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Teses_Monologos-->Minha Luta por Adolf Hitler - CAPÍTULO XV -- 19/09/2003 - 10:29 (((((EU SOU DO SUL))))) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CAPÍTULO XV - O DIREITO DE DEFESA

Quando depusemos as armas, em novembro de 1918, foi iniciada uma política que, segundo todas as probabilidades humanas, era destinada a conduzir à ruína. Exemplos semelhantes, tirados da história, mostram que os povos que depõem as armas antes de tentarem um último esforço, mais facilmente preferem, no correr do tempo, sofrer as maiores humilhações e opressões a tentarem uma mudança de seu destino por meio de um novo apelo à violência.
Isso é perfeitamente humano. Um vencedor inteligente fará, se possível, as suas exigências ao vencido, por partes. Ele poderá contar, então, no caso de tratar-se de um povo que se tornou sem caráter - e como tal se pode considerar todo povo que se rende voluntariamente - que não encontrará em cada uma dessas opressões um motivo suficiente para mais uma vez se pegar em armas. Quanto mais opressões forem aceitas voluntariamente, tanto mais injustificado parece, a esses homens, porem-se em guarda ante novas opressões, sempre repetidas, embora isoladamente, sobretudo considerando que, no final de contas, já se tolerou muito maior desgraça em silêncio.
A decadência de Cartago é uma horrível imagem do suplício de um povo culpado.
Por isso, Clausewítz destaca, nas suas três "confissões", de maneira incomparável, esses pensamentos e os fixa para sempre, dizendo: "que é indelével a mácula vergonhosa de uma submissão covarde; que essa gota de veneno passa para o sangue da posteridade e paralisará e destruirá a força das gerações vindouras"; e, em contraposição, "mesmo a derrocada dessa liberdade após uma luta sangrenta e honrosa assegura o renascimento de um povo e é o núcleo vital de que deitará raízes uma nova árvore."
Naturalmente, uma nação que perdeu a honra e o caráter não dará ouvidos a uma tal doutrina, pois quem a toma a peito não poderá descer a tanto. Só decai quem a esquece ou dela não quer mais saber. Daí não se poder esperar que os responsáveis por uma submissão covarde caiam em si e, baseados na experiência humana, ajam de maneira diferente da de até então. Ao contrário, justamente esses afastarão de si qualquer doutrina nesse sentido, até que o povo se acostume definitivamente à sua situação de escravo ou até que forças melhores aflorem à superfície para tirar o poder das mãos do perverso corruptor. No primeiro caso, essas criaturas nem se sentem mal, pois, não raras vezes, recebem dos inteligentes vencedores o cargo de feitor de escravos, cargo esse que essas naturezas desbriadas exercem geralmente da maneira mais impiedosa, com relação ao seu próprio povo, do que qualquer fera estrangeira ai colocada pelo inimigo.
Os acontecimentos, desde o ano de 1918, nos mostram que na Alemanha a esperança de, por meio de submissão voluntária, poder conseguir o favor do vencedor, infelizmente determina, da maneira mais nefasta, a conduta política da grande massa. Eu desejaria, por isso, ressaltar o valor que empresto à grande massa, pois não consigo convencer-me de que a maneira de agir dos dirigentes de nosso povo possa ser atribuída a essa mesma loucura nefasta. Como, desde o fim da Guerra, a direção de nossos destinos é sabidamente orientada por judeus, não se pode, na realidade, supor que exclusivamente uma noção falha tenha sido a causa de nossa desgraça, mas, ao contrário, deve se ter a convicção de que uma intenção consciente conduz nosso povo ao aniquilamento. E desde que se examine, desse ponto de vista, a aparente loucura na direção da nossa política externa, ela se desvenda como uma lógica extremamente requintada e fria ao serviço da idéia e da luta dos judeus pela conquista do mundo.
Torna-se compreensível como se passou, sem ser utilizado, um período de tempos, entre 1806 e 1813, suficiente para dar à Prússia, inteiramente derrotada como estava, nova energia e espírito combativo. Esse tempo não só não foi utilizado como, de fato, conduziu a maior enfraquecimento de nosso Estado.
Sete anos depois de novembro de 1918 foi assinado o tratado de Locarno! As coisas se passaram como ficou indicado acima. Logo que se assinou o vergonhoso armistício, ninguém teve energia nem coragem para opor-se às medidas de opressão que o inimigo executava repetidamente. Ele era muito inteligente para pedir demasiado de cada vez. Restringiu a sua opressão a uma extensão que, no modo de ver e na opinião de nossos dirigentes alemães, no momento seria suportável, sem que se tivesse de temer uma explosão do sentimento público. Quanto mais assinavam "Tratados" e os toleravam, tanto menos parecia justificado, por meio de mais uma opressão ou mais uma humilhação exigida, fazer de repente aquilo, que não se tinha feito de outras vezes, isto é, opor resistência. Isso é justamente aquela "gota de- veneno" de que fala Clausewitz: a indignidade, uma vez perpetrada, aumenta cada vez mais. Ela pode tornar-se um terrível peso de que um povo dificilmente conseguirá livrar-se e que antes arrastará definitivamente uma raça à escravidão.
