A tua voz faz caminhos nas esquinas do meu corpo
Alisa as alamedas dos meus sentidos murmurando
Fantasias de um sonho insinuado em luas de abril
Sou então flor encantada no teu desejo febril.
O meu olhar afogueado mergulha em teu peito
E a tua voz continua me despir com o vinho da noite
Faz teus braços o laço no enrubescer do meu embaraço
Em um pedido suplicado no flamejar de um sutil abraço.
Eu sou o que me pedes nos jardins das reticências
Impossível seria resistir a tua boca que me canta
Nas pétalas da paixão que beija colidindo com o clamor
Dos meus seios rompendo auroras em sensações de amor.
És o som caindo como gotas de orvalho em meu ventre
O imenso tom do fogo em teu olhar envolvendo-me em um vôo
Os teus lábios como labaredas em meu corpo no compasso perfeito
Da tua música que faz um arco de triunfo caindo livre em meu leito.
Penélope*M*