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Contos-->ROUBOS E LOGROS -- 28/10/2010 - 20:06 (Roberto Stavale) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No distante sertão do Pará, em plena selva amazônica, pioneiros e aventureiros, aproveitaram-se do desmate ilegal e começaram a plantar arroz e soja em milhares de alqueires devolutos – terra de ninguém.
O local ficava uns 300 quilômetros ao norte de Jacareacanga, com terras irrigadas pelo rio Tapajós.
As pequenas safras eram levadas por embarcações ou algum caminhoneiro que cobrava um frete exorbitante para transitar naquelas estradas barrentas, sempre bloqueadas por deslizamentos ou crateras instransponíveis.
A maioria dos invasores era composta de ex-garimpeiros de Serra Pelada, de outros garimpos e de agricultores aventureiros.
O local foi crescendo até formar um povoado que recebeu o nome de Nova Esperança.
Os pequenos armazéns vendiam de tudo – arroz, feijão, farinha de mandioca, café, bolacha, facas, facões, enxadas, picaretas, sacos de amianto para armazenar os cereais, varas de pescar com suas linhas e anzóis, querosene para os lampiões, velas e outras bugigangas.
Carne? Só jabá e peixe. De vez em quando aparecia uma caça.
Pinga e cerveja era o que não faltava!
E novos esperançosos continuavam a chegar. Havia de tudo no lugar. Foragidos da justiça, matadores de aluguel, prostitutas e até um padre, que começou a construir uma capela.
Em meio àquela gente toda havia quatro amigos, fugitivos de Serra Pelada por furtos qualificados e roubo de ouro.
Nova Esperança foi crescendo.
O padre Bento, como era conhecido, e com ajuda de todos, principalmente de um amigo conhecido como sacristão, ergueu uma bonita igreja de alvenaria com torre, sino e uma ampla sacristia, que também servia de moradia para ele.
Boatos, crimes, assassinatos eram comuns no lugarejo. O governo resolveu, então, instalar um batalhão da Polícia Militar, para tentar colocar ordem naquelas paragens.
Depois da Polícia Militar veio a civil – com delegado, investigadores e um escrivão. Assim, em pouco tempo nasceu a cadeia pública de Nova Esperança.
Começou a correr boatos de que até eleição para prefeito e vereadores iria ocorrer em pouco tempo.
Três amigos inseparáveis desde o tempo de Serra Pelada, lá nos anos de 1980, viviam de pequenos golpes e de iludir o pessoal, dizendo que na região havia muito ouro.
Foi quando uma senhora, ajudante do padre Bento na manutenção da igreja e na limpeza da casa, espalhou a notícia de que havia uma Nossa Senhora bem guardada na sacristia.
E mais. Dizia que a imagem, de aproximadamente um metro e meio de altura, era toda fundida em ouro 18 quilates e pesava mais de vinte quilos, e estava cravejada de pedras preciosas. Além do que, era milagreira!
A pequena cidade virou de pernas para o ar.
A população tanto implorou que padre Bento foi obrigado a colocá-la no altar- mor.
Para isso mandou fazer uma proteção de vidro inquebrável e chumbou a estátua num bloco de concreto, aparafusada por todos os lados.
Até alarme com bateria foi colocado ao redor da imagem – no povoado não havia energia elétrica.
Cavaletes com cordas, colocados a uns cinco metros de distância, impediam a aproximação do povo.
Sem dúvida, a imagem era bela, digna de admiração.
O padre contava sempre a mesma história – centenas de garimpeiros uniram-se e doaram um pouco de ouro a um artesão de Serra Pelada que fez, então, a imagem de Nossa Senhora, para colocá-la em uma futura igreja.
Mas as ameaças contra ele cresceram, por isso foi obrigado a se mudar para bem longe e guardar a imagem em local secreto.
Logo o lugar ficou conhecido como Nossa Senhora da Boa Esperança.
Chico Pintado, Zé da Mata e João Foinha bebiam cerveja num botequim e planejavam, baixinho, como roubar a imagem.
Zé da Mata, o líder, retrucou:
– O negócio não é fácil. A imagem é pesada e está atarraxada de tal modo que precisaríamos de uns vinte para carregá-la.
Chico Pintado, conhecido ladrão dos garimpos, fugitivo de dois presídios, argumentou:
– Nada de medo! Vamos planejar e fazer a coisa certa!
O miudinho João Foinha deu o toque de requinte ao assunto:
– Pô! Eu já fugi de diversas celas cavando túneis! Um túnel até a Santa seria o ideal!
Todos levantaram os copos e brindaram à idéia do Foinha.
No diz-que-diz do povo corria rumores sobre o padre Bento.
Uns questionavam de onde o padre tirava dinheiro para construir a igreja. E o principal: de onde veio tanto ouro para fundir a imagem? E as pedras preciosas? Quase ninguém acreditava nas histórias que ele contava. E o seu amigo sacristão, por onde andaria?