Assim é que na Alemanha se alternavam ordens de desarmamento e de escravização, enfraquecimento político e pilhagem econômica, a fim de, por último, produzir aquela mentalidade que consegue ver na mediação e no plano Dawes uma felicidade e no tratado de Locarno uma grande vitória. É verdade que, observando essa questão de um ponto de vista superior, nessa penúria só se pode falar de uma única felicidade e esta é: é possível iludir o homem mas não é possível subornar o céu. Com efeito, esse não deu a sua bênção. A miséria e os cuidados, desde então, não têm cessado de ser os fiéis companheiros do nosso povo, nossos únicos aliados inseparáveis. Desde que não sabemos mais prezar a honra. vemo-nos obrigados, pelo menos, a dar o devido valor à liberdade na conquista do pão. A humanidade já aprendeu a gritar pelo pão; ainda fará preces um dia. porém, pela liberdade.
Por mais amarga e patente que tenha sido a derrocada do nosso povo, nos anos que seguiram 1918. mais encarniçada e violenta era, precisamente. neste tempo, a perseguição de todo aquele que ousasse profetizar o acontecimento que efetivamente se realizou mais tarde. A direção do povo era tão deplorável como grande era a sua presunção, especialmente quando se tratava de pôr de lado aqueles que enxergavam o perigo e por isso pareciam importunos e antipáticos. Então, e ainda hoje, podiam-se ver os maiores imbecis parlamentares, verdadeiros fabricantes de arreios e de luvas, (aliás o fato da profissão não teria a menor importância) elevar-se subitamente ao pedestal de homens de Estado, para, lá de cima, atacar os pequenos mortais. Não importava absolutamente que semelhante "homem de estado", talvez já no sexto mês de sua atividade, fosse desmascarado como o maior mistificador, "aureolado" pelo escárnio e o desprezo de todo o resto do mundo, não sabendo para onde se virar, dando assim a prova infalível de sua completa incapacidade! Não, isso não tinha a mínima importância. Ao contrário: quanto mais esses estadistas parlamentares carecem de verdadeira eficiência no serviço dessa República, tanto maior é a fúria com a qual perseguem aqueles que esperam deles realizações, que se atrevem a constatar a paralisação de sua atividade e profetizam seu fracasso no futuro. Se, porém, se chega a pegar um tal honrado parlamentar, de modo que não possa o estadista de fancaria negar o desastre de toda a sua atividade e a falência dos seus resultados, então, acha ele mil e um pretextos de desculpas para os seus fracassos, recusando-se a confessar a verdade de ser ele a causa única de todo o mal.
O mais tardar, no inverno de 1922 a 1923, dever-se-ia ter compreendido, por toda parte, que a França, mesmo depois da conclusão da Paz, esforçava-se, com uma lógica de ferro, por alcançar ainda a finalidade guerreira com a qual, desde o princípio, sonhava. Pois ninguém acreditaria que, na luta mais decisiva da sua história, a França empenhasse o sangue de sei povo que, já não é muito abundante, somente para, mais tarde, receber indenizações pelos estragos praticados. A própria Alsácia Lorena, por si só, não explicaria ainda a energia da atuação militar dos franceses, se em tudo isso não estivesse em jogo uma parte do programa futuro, verdadeiramente grandioso, elaborado pela política exterior da França. Eis a definição de tal finalidade: dissolução da Alemanha, no caos dos pequeno Estados. Eis o motivo de luta para a França chauvinista, luta, aliás, na qual, em verdade, ela vendeu seu povo ao judeu cosmopolita e internacionalista.
Essas aspirações militares dos franceses já teriam sido alcançadas pela Guerra, se, como a princípio se esperava em Paris, os combates se tivessem sucedido em terreno alemão. Imagine-se que as sangrentas batalhas de Guerra se tivessem desenrolado, não às margens do Some, em Flandres no Artois, diante de Varsóvia, Nischnij-Nowgorod, Kowno, Riga, ou outro qualquer lugar, e sim na Alemanha, na região do Ruhr ou às margens do Meno, do Francfort, do Elba, diante de Hannover, Leipzig, Nuremberg etc., e será preciso convir que teria havido possibilidade para uma destrui cão em regra da Alemanha. É muito duvidoso que a nossa federação, bastante recente, tivesse resistido a essa grande prova durante quatro ano e meio, tal qual a França, que já vem centralizada rigorosamente há muito séculos e só tem um centro indiscutível: Paris. O fato deste combate entre povos (o mais formidável que já existiu) ter-se desenrolado fora dos limites da nossa pátria, não foi só o merecimento imortal do incomparável antigo exército, como, também, a maior felicidade possível para o futuro da Alemanha. Estou firmemente convencido de que, dada a segunda hipótese, há muito tempo não existiria mais um Reich alemão, mas, apenas, "Estados alemães". Eis, também, a única razão pela qual o sangue de nossos amigos e irmãos mortos na guerra não correu totalmente. em vão.
Tudo veio ao contrário do que se esperava! Com a rapidez de um raio operou-se, em novembro de 1918, a derrocada completa da Alemanha. Quando a catástrofe caiu sobre o nosso país, as tropas de campanha ainda continuavam a agir bem longe, em terra inimiga. A primeira preocupação da França, nesse momento, não era mais a dissolução da Alemanha e, sim, a seguinte: Como fazer saírem o mais depressa possível as tropas alemãs da França e da Bélgica? Para os dirigentes dos franceses, a primeira missão, depois de terminada a Guerra, foi o desarmamento dos soldados alemães, o seu repatriamento mais rápido possível. Só em segundo lugar se poderia cogitar da realização das finalidades guerreiras iniciais, que eram as verdadeiras. Na satisfação dessas, a França já se achava bastante manietada. Para a Inglaterra, a guerra de fato tinha terminado, vitoriosamente, com o aniquilamento da Alemanha como potência colonial e comercial e seu rebaixamento .à categoria de Estado de segunda ordem. Não existia somente interesses no esmagamento total da potência alemã como também era legítimo o desejo de criar, no futuro, um grande rival contra a França na Europa. Deste modo, a política francesa teve que continuar, na paz, um trabalho resoluto, continuando o que a guerra já tinha encaminhado: a opinião de Clemenceau, segundo a qual, a Paz não passava de uma continuação da guerra, recebeu, assim, uma significação maior.
Continuamente, sob todos os pretextos, era necessário abalar a organização do Rewh. Em Paris esperava-se conseguir isso lentamente, de um lado, pela imposição de novas ordens de constante desmobilização e de outro pela exploração econômica provocada por esse meio. Quanto mais declinava na Alemanha a honra nacional, tanto mais fácil era alcançar efeitos de destruição política pela pressão econômica e a miséria permanente. Semelhante política de opressão e exploração no terreno político e econômico, levada a efeito durante dez a vinte anos, tem que destruir, pouco a pouco, o mais forte organismo político, apto a dissolver-se pela ruína. Com isso, porém, estariam alcançados, afinal, os objetivos políticos da França.
Já desde o inverno de 1922 e 1923, dever-se-ia ter descoberto nisso a intenção capital da França. Assim restavam, somente, duas possibilidades: podia-se esperar ou enfraquecer a vontade da França na luta contra a resistência do organismo popular alemão, ou fazer o que era praticamente inevitável por fim, isto é, no caso especialmente crítico, desviar a direção do barco do governo.
Significava isso, aliás, um combate de vida e de morte, só havendo esperança de salvação, se houvesse possibilidade de isolar a França de tal modo que essa segunda luta não fosse mais uma luta da Alemanha com o mundo, mas uma defesa da Alemanha contra a França, que, sem cessar, está sempre perturbando a paz universal.
Sublinho este ponto, e disso estou plenamente convicto, que essa hipótese se realizará fatalmente. Não acredito nunca que as intenções da França, a nosso respeito, possam um dia mudar; pois, elas estão definitivamente arraigadas e se traduzem na conservação da nação.
Se eu próprio fosse francês, desejando, portanto, o engrandecimento da França, como em realidade desejo o da Alemanha, também não poderia, nem quereria, agir de outra maneira do que a indicada por Clemenceau.
O espírito francês, ameaçado de desaparecer lentamente, não só pela diminuição da densidade de sua população como, sobretudo, dos seus melhores elementos raciais, só poderá manter, de uma maneira duradoura, sua importância mundial, pela aniquilação da Alemanha, Não importa quantas vezes a política francesa se possa desviar, no fim, aparecerá sempre esse objetivo como realização dos desejos máximos e da mais arraigada aspiração nacional. É um erro, porém, supor que uma vontade puramente passiva e que só visa a sua própria conservação possa resistir, até o fim, a outra não menos forte mas que procede de um modo ativo. Enquanto o eterno conflito entre a Alemanha e a França só se traduzir por uma defesa alemã contra um ataque francês, o mesmo permanecerá sem solução; a Alemanha, entretanto, de século em século, irá perdendo uma etapa após outra. Analisando a extensão da fronteira lingüística da Alemanha, do século XII até hoje, será difícil esperar ainda resultado satisfatório de uma atitude e de uma evolução que tanto mal já nos têm trazido.
Somente quando a Alemanha se compenetrar dessa verdade, e não mais deixar enfraquecer-se a vontade de existir da nação por uma atitude de defesa passiva, mas, ao contrário, armar-se para um encontro decisivo com a França e lançar-se nessa última luta de vida e de morte com as maiores finalidades em vista, que se chegará ao ponto de pôr um termo à eterna e infrutífera peleja entre nós e a França. Isso, aliás, só deverá acontecer sob a condição da Alemanha enxergar no aniquilamento da França um meio, apenas, para finalmente dar ao nosso povo, em outro terreno, a sua possível expansão. Hoje contamos, na Europa, oitenta milhões de alemães! Essa política externa só será reconhecida e aprovada quando, antes de um século, duzentos e cinqüenta milhões de alemães viverem nesse continente, não comprimidos uns contra os outros como escravos do resto do mundo mas, como camponeses e operários que, pelo seu trabalho, facilitam a existência uns aos outros.
Em dezembro de 1922, a situação entre a França e a Alemanha parecia novamente tensa e isso de um modo verdadeiramente ameaçado. A França tinha em vista novas e monstruosas extorsões. A exploração econômica tinha que ser procedida por uma pressão política, e só um pulso violento intervindo no centro do sistema nervoso de toda a vida alemã, poderia ser, aos olhos dos franceses, um meio suficiente para submeter nosso povo "rebelde" a um jugo mais pesado.
