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Erotico-->ESPELHO APRENDIZ -- 27/01/2002 - 20:13 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O espelho narciso ousou revelar
O reflexo apaixonado
De olhos de promessas infindas
Lábios de ofertas irrecusáveis
Pele de textura mais linda
Enigmas de amores indecifráveis.

Seios como pêssegos maduros
De polpa cravada por dentes famintos
Coxas de contornos seguros
Torneadas, provocantes,
Morenas, labirintos.

Pernas que insinuam movimentos
Serpiginosas, esguias, qual potra
Entreabrem-se e esfregam-se
Agoniadas, sedutoras
Como que chamando a outra.

Ventre de mil contrações
Onde se guarda o pote da vida
Onde desliza a mão - sensações -
Que se descobre, da mina,
Lá, onde brotam gotas de prazer, atrevidas.

Dorso de gazela, de égua xucra
Livre nos pastos do amor natural
Cabeleira ao vento, ou puxada como rédea
No jogo dos domínios da entrega e posse
Ou dos demônios do bem e anjos do mal.

Pés de dedinhos delicados
Que pisam em almofadas de nuvens
Esculpidos por marotos querubins
Que os criaram em brincadeiras no céu
Como flores a alegrar seus jardins.

Mãos de maciez cruel
Ao alisar as próprias curvas - nudez -
Instigar instintos selvagens
Acariciar as fontes de êxtase
Romper em soluços a timidez.

Boca de palavras mudas
E sussurros insolentes
Que encanta com feitiços de bruxas
Sons de palavras incoerentes
Veículo de percurso indecente.

Cheiro de mato molhado, sem recato
Do perfume exalado do frasco mais nobre
Pote da essência perdida
Do aroma da vida
Em rastros de amor.

Gostos de saliva escorrendo
Pelos cantos da boca
Pelos lábios lavados
Pela língua levada
Que insiste em lamber.

Gestos de musa pudica
De Madalena nociva
De mulher atrevida
Da deusa vencida
De amante no poder.

Essa é a mulher que o espelho quis
Nas madrugadas febris
Nas cavalgadas, feliz
Nas tempestades, raiz
Que escapou por um triz
Das artimanhas do aprendiz.
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