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Cronicas-->Estação Karen -- 24/08/2006 - 19:52 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As cartas de mel
A madrugada
Um scrap, por favor
As Cronicas de Mel
Cronicas da madrugada Fake


PORTO SOLIDÃO, BOM DIA MADRUGADA!

Marcelino Rodriguez


Acordar de madrugada, quando se queria estar dormindo pra esquecer o amor abortado. Mas o filho que não nasceu chora no pai desamparado.
Sobreviver a dor impossível do frio que entra no quarto...
Equilibrar a razão nessa loucura...Tentar esquecer essa procura do que antes era beijo e se tornou abismo. Filho e pai, ambos perdidos pela traição da mãe, montanha eterna intransponível.
Ambos tentando esquecer os cabelos dourados.
Não se rompe um amor tão violentamente, pois isso é a morte.
O quarto inteiro silencia pelos sonhos perdidos na janela.
Pensar que eu quis parar o tempo. Meu Deus, por que não consegui? Porque sobrevivi depois do abraço ? A pele que era minha, o riso. Porque amar e logo em seguida não despertar na eternidade?
No entanto é preciso resistir. Cuidar do filho que chora no homem.
Sempre a imagem da praia eterna, repleta de pássaros. E Deus, onde estará? Quanta pureza necessito. Quanta. Caminhar na areia branca e fina. Onde fica esse porto? Lá o amor me acharia? Porque me vem palavras sem nexo? Será que morri um dia no naufrágio do Titanic e me recordo agora, um século adiante ou atrás?
Isso é um sonho ou um pesadelo? Chove torrencialmente.
Ando fugindo de sentir, porque só sinto pra trás no tempo. O futuro parece sem ar. Porém se recordo desespero.
Mas a chuva é boa e cai e um dia me leva pra Deus.
Há quase um mês sem saber noticias do mundo. Mas creio que não mudou muito. Compromissos e vida, adiados. Coração perdido sem explicação...
Fatalidade. Fatalidade. Fatalidade.
Não dava para não ser. Talvez não desse para ser. Resisto ao impasse. Sou o amor mais intenso, a revolta mais solitária. Sinto raiva e sede. Fome não.
Eu não havia dito tudo ainda, para partires. Havia vida por viver, sinto.
E pensar que tudo começou com texto da Clarice que me deste. Ironia fina.
Sim, o barco afunda sem porto. Chamo a Deus de traidor. Um dia ele me paga. Que bom que existem os cigarros.


Texto do livro Estação Karen Carpenter

Direitos Reservados.

MADRUGADA À MINHA ESPERA, MEU REFÚFIO, MEU REGRESSO

Marcelino Rodriguez

Um leitor me pergunta, entre outras coisas, porque divido meus pensamentos. Eu poderia dar mil respostas prontas e óbvias. Mas não darei. Fez-me pensar no assunto, agora que já sei que vou ter mais uma deliciosa insónia pela frente. Terei tempo. Tenho visto o dia amanhecer muitas vezes. Tenho desligado o PC num minuto e ligado no outro. Tenho sentido de perto o perigo da fronteira, ou das fronteiras. Como dizia Neruda: "Tudo em ti foi naufrágio".
Meu caro! Deus é minha ferida. Ele vem a minha janela, entra pelo vento, acarinha-me mortalmente. O mar? Sabe, o mar me conta segredos, as flores me sorriem. Um poema leva-me ao infinito. Posso dizer, sem exagerar, que tenho o universo na ponta dos dedos. Mas Deus dói, sobretudo se é estrangeiro. E Deus é estrangeiro nesse mundo. Pergunte aos homens...
E assim ficamos os dois exilados.
Fora isso, tem a noite larga que não me deixa dormir, excesso de café ou de solidão talvez. Eu não queria dizer... talvez seja medo. Mas nem tudo posso contar... Eu vi o naufrágio...
Cai no mar e agora nado. Nado. Nado. Nado. Minhas Cronicas são minha defesa, minhas guarrafinhas... as baladinhas romànticas todas me comovem, e a responsabilidade pelo mundo do crucificado pesa-me nos ombros. Sei que perdi, sei que me perdi e sei que posso perder. A qualquer momento posso receber o golpe fatal.
Mas estarei valente. Isso eu devo a mim.
Além do mais a noite longa gosta de uma conversa, senão me deixaria dormir. Se soubesses do silêncio... pensa num barco solitário, ele vai vai vai de mansinho nas águas com a lua por cima. Tudo em volta é de azul veludo. Tudo em volta é eterno. Eu sou esse barco. Eu sou aquela lágrima. A metáfora. O filme. O delírio. A marcha patriótica que nunca fui....
Sobretudo eu vi o amor abandonado.
Eu sou o amor que ficou. Entendes?
Escrevo para construir na destruição. O menino do Império do Sol, não esqueço dele tentando um acordo com os inimigos... Sabe, gosto dos anjos. Angel. Angeles de cabelos dourados me sussurram... olho ao lado, não é ninguém. Será impressão ou milagre?
Ela me sorriu muitas vezes e tudo estava explicado... não podia ser mentira... aquele livro que sonhei talvez nunca venha a escrever.... cheguei a pensar a capa...
Bem, meu caro! Na verdade escrevo para resistir. È uma guerra. Se eu ficar na cama olhando o teto, ele cai. Percebe? Meu peito é violento. Acho que sou carente e gosto de chocolate quente. Já vi aquele filme Meu Primeiro Amor umas três vezes. Você conhece?
Sabe aquela coisa que sempre quiseste saber e quase, quase, quase? Escrevo por isso, por esse quase, quase sempre. Eu sou esse quase. Ou um excesso de misericórdia. Ou amor, simplesmente. No amplo e potentíssimo sentido da palavra.



