Usina de Letras
Usina de Letras
243 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140788)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6177)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Meu Porto -- 28/07/2010 - 20:11 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fui parte daquela grande embarcação.
Incluida no contexto de forma comum, como todos em volta.
Dado momento fui surpreendida por grande tormenta.
Os ventos sopravam forte e faziam o grande barco adernar.
Sentia-me tonta, enjoada...
Por minha causa, e algo que fiz de errado, causei grande transtorno.
Convocada à cabine do comandante, expus toda a situação.
Me sentia triste, e não havia outra sugestão, a não ser a partida.
Ali, bem ali, com o grande mar em volta, havia de abandonar o barco.
O que me esperava? não importou no momento,
havia apenas a consciência de que era preciso.
E apesar do mar revolto, das ondas altas,
Cheguei ao convés, e observada de soslaio,
pedi que os marinheiros baixassem as cordas do barquinho de socorro.
Sei que parecia suicídio, afinal, como sobreviver em meio à tormenta?
Mesmo assim, imbuída da desgraça que causei,
a única pena possível seria perecer, longe de todos,
consciente que a morte seria um benefício,
afinal não causaria mais, mal algum, ao contrario,
traria tranquilidade a todos que foram prejudicados direta e indiretamente.
O barquinho foi baixado, e o tempo passava,
o mesmo tempo que era tão necessário para que a tempestade
se ausentasse dali.
Quase em inércia, concisa, entrei no barco, e aguardei que as cordas
fossem baixadas, até que o casco tocasse a agua, ainda mexida pelas correntes.
Fiquei ali, imovel, com lagrimas enxutas pelo vento.
Não tomaria qualquer atitude, e a natureza seria a única responsavel pelo meu destino.
As horas passaram, os dias passaram, o mar já era calmo,
e eu à deriva, aguardava o destino.
A única atitude que jamais tomaria, seria voltar ao grande barco,
e pedir socorro, porque entendia, que seria olhada de longe e nenhuma mão
se ergueria para o meu resgate.
Esperei então a morte...
Houve grande ventania, e pequenas tempestades que me angustiavam profundamente,
mas seguia no firme proposito de aguardar meu fim, continuei ali.
Algum tempo passado, o mar acalmou, e pude dormir enfim um sono tranquilo.
Pouco tempo depois, avistei ao longe um porto. O dia estava claro, e já não havia
tempestades. Havia apenas a lembrança de dias ruins.
E para minha surpresa, meu barquinho ancorava sem minha ajuda,
no porto de onde sai, pra essa viagem tão cruel. E estava ali de portas abertas,
esperando minha passagem para que enfim fosse acolhida e percebesse que
ali era o meu lugar, e que qualquer viagem, nunca seria melhor
que o meu porto seguro.
VF
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui