Vivemos para comer ou comemos para viver?
O governo americano divulga há alguns anos, um programa, que chama de "dieta da vida". Preocupado com as doenças crónico degenerativas (diabetes, hipertensão arterial, colesterol e triglicérides altos, obesidade, càncer etc.), as mais frequentes nas populações do primeiro mundo, faz estas indicações. Trata-se da forma mais correta de se alimentar, segundo as mais recentes pesquisas.
Em linhas gerais, aconselha-se reduzir o consumo de gordura animal (bacon, presuntos, salames, torresmos, peles de frango, etc.) de carne vermelha, de alimentos muito refinados (açúcar branco, trigo refinado, etc.) e de alimentos com muito produto químico (corantes, aromatizantes, conservantes, etc.). Consumir preferencialmente carne branca ( ave ou peixe). Pouca gordura , dando preferência aos óleo vegetais poli-insaturados (soja, milho, algodão, girassol, etc.), ou melhor ainda, ricos em óleos mono-insaturados (óleo de canola , azeite de oliva extra virgem, ou seja prensado a frio e se possível envasado em vidro, pois a lata pode oxidar o produto). O óleo mono-insaturado além de reduzir o colesterol, como o poli-insaturado, faz aumentar o HDL colesterol, sua porção boa.
Aconselha-se consumir muita verdura, legumes e frutas. Além de fontes de nutrientes, vitaminas, sais minerais e óligo-elementos, são importantes fontes de fibras. As fibras ajudam no bom funcionamento do intestino e retiram gorduras e metais pesados do organismo.
É bom combinar leguminosas (feijões, soja, grão-de-bico, lentilhas, ervilhas, etc.) com cereais, se possível, integrais (aveia, arroz, trigo, milho, cevada, centeio, painço, trigo-sarraceno, etc.). Os cereais e as leguminosas não possuem sozinhos todos os aminoácidos essenciais, mas combinados tornam-se completos. Todos os povos sobrevivem de uma mistura assim: brasileiros do arroz com feijão, mexicanos do milho com feijão e os chineses do arroz com soja. Enriquecer o cardápio complementando-o com sementes (abóbora, girassol, linho, gergelim, pinhões, etc.), nozes, castanhas do Pará e ou de caju.
Pesquisas apontam sobre a importància dos bioflavonoides, que são corantes vegetais, na redução da agressão dos radicais livres sobre o organismo e até mesmo reduzindo o risco de càncer.
O consumo exagerado de comida de "fast food", muito calórica e rica em gordura é responsável por boa parte da obesidade nos maiores centros. Trabalhos mostram que esta dieta gordurosa aumenta a incidência de certos tipos de càncer, como o de mama.Todas as publicações apontam como melhor dieta a mais simples, menos industrializada, com menos agrotóxicos, menos aditivos químicos, menos produtos refinados e menos gordura.
Voltamos a perguntar: Vivemos para comer ou comemos para viver ? Defendemos que é importante ganhar consciência sobre o que comemos, por que comemos e para que fim comemos cada alimento. Cabe refletir.
Achamos que não é preciso no entanto radicalizar. Para ilustrar, lembrando quando alguns anos atrás, ao retornar para casa, encontramos nosso filho do meio, com pouco mais de 4 anos, nos esperando na varanda. Muito sério, com cara de preocupado, nos disse: "Pai, não sei o que está acontecendo comigo, mas ando com uma vontade de comer umas coisas sem vitaminas!" O que lhe foi prontamente permitido. Por mais essencial que seja, alimentar corretamente, o importante é que não se perca o prazer de comer.
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MINHA SUGESTÃO DO PRÓXIMO ARTIGO A LER:
"Confidências de Uma Merendeira"
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