Com a ocupação do Ruhr esperava-se, na França não só quebrar definitivamente a espinha dorsal da Alemanha, como também colocar-nos economicamente em uma situação tão precária, que bem ou mal teríamos que aceitar os compromissos mais onerosos.
Era uma questão de curvar ou quebrar. E a Alemanha, logo no princípio, curvou-se para acabar em uma completa desagregação.
Com a ocupação do Ruhr, a sorte, mais uma vez, deu a mão ao povo alemão, para erguê-lo novamente. Aquilo que, no primeiro momento, devia aparecer como uma grande desgraça, examinado de perto, continha a esperança de poder pôr um termo ao sofrimento geral.
Quanto à política externa, a ocupação do Ruhr, pela primeira vez, conseguia modificar contra a França os sentimentos da Inglaterra e isso, não só nos círculos da diplomacia britânica, que só tinha concluído e mantido o pacto francês com as intenções de frios calculadores, mas, também, nos círculos mais largos do povo inglês. Era, sobretudo, nos meios econômicos ingleses, que se sentia um mal-estar, mal dissimulado, diante do incrível aumento de forças da potência continental francesa. Pondo de lado o fato de, no terreno puramente militar e político, a França ocupar uma posição na Europa como mesmo a Alemanha nunca o tinha feito, recebia ela, agora, bases econômicas que a tornavam capaz de concorrer na política com uma situação, por assim dizer, única. As maiores minas de ferro e de carvão da Europa achavam-se reunidas nas mãos de uma nação, que tinha visto- os seus interesses vitais de um modo resoluto e eficiente, ao contrário do que tinha acontecido com a Alemanha, e que, pela guerra mundial, tinha provado perante o mundo a sua grande capacidade militar. Com a ocupação pela França das jazidas carboníferas do Ruhr, perdia a Inglaterra novamente, todo o seu sucesso na Guerra. Não tinha vencido a esperta diplomacia britânica e sim o Marechal Foch e a França por ele representada.
Na Itália, também, os sentimentos para com a França, que já não eram precisamente róseos desde o fim da Guerra, transformaram-se em verdadeiro ódio. Era chegado o grande momento histórico no qual os aliados de então se podiam tornar os inimigos de amanhã. Porque não aconteceu o contrário, e porque os aliados, como na segunda guerra dos Balcãs, não entraram subitamente em lutas recíprocas, deve-se unicamente à circunstância de não haver na Alemanha um Enver-Paxá, mas somente um chanceler Cuno.
A invasão do Ruhr pelos franceses ofereceu à Alemanha as maiores possibilidades, não só para sua política externa, como para a interna. Uma parte considerável do nosso povo, que, devido à influência ininterrupta de sua imprensa mentirosa, ainda via na França o campeão do progresso e da liberalidade, achou-se bruscamente curada de tal loucura. Assim como o ano de 1914 tinha varrido dos cérebros dos trabalhadores alemães os sonhos de solidariedade internacional, precipitando-os, novamente, rio mundo das pelejas eternas, onde um ser se mantém à custa do outro e a morte do mais fraco simboliza a vida do mais forte, com as mesmas desilusões rompeu a primavera de 1923.
No dia em que o francês realizou suas ameaças, penetrando, finalmente, na região carbonífera da baixa Alemanha, primeiro com muito cuidado e alguma hesitação, neste dia soou para a Alemanha uma grande e decisiva hora da sua existência. Se, naquele momento,, o nosso povo, mudando de sentimentos, também tivesse modificado a atitude mantida até então, a região do Ruhr poderia ter sido para a França o que Moscou foi para Napoleão.
Só havia então duas possibilidades: ou suportava-se isso ainda sem resistência, ou com o olhar voltado para os fornos de Essen, criava-se para o povo alemão a vontade abrasadora de pôr termo a essa eterna vergonha, suportando, de preferência, o terror a uma opressão que não acabava nunca. Cabe a Cuno, então chanceler do Reich, o mérito imperecível de ter descoberto uma terceira solução, sendo ainda uma maior honra a que coube aos nossos partidos burgueses que o admiraram e trilharam o caminho por ele seguido.
Aqui me proponho examinar, da maneira mais sucinta, em primeiro lugar, a segunda solução: como, com a ocupação do Ruhr, a França tinha realizado uma brilhante infração ao tratado de Versalhes, tinha, com isto, se incompatibilizado com várias grandes potências, sobretudo, porém, com a Inglaterra e a Itália. Qualquer apoio desses Estados para sua própria campanha egoísta de pilhagem estava fora de questão. Esta tinha que levar a fim, sozinha, com os seus próprios recursos, a sua aventura. Para um governo nacionalista alemão só podia haver uma única saída - a traçada pela honra. Era patente que ninguém podia enfrentar de chofre a França, pelo emprego das armas. Entretanto, era necessário que se compreendesse que toda ação não apoiada na força só levaria a resultados ridículos e estéreis, Era um absurdo, sem a perspectiva de uma resistência ativa, fazer a seguinte declaração: "Não entraremos em nenhuma negociação" Maior absurdo seria, porém, acabar por entrar na negociação sem se ter tomado a precaução de apoiar-se em alguma força.
