Os céus são meu tormento
Para qualquer lado que olhe:
O vento, o horror, o lume
O estertor de teus olhos
Não sonho, esqueço o que sou
E invento breve o meu labirinto
De Creta, sem o fio de Ariadne
Eu me perco em Via Láctea
Os sóis são o meu portento
Para qualquer lado que olhe
O meu grito, a minha fonte
Não tenho substância, enredo
(O fio se perde, ouço o louco
Mugido)
E, noturna, a Quimera já disse:
Devoro-te, Deus Inverso. |