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| Poesias-->Na cama a deriva -- 30/12/2012 - 01:43 (Manoel de Oliveira Santos) |
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Pois é! Mesmo não estando em pé
Sinto minha alma de joelhos
E os olhos serrando meu respirar
Meus ossos procurando um leito
Meu pulsar rarefeito
Que sem pestanejar se entrega
A espera de páginas vazias
Caso não me viria abraçar algum sonho
Profundamente sensível
Que por alguma claridade ou barulho
Acorda em meu corpo visível
Que pondera a madrugada no lago
Onde sigo na lentidão de meu barco
Sem soluçar qualquer impulso
Quase sem ter pulso
Onde deixo a maré correr
Permito-me envelhecer para desfazer
Todos os pensamentos do varal
Fantasiando meu acordar real
Jogo-me no barco da cama
Afogando meu pensar
Tentando ouvir o coral
Que fará novamente adormecer
O pesadelo que acordara a fé
Quando de madrugada acordo e frustrado digo
Pra mim mesmo... pois é!
Criado por: Manoel de Oliveira Santos
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