Não digo com isso que se tivesse podido impedir a ocupação do Ruhr por medidas militares. Somente um louco podia aconselhar tal solução. É verdade, porém, que sob a impressão desse proceder da França e durante o tempo que durou a execução dos seus planos, era preciso ter-se em mente sem tomar-se em consideração o tratado de Versalhes, já violado pela própria França - os meios de defesa militar que podiam ser fornecidos aos negociadores para que se chegasse ao fim visado. Desde o princípio não restava dúvida sobre as decisões que seriam tomadas, em qualquer conferência, em relação a esta região, ora ocupada pela França. Da mesma maneira era preciso ver com clareza que mesmo os mais hábeis negociadores alcançariam pouco sucesso, enquanto não tivessem absoluto apoio do povo. Um indivíduo fraco não pode lutar com atletas, da mesma forma que um diplomata sem armas terá, para fazer frente à espada inimiga, de opor-se com outra, espada. Não era francamente uma miséria ter-se que presenciar as comédias das negociações que, desde o ano de 1918, procederam sempre os respectivos tratados? Esse espetáculo vergonhoso, oferecido ao mundo inteiro, de convidar-nos, como por escárnio, a sentarmo-nos na mesa das conferências, a fim de nos mostrar resoluções e programas, há muito definitivamente elaborados, sobre os quais se podia falar, que porém, tinham que ser considerados como inalteráveis?
A verdade é que os nossos diplomatas raríssimas vezes ultrapassam o tipo médio e, na quase generalidade, justificam a arrogante afirmação de Lloyd George na presença do então chanceler Simon, na qual, ironicamente, dizia que os "alemães não sabiam escolher homens de valor intelectual para seus chefes e representantes". Mas nem mesmo gênios teriam, em face da resoluta vontade do inimigo e da lamentável fraqueza do nosso povo, podido alcançar grande sucesso, sob qualquer aspecto.
Quem, na primavera de 1923, quisesse aproveitar a ocupação do Ruhr pela França, para o restabelecimento do poder militar da Alemanha, teria, primeiro, que dar à nação armas espirituais, fortalecer o poder da vontade nacional e anular os destruidores dessa inestimável força, condição sine qua non de qualquer resistência material.
O erro, neste caso, foi o mesmo cometido em 1918. Dever-se-ia ter começado por alvejar a cabeça da hidra marxista e assim destrui-la uma vez por todas.
Qualquer idéia de resistência contra a França seria rematada loucura, se não se declarasse guerra de morte aos elementos marxistas que, cinco anos antes, impediram que a Alemanha continuasse a luta nas linhas da frente. Só pela cabeça de indivíduos simplórios poderia passar a idéia de terem os marxistas mudado de orientação e que os canalhas da Revolução de 1918, que, friamente, passaram sobre os cadáveres de dois milhões de alemães, para mais facilmente se instalarem no poder, de um momento para outro, se dispusessem a pagar o seu tributo a nação! Não podia haver idéia mais absurda, mais louca, de que a de acreditar que traidores da Pátria se transformassem, repentinamente, em campeões das liberdades alemães. Assim como uma hiena nunca despreza um cadáver, assim também o marxista nunca deixará de ser traidor da Pátria. Não se faça a objeção de que muitos operários deram, também, o seu sangue à Pátria. esses, porém, eram reais operários alemães, já não eram marxistas internacionalistas. Se, em 1914, o operariado alemão consistisse de marxistas, a guerra teria terminado dentro de três semanas.
A Alemanha teria sido derrotada antes que seu primeiro soldado atravessasse as fronteiras.
O fato de ter o nosso soldado outrora lutado com ardor é a prova mais evidente de que não estava ainda contaminado pela loucura marxista.
A proporção, porém, que o soldado e o operário alemão, com o decorrer da Guerra, iam caindo nas garras do marxismo, eram elementos perdidos- para a Pátria.
Se, no começo e durante a Guerra, tivéssemos submetido à prova de gases asfixiantes uns doze ou quinze mil desses judeus, desses corruptores de povos, prova a que, nos campos de batalha, se submeteram centenas de milhares dos nossos melhores operários alemães de todas as Categorias, não se teria visto o sacrifício de milhões de nossos compatriotas das linhas da frente. A eliminação de doze mil patifes, no momento oportuno, teria talvez influído sobre a vida de um milhão de homens honestos que muito úteis poderiam ser à nação de futuro. É característico dos estadistas" burgueses não hesitarem no sacrifício da vida de milhões, nos campos de batalha e verem em dez ou doze mil traidores, ladrões, usurários e mentirosos, preciosas relíquias da nação que proclamam como insubstituíveis. Nesse mundo burguês não se sabe o que mais admirar se a cretinize, a fraqueza e a covardia ou se a sua absoluta tratante. Trata-se na realidade de um classe destinada a desaparecer e que, infelizmente, arrastará na sua ruma um povo inteiro.
No ano de 1923 estávamos em face de uma situação idêntica à de 1918. Qualquer que fosse a maneira - de resistir que se escolhesse, a condição indispensável, seria livrar, primeiro, o nosso povo do marxismo corruptor.
