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Cronicas-->Vacas e micos -- 24/08/2006 - 13:33 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ligo a TV e me assusto. Vejo um homem todo de branco agarrado nas tetas de uma vaca. Logo pensei que fosse alguma alegoria às tetas do governo, mas desisti quando vi o homem de branco colocando um ordenhador mecànico com a naturalidade de um valério a assinar cheques. Logo imaginei que se tratava de algum concurso de felicidade, todos rindo felizes, exceção feita à vaca. Vaca não ri.

Pensei então que estavam apresentando um destes homens que trabalham na lida do campo, mas logo troquei de idéia. Estava muito engomadinho, com sorriso de quem acha esta a maior tarefa do mundo e um detalhe final. Não tinha banquinho. É, tanto quanto sei, a ordenha sem banquinho é um embuste, ninguém fica ali agachado puxando leite da vaca sem uma banquinho para descansar o traseiro. Alertam-me que já não sei de nada sobre ordenha, que hoje em dia a ordenha é mecànica, cheia das tecnologias, e prescinde dos banquinhos. O ordenhador deve colocar vários aparelhos em várias vacas e não há porque ficar ali esperando. Está bem, perdoem.

E o romantismo, onde fica? Não se cantarola mais durante a ordenha, dando ritmo ao trabalho da madrugada. Não há mais romantismo nestes tempos de vacas mecànicas e candidatos sorridentes. Ou será o contrário? Não, insisto que vaca não ri.

Observando melhor, vi que se tratava de um candidato presidencial (sem nomes - não revelo minhas preferências e rejeições em respeito às do leitor), preso às tetas da vaca como há de se agarrar às do governo. Fotos e filmagens, muita gente em volta comprometendo a privacidade da vaca num momento tão íntimo.

É curioso, admirável mesmo, como os candidatos em geral se submetem à situações diversas de toda natureza. Os chamados micos. Não bastassem as crianças sem banho, as buchadas de bode e seus equivalentes regionais, cafés em garrafas térmicas já sem efeito e adoçados com fartura, os intermináveis abraços e apertos de mão.

É realmente uma superdose de povo para, se eleito, logo esquecê-lo. Bem, talvez seja isto que leve os governantes a se afastarem do povo que o elege.

Há uma propaganda do TSE dizendo que o Brasil é tão bom quanto os candidatos que elegemos, ou algo com este sentido.

É não, o Brasil é muito maior. Bem maior.

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O autor mantém uma lista de leitores que recebem suas Cronicas assim que são escritas, não raro ainda com muitos erros. Para inscrever-se basta enviar solicitação para renato.rossi@terra.com.br. Para sair, o procedimento é o mesmo sem demora ou questionamento.




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