Esses boatos tiravam o sono do padre Bento, que matutava um modo de proteger a sua fortuna.
Resolveu rezar uma só missa aos domingos, às 10h00 da manhã, para ficar ao lado da imagem o dia inteiro.
A empregada do padre partiu com a missão de ir buscar o sacristão, Ismael, que deveria estar para os lados de Altamira.
Este velho amigo do padre tinha ajudado na construção da igreja e sabia de detalhes que só os dois conheciam.
Para não dar o que falar, padre Bento arrumou outra serviçal para ajudá-lo.
Só que Inocência, a nova empregada, era amiga de Dulce, mulher do delegado, que morava em Jacareacanga.
Enquanto isso, os três amigos já tinham idealizado o plano para roubar a imagem de ouro.
– Foinha, falou Zé da Mata, vá procurar aqueles dois peritos em construção de túneis, que fugiram da prisão contigo. E você, Chico Pintado, vá de barco até Belém e traga equipamentos de perfuração. Os mais velhos e baratos. E eu vou atrás daquele topógrafo que também roubou ouro de Serra Pelada.
– Só um túnel bem feito, que termine debaixo do altar da Santa, resolverá o nosso problema.
Partiram, então, em busca da ajuda tão necessária.
Inocência resolveu pedir uns dias de folga para visitar Dulce, em Jacareacanga
E os dias foram passando sem grandes fofocas na cidade.
Inocência comentou com a amiga:
– Algo de errado está acontecendo naquela igreja da santa de ouro.
– Conte-me com mais detalhes, pediu Dulce.
– Outro dia, o padre saiu da igreja, o que não é comum, e me deixou tomando conta da imagem. Eu fui até a sacristia e peguei aquela velha Bíblia, toda ensebada, para ler alguns versículos. Percebi, para a minha surpresa, que era uma bíblia evangélica, e não católica.
– E daí? Retrucou Dulce.
– Comecei a mexer nas gavetas e encontrei recortes de jornais sobre os crimes cometidos em Serra Pelada. No armário, achei mais uma batina velha, um chapéu de padre, alguns paramentos e roupas comuns. Em uma mala havia uma camisa branca com aquelas tarjas nos ombros, iguais às usadas por pilotos de avião. Achei tudo aquilo muito esquisito!
– Deixe de ser bisbilhoteira, mas pergunte ao padre a razão da bíblia, aconselhou Dulce.
Depois de quase um mês, os amigos retornaram com mais três companheiros.
Explicaram ao delegado que o material serviria para procurar ouro perto do rio.
Em poucos dias montaram uma cabana de lona distante da margem do rio e começaram a instalar os equipamentos perto da barraca. Às vezes, iam até os igarapés com peneiras, fingindo que estavam bateando ouro.
Mas o grande negócio estava dentro da cabana.
Depois de muitas medições feitas pelo agrimensor, começaram a cavar o túnel dentro da cabana.
– Em linha reta teremos de cavar quase oitocentos metros até a igreja, disse o topógrafo.
– Então vamos à luta! Gritaram todos.
Enquanto os nossos larápios construíam o túnel, ancorando com madeiras cortadas da floresta, a empregada do padre voltou com o sacristão.
Naquela noite os dois religiosos não dormiram.
Padre Bento falou:
– Ismael, eu tenho certeza de que vão roubar a imagem. Temos de levar tudo para um lugar bem seguro antes que o bispo de Itaituba apareça por aqui.
– Só há uma maneira, respondeu Ismael.
– Qual? Perguntou o padre.
– O bispo será a nossa salvação. Certamente ele virá de helicóptero de Jacareacanga para cá. Rezamos uma missa solene e pedimos para ele levar a imagem de volta no helicóptero e, de lá, transportá-la para Belém. Enquanto isso nós damos o fora com o que restou.
– Excelente idéia! Mas teremos de trazer o bispo urgentemente para cá. Vá até Jacareacanga e passe um telegrama para o clero, em Belém, convidando o bispo e mais quem quiser vir.
E assim foi feito.
Enquanto isso, os amigos trabalhavam com afinco, dia e noite – o túnel já estava bem adiantado.
– Faltam uns cento e vinte metros para chegarmos lá, anunciou o topógrafo.
Zé da Mata reuniu o bando e treinou mais uma vez a função de cada um, quando a imagem já estivesse no túnel.
No domingo, os seis “garimpeiros” foram à missa e sondaram bem o ambiente do altar. Concluíram que o pedestal onde estava colocada a santa era uma sapata de concreto armado. Mas desconheciam a profundidade daquela fundação.
No caminho, o topógrafo falou:
– Sem problemas, no local teremos de cavar um buraco de mais de cinco metros de profundidade para a sapata cair e ficar estancada nele. Isso vai levar mais uma semana.