E, segundo a minha convicção, o primeiro problema em um governo verdadeiramente nacionalista, era, naquela ocasião, procurar e achar as forças que estivessem decididas a declarar guerra de morte ao marxismo e, em seguida, dar liberdade de ação a essas forças. Era dever do mesmo não render culto à tolice da "paz e da ordem" em um momento em que o inimigo externo desfechava o golpe mais terrível sobre a nossa Pátria, enquanto, no seio do país, em cada esquina se encontrava um traidor. Não, um governo verdadeiramente nacional tinha de desejar naquela ocasião a desordem e a intranqüilidade, contanto que no meio desse caos finalmente fosse possível realizar-se uma prestação de contas com os inimigos mortais de nosso povo, os marxistas. Deixando-se de fazer isso, qualquer idéia de resistência, fosse de que espécie fosse, não passaria de pura loucura.
Entretanto, uma prestação de contas real e de importância universal não é possível realizar-se segundo as idéias de qualquer conselheiro privado ou de uma alma fanada de ministro e, sim, segundo as leis eternas da vida neste mundo, que são e sempre serão uma luta por esta mesma vida. Era necessário ter-se em mente que das mais sangrentas guerras civis muitas vezes nasceu um povo de aço, cheio de saúde, enquanto da paz artificialmente cultivada mais de uma vez se desprendem as exaltações das coisas podres. O destino dos povos não se orienta com luvas de pelica. Assim é que em 1923 havia necessidade de agir com pulso de aço, a fim de agarrar as víboras que envenenavam o organismo nacional. Só quando isso fosse conseguido é que se teria sentido o preparo de uma resistência ativa.
Naquela ocasião falei até enrouquecer, tentando ao menos esclarecer os chamados círculos nacionalistas sobre o que desta vez estava em jogo e convencê-los que, com os mesmos erros de 1914 e dos anos seguintes, forçosamente teria de surgir um resultado igual ao de 1918. Roguei-lhes sempre deixassem ao destino livre curso e dessem ao nosso movimento a possibilidade de um ajuste de contas com o marxismo. Eu, porém, pregava a orelhas moucas. Eles todos se julgavam mais sabidos, inclusive o chefe da defesa, até que finalmente se encontraram diante da capitulação mais lamentável de todos os tempos.
Naquela ocasião convenci-me profundamente de que a burguesia alemã chegara ao fim de sua missão e que não seria mais chamada a desempenhar nenhuma outra. Vi, então, como todos esses partidos brigavam com o marxismo somente por uma inveja de concorrentes, sem quererem destruí-lo seriamente. Intimamente, todos eles, há muito, se tinham conformado com a destruição da Pátria e o que os movia era exclusivamente a preocupação de poderem tomar parte no funeral. Somente por isso é que eles ainda -"lutavam".
Confesso francamente que, naquele tempo, eu nutria fervente admiração pelo grande homem do sul dos Alpes, cujo profundo amor pela sua nação lhe vedava negociar com os inimigos internos da Itália e que lutava por destruí-los por todos os meios e métodos possíveis. A qualidade que emparelha Musselina com os maiores homens do mundo é a sua determinação de não dividir a Itália com o marxismo, mas de salvar a sua pátria levando à destruição os inimigos da nação. Como, em comparação com eles, parecem anões os pseudo estadistas da Alemanha e como nos sentimos enojados quando essas nulidades se atrevem, com todo convencimento, a criticar um homem mil vezes maior que eles; e como é doloroso pensar que isso acontece em um país que há pouco menos de meio século possuía um dirigente do quilate de Bismarck!
Com essa atitude da burguesia e a tolerância ao marxismo, já em 1923, podia-se considerar inutilizada qualquer tentativa de resistência ativa no Ruhr. Querer combater a França tendo-se um inimigo mortal dentro das próprias fronteiras, era pura tolice. O que se fez então podia no máximo ser encenação levada a efeito a fim de contentar um pouco o elemento nacionalista na Alemanha, acalmar "a alma do povo em efervescência" ou, na realidade, com o fito de embair. Se eles acreditassem seriamente no que faziam teriam de reconhecer que a força de um povo, em primeiro lugar, não reside em suas armas e, sim, na sua vontade e que, antes de vencer inimigos externos, tem de ser destruído o inimigo interno; do contrário, ai desse povo, se a vitória não recompensa a luta no primeiro dia. A menor sombra de uma derrota de um povo que não está livre de inimigo interno destruirá a sua resistência própria e o inimigo se tornará definitivamente vitorioso.
Isso podia ser previsto já na primavera de 1923. Não se venha falar da incerteza de um sucesso militar contra a França! Pois se o resultado da ação alemã, em face da invasão francesa no Ruhr, tivesse sido unicamente a destruição do marxismo no interior, somente com isso a vitória já seria nossa. Uma Alemanha libertada desses inimigos fatais de sua vida e de seu futuro teria uma força que ninguém mais conseguiria destruir. No dia em que, na Alemanha, for. destruído o marxismo, romper-se-ão, na verdade, para sempre, os nossos grilhões. Pois nunca, em nossa história, fomos vencidos pela força dos inimigos e sim, sempre, por nossos próprios erros e por inimigos no nosso próprio campo.
Como com a orientação do nosso governo naquela ocasião, não era possível surgir, um tal ato de heroísmo, logicamente ele só poderia seguir o primeiro caminho, a saber: não fazer nada e deixar as coisas correrem como de costume.
