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Teses_Monologos-->Minha Luta por Adolf Hitler - CAPÍTULO IX -- 19/09/2003 - 10:23 (((((EU SOU DO SUL))))) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CAPÍTULO IX - IDÉIAS FUNDAMENTAIS SOBRE O FIM E A ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES SOCIALISTAS

O poder da antiga nação era apoiado em três colunas: a constituição monárquica, o corpo administrativo e o exército. A revolução de 1918 revogou a constituição monárquica, dissolveu o exército e entregou o corpo administrativo à corrupção partidária. Com isso foram, porém, destruídos os sustentáculos principais da chamada autoridade do Estado.
Essa baseia-se quase sempre sobre aqueles elementos que, em geral, são o fundamento de toda autoridade.
O primeiro fundamento para a formação do princípio da autoridade consiste sempre na popularidade. Uma autoridade, porém, que se apoia unicamente nesse fundamento é ainda extremamente fraca, insegura e vacilante. Todo portador de uma tal autoridade, baseada exclusivamente sobre as simpatias populares, deverá, por essa razão, tratar de melhorar a base dessa autoridade pela criação do poder. No poder, na força material, vemos a segunda base de toda autoridade. É essencialmente mais sólida, mais segura, mas nem sempre mais vigorosa do que a primeira. Quando se reúne a popularidade com a força material, e conseguem as mesmas sobreviver juntas, um certo tempo, então poderá surgir uma autoridade sobre uma base fundamental ainda mais sólida, a autoridade da tradição. Quando, enfim, se ligam. a popularidade, a força material e a tradição, pode-se, então, falar de uma autoridade inabalável.
Com a Revolução esta última hipótese foi inteiramente afastada, pois já não havia mais a tradição. Com a queda do Império, com a mudança da antiga forma de governo, com a destruição das antigas insígnias e símbolos do Império, a tradição foi, de um golpe, destruída, o resultado disso foi o mais forte abalo ria autoridade do Estado.
Até a segunda coluna da autoridade, a força material, não existia mais. A fim de fazer o possível para levar a cabo a Revolução, era necessário dissolver o exército como encarnação da capacidade organizadora e da força do Estado. Mais ainda, devia-se utilizar a parte do exercício dividido como elemento para o combate revolucionário. Se bem que nos exércitos do front não se tivesse realizado totalmente essa decomposição, os mesmos, no entanto, à proporção que deixavam atrás de si os gloriosos campos das suas heróicas lutas, que duraram quatro anos e meio, iam sendo corroídos pelo ácido da desorganização e acabaram, após a desmobilização, por entrar na confusão da denominada obediência espontânea da época dos "Conselhos dos soldados".
Nessas bordas revoltosas de soldados, que eram de opinião que o serviço militar deveria ser idêntico ao dia de oito horas de trabalho, não se podia, é claro, apoiar nenhuma autoridade. Com isso desaparecia também o segundo elemento, que é a garantia da solidez da autoridade, e a Revolução passava a dispor, unicamente, do primeiro, isto é, da popularidade, para erigir sobre ele a sua autoridade. Essa base era, porém, um elemento extraordinariamente incerto. De fato, conseguiu a Revolução, por meio de um poderoso golpe, destruir o antigo edifício do Estado. A razão por que a Revolução logrou esse efeito, deve ser vista no fato de já ter sido destruído pela guerra o equilíbrio normal da organização de nosso povo.
As nações podem ser divididas em três grandes classes; em um extremo encontra-se a humanidade superior, portadora de todas as virtudes, distinguindo-se, principalmente, pela coragem e capacidade de sacrifícios; na outra extremidade, acham-se os representantes da vileza humana, possuidores de todos os impulsos e vícios egoístas. Entre estes dois extremos, encontra-se uma terceira classe, a vasta camada média, na qual não se encontram nem radiantes heroísmos nem tendências criminosas.
Tempos de grande prosperidade de uma nação se distinguem, pode-se dizer mesmo, só existem, quando a sua direção está nas mãos da parte melhor da sociedade.