Em poucos dias chegou a resposta do telegrama: “Padre Bento agradecemos o convite. E estamos marcando para o domingo 17 de outubro a visita do bispo e sua comitiva. Eles chegarão de helicóptero da Força Aérea entre seis e sete horas da manhã. Deus seja louvado! Saudações”.
O padre olhou no calendário pendurado na parede da sacristia – 15 de setembro de 1989. Tinham mais de um mês para preparar a recepção de visita tão importante.
A notícia espalhou-se pelo lugarejo.
Os seis malandros tiveram de refazer os planos e a data. O assalto seria na noite de sexta para sábado, véspera da visita do bispo.
O delegado pediu reforço.
A população começou a enfeitar os arredores da igreja com bandeirinhas de papel de seda verde e amarelo.
Até rojões foram comprados para saudar a chegada do bispo.
O almoço seria na casa do delegado.
Quase tudo estava preparado até o túnel, que continuava a ser cavado pelos seis companheiros.
Afinal, chegou o dia 16 de outubro.
O padre e o sacristão arrumaram um saco de lona bem forte para colocar a imagem nas mãos do bispo.
Os seis assaltantes olharam seus relógios: 23h00 do dia 16 de outubro.
O topógrafo falou:
– Estamos a uns três metros da base da sapata. O único recurso é um pouco de dinamite.
Zé da Mara concluiu:
– Quando a poeira baixar, amarramos a santa com uma corda. Três vão puxando, os outros vão destruindo a amarras do túnel. Em duas horas estaremos na lancha. Daí procuramos um igarapé bem longe e enterramos a imagem até o tempo passar.
– Combinado! Gritaram todos.
Foinha, perito em explosivos, cavou o teto até encontrar a base da sapara, onde colocou as bananas de dinamite, segundo ele, suficientes para o êxito da missão.
O grupo afastou-se uns cem metros do local da explosão. Foinha acendeu o pavio e correu para junto dos companheiros, dizendo:
– Fiquem deitados com as mãos na cabeça, daqui a cinco minutos ocorrerá a explosão.
De fato, em cinco minutos a cidade foi abalada por um forte estouro.
Ou a carga de dinamites foi demasiada ou a igreja estava mal alicerçada, pois tudo veio abaixo.
O altar com a sapara. A imagem. O quarto onde dormia o padre e o sacristão, até o telhado da igreja desabou.
Lá embaixo a confusão e os gritos de dor e de socorro eram ouvidos pela população que correu parta o local da tragédia.
Os seis, além de machucados, estavam presos na própria ratoeira.
O padre e o sacristão, gravemente feridos, esperavam ansiosos pelo socorro do povo.
O delegado, depois de pedir reforços pelo rádio, juntou a sua tropa e foi para o local.
Com a ajuda de todos, pouco a pouco os feridos foram sendo retirados. Primeiro, o padre e o sacristão. Depois, para espanto geral, começou o resgate dos seis garimpeiros, que mesmo feridos foram presos pelo delegado.
A imagem, a pedido do padre, foi colocada no saco de lona, que revelou ao delegado que o bispo a levaria para a capital.
Estava amanhecendo o dia quando pousou, perto do que foi a igreja, dois helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira) da Base Aérea de Jacareacanga, trazendo o bispo e sua comitiva, e dois delegados federais com seus agentes para fazer um inquérito detalhado da imagem e do ocorrido.
Quando os delegados foram falar com padre, que estava estendido em uma cama na casa do delegado, tiveram a maior surpresa.
O padre e o sacristão eram procurados havia anos pela Federal.
Eles eram pilotos de um táxi-aéreo de Belém fretado para levar lingotes de ouro para a capital
Porém, assim que o avião foi carregado com duzentos quilos de ouro, eles não esperaram os agentes federais subirem no aparelho e levantaram vôo para um local desconhecido.
Os agentes recuperaram a imagem e a colocaram no chão. Perceberam, então, os estragos causados pela explosão.
A parte externa era de gesso pintado com pó de ouro, e as pedras eram semipreciosas, estas que são encontradas em qualquer lugar sertão afora.
Mas e o peso? Os dois pilotos tiveram uma grande imaginação. No interior havia um tarugo de bronze de três polegadas de circunferência, com quase um metro de altura. O pedestal era de ferro fundido, pintado com pó de ouro.
Porém, os delegados queriam eram as barras de ouro furtadas.
O ex-padre Bento, que nem coroinha tinha sido quando criança, vendo que tudo estava perdido, confessou que na sacristia havia uma caixa blindada de concreto armado e que o ouro estava lá.
Fortemente armados e escoltados, dirigiram-se até a cratera e localizaram a famosa caixa.
