Lilás, Lilian, tem cor de rosas
Onde reflecte a cor do céu
Ou em equimoses desditosas
A dor sobre a pele entumeceu.
Vermelho, Lilian, é o teu sangue
Que pinta as maçãzinhas de teu rosto
E torna a humanidade muito grande
Além do preto luto do desgosto.
De branco, Lilian, é o lençol
Que renasce da noite iluminado
E sobre o teu corpo após o sol
Por ele dez mil vezes ter passado.
As cores, Lilian, são a certeza
Que vejo florir d olhar fechado
Entre o arco-íris da natureza
Que põe verde no meu e no teu Fado!
Torre da Guia |