Tempos de um desenvolvimento normal e harmônico ou de um Estado sólido são caracterizados pela evidente dominação dos elementos do centro, em que ambos os extremos se encontram em equilíbrio.
Tempos de ruína de um povo são determinados pela ação predominante dos elementos inferiores.
Notável é, nesse caso, que a grande massa, como classe do centro, como a classifiquei, só apareça quando os dois extremos se combatem mutuamente. No caso da vitória de um dos extremos, sempre se subordina voluntariamente ao vencedor.
No caso de vencer o extremo melhor, a grande massa acompanhá-lo-á; na hipótese de subir o extremo do mal a massa pelo menos não lhe oporá resistência, pois as camadas do centro nunca entram em combate.
A guerra sangrenta, nos seus quatro anos e meio, destruiu, a tal ponto, o equilíbrio interno dessas três classes, que se pode declarar - sem se deixar de reconhecer todos os sacrifícios da massa do centro - que o resultado, para a parte superior da humanidade, foi perder quase completamente o seu sangue.
É incrível o que, nesses quatro anos e meio, a Alemanha perdeu. justamente no sangue dos seus heróis. Somemos todas as centenas de milhares de casos particulares em que se dizia sempre: Voluntários para o front! Patrulhas de ronda voluntárias! Estafetas voluntários! Telefonistas voluntários! Voluntários para construções de pontes! Voluntários para submarinos! Voluntários para aviões! Voluntários para batalhões de assalto, etc., sempre e sempre, durante quatro anos e meio, em mil ocasiões, voluntários e novamente voluntários! Via-se sempre o mesmo resultado: os- jovens menores ou o homem maduro, todos possuídos de ardente amor pela pátria, de grande coragem pessoal e da mais alta consciência do dever, apresentavam-se ininterruptamente. Dez mil, cem mil desses casos aconteciam. Pouco a pouco ia diminuindo, cada vez mais, essa torrente de homens. Os que não tombavam no campo de batalha ficavam mutilados, aleijados, ou se dispersavam aos poucos, em conseqüência do seu pequeno número. Considere-se, antes de tudo, que o ano de 1914 pôs em pé de guerra exércitos completos dos denominados voluntários, os quais, graças à criminosa falta de consciência dos nossos perversos parlamentares, não tinham recebido a educação militar devida e, nessas condições, eram apresentados aos inimigos como carne para canhões! Os quatrocentos mil que, naquele tempo, tombaram nas batalhas de Flandres ou se transformaram em aleijados, não podiam mais ser substituídos. Sua perda era mais do que uma perda apenas numérica. Com os seus mortos, a concha boa da balança subiu, e, mais do que dantes, pesavam agora os representantes da vileza, da infâmia, da covardia, enfim a grande massa dos inferiores.
Mas isso não foi tudo.
Enquanto, durante quatro anos e meio, os elementos melhores rareavam em proporção assustadora, os piores se conservavam de maneira surpreendente. A cada herói que, sacrificando sua vida, subia as escadas da glória, correspondia um safado que, cautelosamente, se salvava da morte e, no interior do país, desenvolvia a sua atividade mais ou menos inútil.
Assim, o fim da Guerra apresentava o seguinte quadro: a grande camada média da nação tinha cumprido com o seu dever, oferecendo à Pátria o seu sangue; elementos superiores sacrificaram-se em um heroísmo exemplar; covardes, apoiados, por um lado, por leis insensatas e, por outro, pela não aplicação dos artigos do código militar, foram, para desgraça geral, integralmente conservados
Foi essa escória do nosso povo que, logo depois, fez a Revolução, que pôde organizar, porque não tinha mais, na sua frente, a nata da nação, sacrificada na Guerra.
Por isso, a Revolução alemã, desde o início, era uma empresa de popularidade muito relativa. Não foi o povo alemão que cometeu este crime de Caim, mas a canalha composta de desertores, rufiões, etc.
O soldado da frente regozijava-se com o fim da luta sangrenta, sentisse feliz por poder voltar à Pátria, tornar a ver a esposa e os filhos. Pela Revolução, porém, não tinha ele, no íntimo, nenhum interesses; não simpatizava com ela, nem muito menos com seus autores e organizadores. Nos quatro anos e meio de combate, tinha esquecido as hienas partidárias e tinha ficado estranho às suas brigas.
