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Cronicas-->O VÓO DA GAIVOTA -- 24/08/2006 - 14:38 (Odilon Fehlauer) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ele chegou ofuscado pela claridade solar, agravada pela noite insone ativada pelas substàncias psicotrópicas consumidas na boate. Sentia-se um super-homem, havia um brilho em seus olhos além do normal.

Digitou o décimo segundo andar do elevador. Ao parar, tornou a acionar rumando para o terraço, oito andares acima. Visualizou toda a praia, os banhistas pareciam pequeninos, assim como os veículos. No labirinto de sua mente, tudo aquilo lhe pertencia, sentia-se o senhor absoluto e destemido.

Sentou-se no parapeito rente ao precipício como se do espaço visse a terra. Era banhado pelo vento fazendo flanar seu cabelo. Estava esfomeado, sentia um vazio no estomago. Sua mãe, como de hábito, deixava sobre a mesa um lanche para que comesse ao chegar nas madrugadas, sem imaginar que o filho buscava a euforia abstrata entorpecido pelos tóxicos.

O rapaz chamava-se Adriano, estava com 18 anos e próximo da linha divisória da interpretação da realidade da qual fugia.

Visualizava a ilha distanciada da praia, nela pousavam e alçavam vóo gaivotas migratórias vindas da Patagónia em busca do clima tropical.

Elevou-se com os braços na horizontal como se executasse um movimento de dança. Enxergou num repente como se através de um calidoscópio refletissem imagens psicodélicas em mutações assimétricas. Os braços se transformaram em asas e Adriano voou solto no espaço. Como um fardo flácido, se esborrachou no asfalto. Alguém caridoso cobriu-o com folhas de jornal firmadas por pedaços de tijolos com velas acesas ao seu redor. No pulso uma algema de contas coloridas.

Odilon Fehlauer.

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