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Cronicas-->Pai -- 05/09/2006 - 10:30 (Odilon Fehlauer) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É aquele homem capaz de aplacar nossos temores, que enxerga os acontecimentos através de àngulos que estranhamos por não vê-los. Que tem o saber para enfrentar a adversidade com menor ansiedade que a nossa. Que nos fala sobre acontecimentos que advirão, e irrita-nos provocando nossa teimosia, mas quando chegado o tempo ficará demonstrado que ele tinha plena razão. É aquele que quando pensamos tudo saber a seu respeito, toma atitudes às quais subestimamos e acerta, nos surpreendendo. É o gestor que pode nos orientar nos negócios sem ónus algum. Nos achamos adultos e auto-suficientes, porém, ele nos vê com graça e indulgência. Suas diretrizes às vezes incompreendidas no devido momento mostram-se exatas no decorrer do tempo. Nunca nos abandonará apesar de parecer ao contrário, ele permanecerá meditando em busca de encontrar caminhos a nos indicar. Quando nos tornamos "donos da verdade" ele se afasta propositadamente. Permite-nos errar para poder nos reconduzir no trajeto. Ele parece ser austero - um ledo engano- existe a mãe que o persuade em favor dos filhos, mesmo que ele oculte esta influência. Nestes predicados e consentimentos onera-se para nos ajudar, por vezes voltando a fazer coisas que tanto lutou para superá-las e o obrigamos a buscar experiências em caminhos que já deixou de trilhar. Eventualmente pode haver errado tanto quanto nós, também foi vulnerável, porém não atentamos que ele colheu experiências antes de as termos tido. Orgulhosos não atentamos para esta abreviação de aprendizado em tempo hábil. Somente lhe trazemos o problema quando nos sentimos impotentes incapazes de dominar. As vezes criticamos, sua falta de disposição, pela sua locomoção que torna-se lenta. Querendo que ache hilário aquilo que achamos sem que demonstre. Adquire manias, torna-se exigente. No domingo deixa de aparar a barba e permanece vestido com o pijama com o qual dormiu. Calça chinelos surrados escolhidos por serem folgado. Sente mais frio que nós. As vezes suas palavras são deixadas transpor nossos ouvidos não atentando-as. Criticamos suas introspeções sem mensurar o quanto de histórias e experiências nelas residem. Deixamos de visualizar que também teve a nossa idade e padeceu para chegar onde conseguiu. Todos os dias para ele são feitos de comparações do tempo vivido. Nos esquecemos que não podemos julgá-lo pelo que fez, pelo que deixou de fazer, ou pelo que não conseguiu realizar. Viveu em um tempo, diferente do atual. Entretanto, todos nós sem exceção, um dia compreenderemos nosso pai, apenas não devemos deixar que isso seja tardio e inexorável para demonstrarmos. Muitos se acham relegados ao nada, descartados do cotidiano, não os permitindo participarem. Caso analisarmos um só instante iremos imaginar o que passa em suas mentes. Se não pudermos colher as deduções devemos dar um tempo, pois lá adiante iremos interpretá-los.

Odilon Fehlauer.
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