Somente para uma pequena parte do povo alemão, a Revolução era verdadeiramente popular, isto é, para aquela classe dos seus auxiliares que tinha escolhido uma sacola como emblema de todos os cidadãos de honra deste novo Estado. Eles não simpatizavam com a Revolução por si mesma, como muitos pensam erradamente ainda hoje, mas sim devido às suas conseqüências.
Mas era difícil qualquer autoridade apoiar-se, de maneira firme, unicamente na popularidade desses filibusteiros marxistas. No entanto, justamente a nova República precisava de uma autoridade a qualquer preço, se não quisesse ser devorada, após um curto caos, pela desforra dos últimos bons elementos do nosso povo.
Nada temiam mais naquele tempo os organizadores da Revolução do que, no turbilhão de suas próprias confusões, ver fugir-lhes o chão e verem-se apanhados de surpresa, por um punho de ferro, como muitas vezes, em tais tempos, acontece na vida das nações. A República devia consolidar-se, custasse o que custasse.
Por isso foi forçada a organizar imediatamente, ao lado da coluna vacilante da sua popularidade, um regime de violência para, sobre o mesmo, melhor fundamentar uma autoridade mais sólida.
Quando nos dias de dezembro, janeiro e fevereiro de 1918/19, os tratantes da Revolução sentiam que a terra firme cedia a seus pés, procuraram encontrar homens que estivessem prontos a reforçar, pelo poder das armas, a fraca posição que lhes oferecia o amor de seu povo. A República anti-militarista necessitava soldados. Como, porém, o primeiro e único apoio da sua autoridade - isto é, a sua popularidade - se compunha somente de uma sociedade de rufiões, ladrões, arrombadores, desertores, etc., quer dizer, daquela parte do povo que devemos classificar como o extremo da vileza, toda tentativa para encontrar homens prontos ao sacrifício da própria vida em prol do novo ideal era absolutamente impossível naqueles círculos. Os que haviam feito a propaganda da idéia revolucionária e haviam organizado a Revolução não eram capazes nem estavam dispostos a fornecer, das suas próprias fileiras, soldados para a defesa da mesma. Pois essa gente não desejava, de modo algum, a organização de um Estado republicano, mas sim a desorganização do Estado existente, para melhor poder satisfazer seus instintos. Seu lema não era: a ordem e o progresso da República Alemã, mas, ao contrário: o saque da mesma.
Assim, fatalmente, o grito de socorro que; naqueles dias lançavam os defensores da República, apavorados, não podia ser ouvido por essas camadas. Ao contrário, só poderia provocar recusas e exasperos. Já então se pensava na constituição de uma autoridade que não fosse apoiada somente na sua popularidade mas sim também na força. Pensava-se, de início, em um combate contra os pontos de vista da Revolução, os únicos vitais para aqueles elementos: isto é, no começo da Guerra contra o direito ao roubo, contra o poder desenfreado de uma horda de ladrões e arrombadores que haviam escapulido dos muros das prisões.
Os defensores da República poderiam gritar tanto quanto quisessem, ninguém das suas fileiras se apresentava, o contra grito "traidores" lhes fez compreender como os portadores de sua popularidade pensavam.
Naquele tempo, pela primeira vez, muitos jovens alemães se achavam prontos, em nome da "tranqüilidade e da ordem", como eles diziam, a vestir novamente o uniforme e, de armas aos ombros, com seus capacetes de aço, dar combate aos destruidores da pátria. Como voluntários reuniram-se os mesmos em corpos livres e começaram a defender a mesma República que tanto odiaram e que assim praticamente reforçavam.
Essa gente agiu de boa fé.
