O azul estava no céu
o azul estava no mar
até o ar era azul
era azul de azular.
O menino brincava na duna
com a prancha a escorregar,
o rio estava bem seco
não havia o que pescar.
se via meio de longe
na entrada do canal
a rede subindo e descendo,
movimento natural,
para os tantos ribeirinhos
que esperavam o arrasto
a mulher na beira do fogo
aguardando algum pescado.
A cena ficou na cabeça,
está claro como o dia,
um dia azul de inverno
dia claro, pele fria.
O arrepio na pele,
o vento que ora batia,
até esse vento era azul
na imensa e linda baia.
Valentina fraga
|