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Poesias-->Maçã de partida -- 30/12/2012 - 02:01 (Manoel de Oliveira Santos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para canalizar a humanidade esculpida

Os destroços que não te fiz engolir

Foram perdoadas as maçãs mordidas

Na verde grama dos teus olhos

Afunilando teu sofrer ao perder-me

Nas cartas a beira do lago

Dos beijos que não dei às vezes

Contei segredos às paredes

Do nada me detive com pena

Mas a morada valeu a pena

Na cruz que martela o silêncio

Você foi um emblema em meu peito

Na lembrança que rema pra longe

Quando em mim morreu o receio

De fazer do seu coração um leito

Do julgamento que me aponta

E quando seu corpo se der conta

Serei sua veia entupida

Nas letras tremidas da carta

Que escrevi já de partida



Criado por: Manoel de Oliveira Santos



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