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Poesias-->Livros de favos e rolhas -- 30/12/2012 - 03:24 (Manoel de Oliveira Santos) |
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Nós somos a poeira da jornada
O grão de ideias e partilhas
Somos o caminhar além da ponte
No deserto de relíquias e migalhas
Nós somos do fim a própria saída
Somos o continuar do continuar
Como o sol que risca com fogo
As escritas de nossas fadigas
Nós somos dos panfletos o favo
Jogados ao ninguém com beijos
Como a lápide do momento em relevo
Somos do que somos os afagos
Somos da peça a lambança do pó
A súbita vida de um caminho só
Somos o por do sol do nosso destino
Nascemos só, vivemos só, morremos só
Somos o saquinho marrom de escolhas
Somos dos vinhos esquecidos as rolhas
Somos nosso próprio plástico de bolhas
Somos da arvore a seca, o tronco e as folhas
Não morremos quando o sol não queima
Somente quando no fim do poema
Nossas rimas, estrofes e lemas
São leituras que simplesmente
Não valeram a pena
Criado por: Manoel de Oliveira Santos
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