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| Poesias-->Cateter de fogo -- 30/12/2012 - 02:10 (Manoel de Oliveira Santos) |
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O pecado é o fogo que transforma em cinzas
A humanidade errada dos contos de fadas
O teclado do piano salivando terra
Nas entranhas o tapa na cara que cega
Nós não viemos do pó, nós somos
Não somos o preço dos avós e avós e avós
Temos o algoz da alma que nos entrega
Da frieza dos pés, nos convém o viés
Onde nos enterramos de todas as janelas
Viramos a delícia do espelho
Que em suma resiste
Quando cercado por nuvens de lua
Cujo brilho inexiste
De pessoas jogadas as portas
Onde o cateter insiste encontrar
Em nossas mãos altruístas e toscas
O giz da lousa, o juiz que repousa
Quando tanto pecado tirar-me o posto
Que a fraqueza não permite-me queimar
Beijando-me o semblante sem alvoroço
Com a folha seca que ainda voa
E o pecaminoso pensar e agir
Onde na alma nasce um caroço
Que tento espremer com muito esforço
Buscando na fé frenar e destruir
O pecado aprisionado no alto de um poço
Criado por: Manoel de Oliveira Santos
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