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AINDA ONTEM ELA SORRIA
Marcelino Rodriguez

Noite fria. Solidão. Meu Mel viajou.
O coração no exílio navega com Barbra Streinsend.
Mar calmo, fundo e triste.
Pensar que ontem ela me acordou com um sorriso.
E que tão funda e feliz foi a impressão de vê-la
pela manha que virei o rosto com vergonha que
ela visse a intensidade do meu amor. Por que o amor nos mete medo?
Sim, eu vi o mundo inteiro naquele sorriso. Queria dizer obrigado
talvez. Por que ela sorria?Terá achado graça de ver-me dormindo?
Agora tão longe e o mundo tão sem cor. Disse-me que precisa pensar.
E se pensar errado, ou pouco, ou muito? Vejo-a além do tempo.
Sinto a eternidade com ela. Pode o peito nos trair?
Pode uma ilusão ser tão exata?
O abraço de Mel, seus cabelos longos no travesseiro.
Metáfora de Deus pra mim. E agora jogo xadrez com a solidão.
Deixou-me um presentinho. Ela volta. Sim. Sei que volta...
Senão de nada vale meus sentidos, nem meus sentimentos,
nem meus instintos. Senão toda criação estaria errada e
as estrelas despencariam do céu. O sol ficaria negro.
Na verdade eu gostaria de dizer aqui o que não posso.
O que não cabe.Entre a linguagem e o amor existe um abismo.
Ou talvez seja tudo uma saudade...Canta Barbra. Me ajuda sobreviver
...Ainda ontem ela estava aqui e sorria...
Isso que bate ainda aqui será meu coração? Sim, o biológico.
Mas o que há dentro dele vive em outro lugar. Só ela tem a chave.
Minha liberdade e minha prisão nas mãos de uma mulher.
Ninguém se pertence. Somos todos, maravilhosamente, filhos do amor.
14.07.

UM SCRAP , POR FAVOR

Marcelino Rodriguez


Enquanto Israel e o Libano ardem violência, vou perdendo meu sono
ouvindo Fafá de Belém." Foi assim, como um resto de sol no mar" .
De repente bateu uma solidão sem fim na noite. Um desamparo.
E fiquei sentindo-me demais a margem de tudo. Quis pedir socorro.
Estender as mãos, achar alguém.
Alguém capaz de ouvir Fafa, improvável.
Perdi o sono e a esperança...
A noite implacavelmente fria.
Escrevi uma canção de ninar e mandei ao mundo,
como um naufrago que joga sua garrafinha.
Preciso de todos. Sinto falta de anjos ao redor, d
esde o tempo que habitava com Deus. Não perdi disso a memória.
Compulsão por café, por escrever... Seria dever?
Acho que queria um abraço, mas todos dormiam.
E fiquei me sentindo estranho. Só. Só. Só.
Onde fica mesmo o mundo? Tanta gente, tanto contato,
tanta tecnologia e me achei assim, falando uma língua estranha,
ininteligível. Querendo e sem poder dormir.
Tive muito medo de ficar só, o que é raro. Que pànico me ocorreu? A noite avançando eu esperando um scrapizinho qualquer que me tirasse da miséria emocional. Nada. Todos dormindo. Eu repetindo a música obsessivamente " Foi assim " . Faço isso, repito a mesma música várias vezes. Desconfio que sou um cara melancólico. Queria beber, mas os bares não perdoam e fecham nas horas mais erradas. Uma merda ser temperamental. No duro. Tenho crises de romantismo. Não é sempre, mas tenho. Depois volto a ser sensato e fico com vergonha. A doença do Fidel também não bateu bem pra mim, gosto do comandante. Pensei nele agora, não sei porque. Sou muito sensível, afetado de todos os lados. Não consigo crescer. Peter Pan eterno. To frito. Gosto as vezes de contar e sustentar uma mentira só de pirraça. Fico querendo ouvir a história do gato de botas. Depois dou risada de tudo. Acho que não sou um cara sério. Toma jeito, Narciso. Eu não quero morrer pra sempre nem ficar sozinho no caixão. È tétrico essa situação. A morte devia ser diferente. Como vi num filme, a gente podia virar peixe e cair num rio. Vou fazer mais um café e vou tentar dormir. Se eu quiser credibilidade, tenho que ser sério. Nada de romantismo. Sujeito estranho, capaz de chover sem molhar... vem sono, hoje já era mesmo. Mas se alguém quiser consolar esse naufrago das emoções pensamentos inúteis , favor mandar um scrapizinho. Ou será que sou o único cara que ouve canções melancólicas só pra se torturar? Alguém pode ouvir Fafa comigo? Ou o mundo está mesmo perdido? "
"Foi assim, como um resto de sol, no mar"
Um scrapizinho por favor, me digam que sou amado.
Tou triste. Enquanto isso no Libano, os homens sérios se matam...

04.08.2006



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