Depois de quebrá-la com marretas e picaretas encontraram, enrolados em sacos plásticos, dezenas de barras de ouro carimbadas, assinalando ser de 18 quilates. E cada uma pesava um quilo.
Havia cento e oitenta barras. Cento e oitenta quilos. E o resto?
O resto nós gastamos com a imagem falsa e para o nosso sustento. Foi a declaração dos dois ladrões.
O bispo e sua comitiva não sabiam o que dizer e o que fazer.
Mas afirmou que a Cúria faria outra igreja no local. E que, em pouco tempo, mandaria dois padres missionários para acompanharem a construção da nova Igreja, que teria a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Jacareacanga ficou mundialmente conhecida no início de 1956.
Militares da Aeronáutica, apoiados por líderes da UDN – principais causadores do suicídio do presidente Getúlio Vargas em agosto de 1954 – na noite de 10 de fevereiro de 1956, poucos dias após a posse do presidente Juscelino Kubitschek, partiram do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, liderados pelo major Haroldo Veloso e pelo capitão José Chaves Lameirão, e se instalaram na base aérea de Jacareacanga, onde organizaram o seu quartel-general.
Dez dias depois do início da rebelião, os rebeldes já controlavam as localidades de Cachimbo, Belterra, Itaituba e Aragarças, além da cidade de Santarém, onde contavam com o apoio das populações locais. Haviam recebido também a adesão de mais um oficial da Aeronáutica, o major Paulo Victor da Silva, enviado de Belém para combatê-los.
Apesar de ter sido uma revolta que não recebeu apoio maciço do resto das Forças Armadas para derrubar Juscelino, o governo encontrou dificuldades para reprimi-la devido à reação de oficiais, sobretudo da Aeronáutica, que se recusavam a participar da repressão aos rebelados.
Depois de 19 dias, a revolta foi finalmente controlada pelas tropas legalistas, com a prisão de seu principal líder, o major Haroldo Veloso.
Os outros líderes conseguiram escapar e se asilar na Bolívia. Todos os rebelados foram beneficiados pela "anistia ampla e irrestrita", concedida pelo Congresso por solicitação do próprio presidente Juscelino.
Mas a insatisfação continuou no seio da Força Aérea.
A Revolta de Aragarças, que eclodiu em 2 de dezembro de 1959, começou a ser articulada em 1957. A nova conspiração teve a participação do ex-líder de Jacareacanga, o tenente-coronel aviador Haroldo Veloso, e de dezenas de outros militares e civis, entre eles o tenente-coronel João Paulo Moreira Burnier, o principal líder.
Eles partiram do Rio de Janeiro para Belém em três aviões militares Douglas C-47, um Constellation PP-PCR, comercial da Panair. O avião foi seqüestrado em pleno vôo pelo major-aviador Teixeira Pinto, que o desviou para Aragarças, norte de Goiás. E de Belo Horizonte, com um Beechcraft particular, os rebeldes rumaram para Aragarças, onde a rebelião ficou restrita.
A revolta não durou dois dias. Seus líderes fugiram nos aviões para a Bolívia, Paraguai e Argentina. Só retornaram ao Brasil no governo Jânio Quadros.
Este clima incontrolável nas Forças Armadas aumentou principalmente com a renuncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961.
Seu vice, João Goulart, afilhado político do falecido Getúlio, estava na China comunista.
Ao voltar ao Brasil, a aeronave com o vice-presidente foi proibida de pousar.
Jango, como era conhecido, só retornou como presidente enfraquecido, pois num golpe branco o Brasil passou a ter o regime parlamentarista, cujo primeiro ministro foi Tancredo Neves.
Todas essas revoluções começaram com a Revolta dos Tenentes em 1922, no Rio de Janeiro, e 1924, em São Paulo. Depois veio a Revolta de 1930 que colocou Getúlio Dorneles Vargas no poder como ditador até 1945, quando foi deposto por um golpe militar.
O resultado final foi a Revolução de 31 de Março de 1964, feita pelas Forças Armadas, com apoio da maioria da população e de diversos governadores, como Ademar de Barros, em São Paulo, e Carlos Lacerda, no Rio de Janeiro
Os militares ficaram no poder de 1964 até 1985. O último presidente foi o general João Batista de Oliveira Figueiredo.
Mas voltemos à Jacareacanga e ao roubo da falsa imagem.
A mulher que ajudava o padre desapareceu e nunca mais foi vista.
A tarde caía quando os dois helicópteros decolaram para Jacareacanga, deixando para trás a esperança de uma nova vida.
Porém, caso o leitor fique atento a este conto, por mais que procure no mapa do estado do Pará, certamente não encontrará o lugarejo de Boa Esperança, pois esta é mais uma história folclórica contada por velhos garimpeiros que ainda restam em Serra Pelada.


Roberto Stavale
São Paulo, Outubro de 2010.
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