O verdadeiro organizador da Revolução e seu manipulador efetivo, o judeu internacional, tinha calculado bem a situação. O povo alemão ainda não estava bastante amadurecido para ser afogado no mar de sangue do bolchevismo, como aconteceu na Rússia. O motivo era, em grande parte, devido à maior unidade de raça que se verificava entre os intelectuais e os operários alemães. Concorreu para isso também a grande divulgação da cultura intelectual nas camadas mais baixas do povo, que somente se comparava à dos demais Estados do oeste da Europa, o que faltava absolutamente na Rússia. Na Rússia, a intelectualidade, na sua maior parte, não era de nacionalidade russa ou, pelo menos, era de caráter não eslavo. A camada superior de intelectualidade da Rússia daqueles tempos podia ser manejada de um momento para outro porque lhe faltavam absolutamente os elementos que a podiam ligar com a grande massa do povo. O nível intelectual desta última era, também, horrivelmente baixo.
No momento em que se conseguiu na Rússia, atiçar a massa analfabeta contra a fina camada intelectual, com a qual a mesma não tinha nenhuma relação, estava decidido o destino do país, estava vitoriosa a Revolução. O analfabeto russo tornava-se escravo incondicional dos seus ditadores judaicos, os quais, por sua parte, eram bastante inteligentes para disfarçar essa ditadura com a frase: Na Alemanha, ainda se dava o seguinte: a Revolução só tinha sido possível em conseqüência da gradual decomposição do exército. O soldado do front não tinha sido o verdadeiro causador da Revolução e destruidor do exército, mas sim a miserável canalha, que ou perambulava nas guarnições do interior ou, então, como "indispensável", prestava em qualquer parte serviços na economia interna. Esse exército era reforçado ainda por dezenas de milhares de desertores que, sem o menor risco, puderam volver as costas ao front. O verdadeiro covarde de todos os tempos nada teme tanto quanto a morte. A morte ele tinha, porém, diante dos olhos diariamente no front, sob mil aspectos.
Para que se possa forçar moços indecisos e vacilantes ou até covardes a cumprir o seu dever, em todos os tempos só houve um meio: o desertor deve saber que a sua deserção traz justamente consigo aquilo de que ele desejava fugir, isto é, a morte. No front pode-se morrer, o desertor deve morrer.
Unicamente por meio de uma ameaça draconiana como essa, para toda tentativa de deserção, poder-se-á evitar o desânimo não só do indivíduo mas também da totalidade, da massa.
Esses eram o sentido e a finalidade dos artigos do código militar.
Entrar na grande luta em prol da existência da nação inteira era uma crença superior, unicamente apoiada na fidelidade espontânea, nascida e conservada em conseqüência do reconhecimento de uma necessidade imperiosa. Foi sempre o cumprimento do dever espontâneo que inspirou as ações dos homens superiores, nunca porém as dos homens comuns. Por esta razão, são necessárias leis, como, por exemplo, as contra o roubo, as quais não foram decretadas para os honestos mas sim para os elementos vacilantes e fracos. Essas leis devem ser o meio para aterrorizar os maus, a fim de impedir que se crie uma situação em que, finalmente, o honesto seria contemplado como o mais imbecil e, por conseguinte, sempre cada vez mais teria a impressão de que seria mais conveniente participar também no roubo do que presenciar o mesmo, como espectador, com mãos vazias, ou deixar-se roubar.
Era assim, portanto, um erro acreditar-se que se poderia numa luta que, conforme todas as previsões humanas, se poderia prolongai- anos e anos, prescindir dos meios que a experiência de muitos séculos, até de milênios, apontava capazes de, nos momentos mais graves, forçar esses homens indecisos e fracos ao cumprimento do seu dever.
Para os heróis voluntários evidentemente não se necessitava de artigos do código militar, indispensáveis, porém, para o covarde egoísta, que, na hora em que a Pátria corria perigo, estimava mais a sua vida do que a da coletividade. Tais covardes só poderão abandonar a sua covardia aplicando-se contra eles os mais severos castigos. Quando homens lutam ininterruptamente com a morte e, durante semanas, são obrigados a permanecer, em combate sem tréguas, dentro de trincheiras cheias de lama, às vezes sem o mais indispensável alimento, o indivíduo que prefere a vida nos seus cantões não poderá ser forçado ao cumprimento do seu dever por meio de ameaça de prisão, mas sim unicamente por uma rigorosa aplicação da pena de morte.
