aspirações. Encontrei, encostado a um muro, indivíduo muito esquisito, com ar de muita jocosidade, que, hilariante, se pôs a debochar de mim, por estar perdido. Sem compaixão, revelou todos os segredos mais escusos de minha alma e pôs à mostra todos os meus defeitos e vicissitudes. Fiquei estarrecido como alguém pudesse ter tal conhecimento.



Não se fez de rogado e logo declarou sua condição de exame de consciência. Diante da minha perplexidade, esclareceu:



— “A consciência é mansa como cordeiro, mas o exame de consciência é voraz devorador das honras perdidas. Não sabia que sou capaz de frigir o seu fígado e de devorá-lo em segundos? Basta que você mo ofereça temperado com as maldades tão características dos mortais. Se você ainda se peja por ter fabricado tão engenhosamente tantos artifícios para escapar à própria culpa, saberá que poderá safar-se de mim, não sem deixar comigo bom pedaço de seu coração.”



E mais não disse.



Corri para fugir daquele ser repugnante, mas percebi que, desde aquele instante, me acompanhava, como se sombra fosse. Nunca mais me libertei de sua influenciação e, por isso, me vi obrigado a oferecer-lhe minha amizade, transformando-o no melhor dos meus amigos. Agora não mais se diverte com minha consciência, mas me ajuda a aprimorá-la cada vez mais, dando-me muitas orientações de como proceder para ir encontrando pela estrada os pedacinhos da minha chave.







Espero em Deus que esta minha alegoria possa servir de estímulo para a meditação do leitor, em favor da análise de comportamento. Sabemos que qualquer auxílio, por mais infantil que possa ser, talvez venha a se constituir em alavanca para remover as pesadas pedras que obstruem a passagem para o prosseguimento de nossa jornada gloriosa.



É por isso que não nos furtamos de vir à presença de vocês, embora pouco tivéssemos para acrescentar às belas frases que vemos todo dia serem escritas nesta sessão.



Fico-lhe, irmão, muito grato e a todo o grupo que me deu amparo e à realização de minha tarefa, que, do temor de não concretizá-la, passei a sentir a alegria muito grande por ter terminado.









COMENTÁRIO — MANUEL



Evidentemente, estamos diante de irmãozinho muito novo na aprendizagem a que se dedica. Contudo, elaborou texto bem trabalhado e factível de ser interpretado em encenação possível. Claro está que se trata de esboço muito limitado, mas não vamos perder a idéia inicial para sugerir que venha a ser desenvolvida e aplicada em aulas de evangelização. Sabemos que muitos se dedicam a este mister, mas não vamos perder a oportunidade de reiterar o nosso pedido para que mais pessoas se consagrem às tarefas de divulgação do bem maior.



O irmãozinho Olavo está ansioso por conhecer a nossa apreciação, a nossa crítica, mas vamos apenas dizer que ele ouviu a sua consciência e ofereceu ao seu exame de consciência a oportunidade de manifestar-se. Sendo assim, o que temos a acrescentar é palavra de estímulo e de incentivo a que prossiga por este caminho, porque, sem dúvida, essa mensagem foi mais um pedacinho de sua chave para abrir o portal da casa de Deus.



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