Se eu contar
que não sei nada
e o meu nada
é o absurdo
de acordar tão de repente
suave ou descontrolada...
Se eu falar
sobre esta sina
que tenho desde menina
de jogar confetes nas palavras
e depois, separar as cores
e montá-las em poesia...
Se eu gritar
estas verdades,
todas meio obscuras...
vão dizer que estou louca,
demente
ou sofrendo de distúrbio.
Se eu revelar
certas urgências
de amor pela metade,
mas que ilustram minha vida
e também minha vaidade...
Se eu sair
bem de mansinho deste palco,
com a cara molhada...
perdoem, queridos amigos,
é que ando, pela vida,
apaixonada...
Feliz Natal
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