Esses indivíduos consideram, nesses tempos, como o prova a experiência, a prisão como um lugar ainda mil vezes mais agradável do que o campo de batalha, visto que na prisão ao menos a sua inestimável vida não está ameaçada.
Causou as piores conseqüências que, durante a guerra, se tivesse deixado de aplicar a pena de morte. Um exército de desertores espalhou-se pelo país em 1918 e colaborou na formação da organização criminosa a que se deve a Revolução de novembro de 1918.
O front estava alheio a tudo isso. Os soldados que lutavam na frente ansiavam pela paz. Justamente nesse fato havia um grande perigo para a Revolução. À proporção que, depois do armistício, os exércitos alemães regressavam à Pátria, no espírito dos revolucionários surgiam as seguintes perguntas: Que farão as tropas da frente? Suportarão elas tudo isso?
Durante aquelas semanas, a Revolução na Alemanha deveria apresentar uma extrema moderação, se não quisesse correr o perigo de ser destruída de um momento para outro, por algumas divisões alemãs. Naquela época, se o comandante de uma única divisão tivesse tomado a resolução, com auxílio de seus dedicados soldados, de arrear os trapos vermelhos, destruir os "Conselhos" e vencer qualquer resistência, mediante lança-minas e granadas de mão, essa divisão, em menos de quatro semanas, se teria transformado em um exército de sessenta divisões. Os judeus que manejavam o movimento temiam isso mais do que tudo. Justamente para impedir que essa hipótese se realizasse, era necessário impor à revolução um certo aspecto de moderação, dando-se a impressão de que ela de nenhum modo degeneraria em bolchevismo, ao contrário devia dissimular que se batia "pela tranqüilidade e pela ordem". Este foi o motivo das grandes concessões, o apelo ao antigo corpo de funcionários públicos, aos chefes do antigo exército. Precisava-se deles, pelo menos por certo tempo, e, somente depois que o mouro tivesse cumprido o seu dever, poder-se-ia tentar aplicar-lhe o devido pontapé, e retirar, assim, a República das mãos dos antigos servidores do Estado e entregá-la às garras dos urubus da Revolução.
Somente assim pela aparente inofensividade e tolerância do novo regime se poderia esperar enganar velhos generais e empregados de Estado e evitar uma possível resistência dos mesmos.
Até que ponto lograram isso, foi demonstrado na prática.
A Revolução não foi feita, porém, por elementos pacíficos e ordeiros, mas, ao contrário, por elementos revoltosos, ladrões e saqueadores. O mais amplo desenvolvimento da Revolução não correspondia aos desejos desses últimos elementos, e nem poderiam eles, por motivos táticos, esclarecer o curso da mesma e torná-la mais apetecível.
Com o aumento progressivo de sua influência, a Social Democracia perdeu, mais e mais, o caráter de um partido de revolução à força bruta. Isso se verificou não porque se visassem outros fins que os da Revolução ou porque os seus organizadores tivessem mudado de intenções. Absolutamente não. A razão é que a organização já não se prestava a realizar aquela finalidade. Com um partido de dez milhões de adeptos já não se pode fazer revolução. Em um tal movimento já não se pode contar com um extremo de atividade, devido à influência, no combate por parte da grande massa do centro. Compreendendo isso, o judeu, ainda durante a Guerra, provocou a célebre cisão da Social Democracia. Isso significa que, enquanto o Partido Social Democrático, devido à inércia das suas massas, pesava sobre a defesa nacional como uma massa de chumbo, dele foram extraídos os elementos radicais e ativos. Com os mesmos se formariam batalhões de ataque, de uma força decisiva. O Partido Social Democrático Independente e a "União Espartacista" foram os batalhões de assalto do marxismo revolucionário. A burguesia covarde foi julgada, nessa ocasião, realmente com justiça e tratada simplesmente como canalha. Como é sabido que, pela sua humildade canina, as organizações políticas de uma geração velha e inválida não eram capazes de qualquer resistência, julgou-se supérfluo prestar-lhes qualquer atenção.