Entretanto, em momento de grande inspiração, o Céu presenteou a Alemanha com um grande homem: o Sr. Cuno! Verdadeiramente, ele não era estadista ou político de profissão e muito menos, naturalmente, de nascimento; ele representa uma espécie de político que era utilizado para resolver certas questões; no mais era um homem de negócios. Isso foi uma maldição para a Alemanha, por isso que esse negociante político considerava a política como uma empresa econômica, agindo nessa conformidade. "A França ocupava a bacia do Ruhr. Que há na região do Ruhr? Carvão. Portanto, a França ocupa a região do Ruhr por causa do carvão." Que coisa mais natural para o Sr. Cuno que o pensamento de então de fazer greve, a fim de que os franceses não obtivessem carvão, até que, segundo o seu modo de ver, os franceses, seguramente, um dia abandonariam de novo a região do Ruhr, em virtude de não dar resultado a empresa. Mais ou menos assim se desenrolava o raciocínio desse "importante" "estadista" "nacional", que teve permissão de falar ao "seu povo" em Stuttgart e em outras localidades e que, por esse mesmo povo, era admirado com beatitude.
Para a greve eram naturalmente necessários os marxistas, pois eram os operários que teriam de fazer a mesma. Portanto, era necessário fazer com que o operário (e na cabeça de um estadista burguês o operário significa a mesma coisa que marxista) formasse uma frente única com todos os outros alemães. Era de ver, então, o entusiasmo dessa mentalidade bolorenta em face de uma tal divisa, nacionalista e genial ao mesmo tempo! Finalmente tinham conseguido aquilo que ultimamente haviam procurado todo o tempo! Estava achada a ponte para o marxismo e para o cavalheiro de indústria nacional era possível estender a mão ao traidor internacional com aparências de alemão e frases nacionalistas. E este último mais que depressa aderiu. Pois assim como Cuno precisava, para a sua "frente única", do apoio dos dirigentes marxistas, da mesma maneira estes últimos necessitavam o dinheiro de Cuno. Com isso as duas partes se completavam. Cuno conseguiu a sua frente única formada de tagarelas nacionalistas e de gatunos anti-nacionalistas e os impostores internacionais podiam, mediante dinheiro do Governo, servir à sua elevada missão, isto é, destruir a economia nacional e (desta vez até às expensas do Estado. Uma idéia imortal, essa de salvar uma nação por meio de uma greve geral paga, senha com a qual mesmo o vagabundo mais indiferente pode concordar com todo entusiasmo.
Que não se pode livrar um povo por meio de rezas é uma coisa geralmente sabida. O que tinha de ser historicamente experimentado era se não seria talvez possível livrá-lo por meio da inatividade. Se, em vez de ter lançado mão da greve geral paga, fazendo dela a base da "frente única" o Sr. Cuno tivesse naquela ocasião exigido de cada alemão somente mais duas horas de trabalho, a impostura dessa "frente única" ler-se-ia liquidado por si no primeiro dia. Os povos não se libertam por meio da inação e, sim, por meio de sacrifício.
É verdade que essa chamada resistência passiva não pode ser mantida por muito tempo, pois que somente uma criatura inteiramente antibelicosa é que poderia imaginar poder afugentar exércitos de ocupação por meios tão ridículos. Somente esse poderia ter sido o sentido de uma ação cujo custo subiu a bilhões e que ajudou poderosamente a destruir completamente a moeda nacional.
Naturalmente os franceses puderam se instalar com certo sossego, na região do Ruhr, no momento em que viram a resistência se utilizar de tais meios eles recebiam justamente de nós mesmos, as melhores receitas para chamar a razão uma população civil obstinada, quando, pelo seu modo de proceder, pudesse constituir um perigo sério para as autoridades ocupantes. Com que presteza tínhamos, nove anos antes, aniquilado os bandos de franco-atiradores belgas e esclarecido a população civil quanto à gravidade da situação, quando, devido à atividade daqueles, o exército alemão corria risco de sofrer sérios danos. Logo que a resistência passiva no Ruhr se tivesse tornado realmente séria, a tropa de ocupação teria, em menos de oito dias, e com a máxima facilidade, dado um fim cruel a toda essa travessura infantil. Pois essa é sempre a última pergunta: que se poderá fazer quando, finalmente, a resistência passiva irrita o inimigo e ele se decide a lutar com brutalidade sanguinária contra essa atitude? Decidir-se-á então continuar a resistência? No caso afirmativo, bem ou mal será necessário acarretar com as mais pesadas perseguições. Com isso, porém, fica-se onde se estaria em caso de resistência ativa, a saber, na luta. Daí se conclui que toda resistência passiva só tem um sentido quando atrás dela está a decisão de, no caso de necessidade, continuar essa resistência em campo aberto ou em guerrilhas. De um modo geral, toda luta assim está ligada à convicção de uma possível vitória. Quando uma fortaleza sitiada, duramente atacada pelo inimigo, é forçada a perder a última esperança de socorro, praticamente com isso ela se rende, sobretudo quando em um caso como esse, em vez da morte provável, o defensor é atraído ainda pela vida certa. Tire-se à guarnição de uma fortaleza sitiada a esperança de uma possível salvação, e todas as forças de defesa bruscamente se desfarão.