A Revolução tinha vencido e demolido os esteios principais do antigo regime, mas o exército, voltando para a Pátria, aparecia como um fantasma ameaçador que deveria pôr um freio ao desenvolvimento natural da Revolução. O grosso do exército social-democrático ocupava as posições conquistadas e os batalhões de assalto dos Independentes e dos Espartacistas foram postos à margem.
Isso não se conseguiu, porém, sem combate.
Não somente as mais ativas formações de assalto da Revolução se sentiam ludibriadas porque não tinham sido satisfeitos os seus desejos e que. riam continuar a luta, mas também a sua desenfreada indisciplina era bem vista pelos que manejavam a Revolução. Mal se tinha modificado a situação e já apareciam dois partidos, lado a lado: O partido da "Tranqüilidade e da Ordem" e o grupo terrorista. Que poderia haver de mais natural, agora, que a nossa burguesia imediatamente entrasse, de bandeiras desfraldadas, no acampamento "da Tranqüilidade e da Ordem"? Essas miseráveis organizações políticas tinham assim a possibilidade para uma atividade pela qual teriam encontrado novamente uma base com que conseguiram solidarizar-se com o Poder que tanto odiavam, mas que muito temiam. A burguesia política alemã tinha obtido a alta honra de lhe ser permitido sentar-se na mesma mesa com os malditos chefes marxistas, para combater pelo bolchevismo.
Dessa forma, já em dezembro de 1918 e janeiro de 1919, era esta a situação:
Com uma minoria de péssimos elementos, foi feita uma revolução à qual aderiram imediatamente todos os partidos marxistas. A Revolução tem aparentemente um caráter moderado, com o que provoca a inimizade dos extremistas fanáticos. Estes começam a trabalhar com granadas de mão e metralhadoras, a ocupar edifícios públicos, enfim, a ameaçar a revolução moderada. A fim de afastar os horrores de uma tal evolução, os adeptos do novo regime fazem um armistício com os adeptos do antigo para, solidários, combaterem os extremistas. O resultado é que os inimigos da República cessaram o seu combate contra ela e ajudaram a vencer aqueles que, de pontos de vista completamente diferentes, também eram inimigos da mesma República. O segundo resultado foi que, desse modo, o perigo de um combate dos adeptos do regime antigo contra os da nova ordem de coisas parecia definitivamente afastado.
É importantíssimo não esquecer nunca esse fato. Somente quem o compreender poderá explicar como foi possível a um décimo impor essa Revolução a um povo do qual nove décimos nela não tomaram parte, sete décimos a recusaram e seis décimos a odiavam.
Os combatentes das barricadas espartacistas, de um lado, os fanáticos nacionalistas e os idealistas do outro, derramavam seu sangue e, à medida que esses dois extremos se aniquilavam uns aos outros, vencia como sempre a massa do centro. Burguesia e Marxismo renderam-se aos fatos consumados e a República começou a consolidar-se. Isso, no entretanto, não impedia que os partidos burgueses, especialmente antes das eleições, falassem ainda por algum tempo nas idéias monárquicas para, evocando os espíritos do mundo passado, atraírem os espíritos inferiores dos seus adeptos e conquistarem-nos novamente.
Isso não era honesto, Todos estavam, há muito tempo, no seu íntimo, desligados da monarquia. A impureza do novo regime começou a produzir seus efeitos tentadores também no acampamento do partido burguês. O tipo normal do político burguês de hoje sente-se melhor na lama da corrupção republicana que na austeridade do regime antigo que ainda não desapareceu de sua memória.
Como já explicamos, depois da destruição do antigo exército, a Revolução estava na contingência de criar um fator novo - a autoridade de seu Estado. Nas condições em que estavam as coisas, esse fator novo só podia ser encontrado nas fileiras dos partidários de uma doutrina política universal contrária à sua. Dessas fileiras poderia, então, surgir, pouco a pouco, um corpo militar que, numericamente limitado pelos tratados de paz, nos seus sentimentos devia ser transformado, no correr do tempo, em um instrumento da nova concepção do Estado.
Pondo de parte os defeitos reais do antigo regime, chega se à conclusão de que os motivos por que a Revolução triunfou foram os seguintes:
1) O entorpecimento das nossas idéias sobre cumprimento do dever e obediência.