Por isso, uma resistência passiva no Ruhr, tendo-se em vista as últimas conseqüências que ela devia e teria de trazer consigo, se tivesse de ser vitoriosa, só teria sentido se formasse atrás de si uma resistência ativa. Então, poder-se-ia sem dúvida conseguir de nosso povo algo de extraordinário. Se cada um desses habitantes da Westfália tivesse a certeza de que a pátria levantaria um exército de oitenta ou cem divisões, os franceses teriam pisado em espinhos. Mas há mais homens valentes a se sacrificarem por uma causa com possibilidade de êxito do que por uma visível insensatez.
Foi um caso clássico que forçou a nós nacionais-socialistas tomarmos uma atitude decidida contra esse chamado lema nacionalista. E fizemos isso. E naqueles meses, não poucas vezes, fui atacado por criaturas cujo sentimento nacionalista era somente um xisto de tolice e de fingimento; todos eles gritavam com a perspectiva agradável de, de repente e sem perigo, também poderem ser nacionalistas. Considerei essa mais que lamentável frente única como um dos fatos mais ridículos, e a história me deu razão.
Logo que as uniões profissionais marxistas encheram, praticamente, os seus cofres com as contribuições de Cuno e ficou quase resolvido mudar a resistência passiva em ataque ativo, a hiena vermelha imediatamente rompeu com o rebanho nacional e voltou a ser o que sempre fora. Sem um murmúrio, o sr. Cuno retirou-se para bordo de seus navios e a Alemanha enriqueceu-se com mais uma experiência e empobreceu de mais uma esperança.
Até o fim do verão, muitos oficiais - certamente não os piores - intimamente não acreditavam em um desenlace tão vergonhoso. Todos eles tinham nutrido a esperança de que, embora não abertamente, em segredo, tivessem sido tomadas as providências no sentido de tornar esse atrevidíssimo assalto na França um novo ponto de partida para a ressurreição alemã. Também em nossas fileiras havia muitos que tinham confiança ao menos no exército. E essa convicção era tão viva que orientava o modo de agir e sobretudo a educação de inúmeros jovens.
Quando veio, porém, o ignominioso colapso e se deu a vergonhosa capitulação depois de um sacrifício de bilhões em dinheiro e de milhares de jovens alemães, que tinham sido todos bastante para acreditar nas promessas dos governantes do Reich, explodiu a indignação contra tal traição ao nosso infeliz povo. Em milhões de cabeças de repente se arraigou a convicção de que somente a mudança completa do regime em vigor é que poderia salvar a Alemanha.
Nunca uma época foi mais oportuna, nunca se exigiu tão peremptoriamente tal solução como no momento em que, de um lado, manifestava-se cruamente a traição à Pátria, enquanto, por outro lado, um povo era condenado. lentamente, à morte pela fome. Como era o próprio governo que pisava todos os princípios de lealdade e de fé, que zombava dos direitos de seus cidadãos, que escarnecia do sacrifício de milhões dos seus mais dedicados filhos, e que roubava o último vintém de outros milhões, ele não tinha o direito de esperar dos seus, outra coisa que não o ódio. E esse ódio contra os que desgraçaram o povo e a Pátria, de. um modo ou de outro, conduziria a uma explosão. Chamo a atenção para o último período de meu discurso, por ocasião do grande processo da primavera de 1924:
"Embora os Juizes deste Estado se sintam satisfeitos com a condenação de nossos atos, a História, essa deusa de uma verdade mais elevada e de uma lei melhor, com um sorriso rasgará essa sentença e declarará todos nós inocentes, isto é, não passíveis de culpa e expiação".
A história, porém exigirá que compareçam perante o seu Tribunal aqueles que hoje, donos do poder, pisam o direito e a lei, e que conduziram o nosso povo à miséria e à desgraça e que, em um período de infelicidade para a Pátria, estimam mais o seu eu do que a vida da coletividade.
Não quero descrever aqui os acontecimentos que conduziram ao 8 de. novembro de 1923 e que os motivaram. Não o quero fazer porque penso que não serão de valor para o futuro e porque sobretudo não adianta reabrir feridas que hoje em dia mal estão cicatrizadas; além disso não adianta falar sobre a culpa de pessoas, que talvez no íntimo de seu coração, estivessem como nós apegadas à sua Pátria e que somente erraram o caminho ou não o compreenderam.
Em face da grande desgraça geral de nossa Pátria eu não desejava hoje ofender e talvez afastar aqueles que um dia ainda terão de formar a grande frente única dos alemães verdadeiramente leais de coração contra a frente geral dos inimigos de nosso povo. Pois eu sei que chegará a época em que, mesmo aqueles que então estavam em campo contrário ao nosso, se lembrarão com respeito dos que, pelo povo alemão, - enveredaram pelo áspero caminho da morte.
Aqueles dezoito heróis a quem dediquei o primeiro volume de minha obra, quero apresentá-los, no fim do segundo volume, aos adeptos e lutadores de nossa doutrina, como heróis que na mais plena consciência se sacrificaram por todos nós. Eles terão de chamar ao cumprimento do dever os vacilantes e os fracos, ao cumprimento de um dever que eles mesmos levaram na melhor boa-fé até às últimas conseqüências. E entre eles quero incluir aquele homem que como um dos melhores dedicou a sua vida à ressurreição de seu, de nosso povo, tanto no pensamento como na ação.
Dietrich Eehkart.
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