2) A passividade covarde dos nossos chamados partidos conservadores.
A isso acrescente-se a seguinte observação:
A falta da noção do cumprimento do dever explica-se, em última análise pela ausência do espírito nacional da nossa educação, orientada apenas no interesses do Estado. Daí resulta também a confusão entre meios e fins. Consciência do dever, cumprimento do dever e obediência não são fins em si mesmos, como também não o é o Estado, mas apenas meios para assegurar a existência a uma comunidade de seres humanos, homogêneos tanto de corpo como de espírito.
Em um. momento em que um povo se arruina a olhos vistos e está sob o jugo da mais dura opressão, graças à atividade de um punhado de biltres, obediência e cumprimento de dever é puro formalismo doutrinário, atinge as raias da insensatez. Só se poderia conseguir evitar a ruína de um tal povo pela recusa à obediência e ao cumprimento do dever.
De acordo com a atual concepção burguesa de Estado. o comandante de divisão que, da parte do governo, tivesse recebido ordem de não fazer fogo, tinha cumprido com o seu dever e procedido corretamente, porque para o mundo burguês vale mais a obediência formal e absoluta do que a existência do próprio povo. A concepção nacional socialista, porém, em momentos semelhantes, é esta: o mais importante não deve ser a obediência aos superiores indecisos mas sim a obediência à comunidade do povo. Em uma tal hora, somente deve existir o dever da responsabilidade pessoal perante a nação inteira.
A Revolução só triunfou porque o nosso povo ou, melhor, os nossos governos, haviam perdido a compreensão dessas idéias para aceitarem, em seu lugar, uma compreensão puramente formal e doutrinária.
O motivo mais íntimo da covardia dos partidos "conservadores" do Estado é, antes de tudo, o desaparecimento, das suas fileiras, da parte ativa e bem intencionada do nosso povo, a parte que se sacrificou, até à última gota de sangue, nos campos de batalha. Não obstante isso, os partidos burgueses estavam convencidos de poder defender suas convicções, exclusivamente por meios intelectuais, desde que a aplicação de meios físicos devia caber unicamente ao Estado. Dever-se-ia logo reconhecer em uma tal compreensão o sinal de uma decadência que paulatinamente se ia acentuando. Isso era insensato, em um tempo em que o adversário político, já de há muito, se tinha afastado desse ponto de vista e proclamava por toda parte, com a maior franqueza, estar resolvido a defender seus fins políticos até pela força. No mesmo momento em que apareceu no mundo da democracia burguesa e, em conseqüência da mesma, o marxismo, seu apelo foi combater com "armas intelectuais", disparate que um dia haveria de produzir seus terríveis efeitos sobre o partido, desde que o marxismo sempre defendia a opinião contrária, isto é, que o emprego das armas devia atender apenas a pontos de vista de conveniência e que o direito a esse recurso é justificado pelo sucesso do mesmo.
Quanto essa opinião era exata ficou provado nos dias 7 e 11 de novembro de 1918. Naquele momento, o marxismo absolutamente não tomou em consideração nem o parlamentarismo nem a democracia, mas, por meio de bandos de criminosos armados, deu o golpe de morte em ambos. É perfeitamente compreensível que as organizações dos palradores burgueses estivessem desarmadas naqueles dias.
Depois da Revolução, quando os partidos burgueses, embora sob novos nomes, repentinamente reapareciam e seus heróicos chefes saíam de rastros da obscuridade de bodegas seguras e porões bem ventilados, como todos os representantes dessas antigas organizações, nem tinham esquecido seus erros nem aprendido qualquer coisa de novo. O seu programa político tinha raízes no passado, na parte em que ainda não tinham assimilado o novo estado de coisas. O seu objetivo era, no entanto, se possível, tomar parte no novo estado de coisas. Antes como depois, sua única arma ficou sempre sendo a palavra.
Mesmo depois da Revolução, os partidos burgueses sempre capitularam da forma mais miserável, em todas as manifestações de rua.
Quando se tratou de votar a "lei de defesa da República" não era possível contar desde logo com uma maioria. Diante da demonstração de duzentos mil marxistas, os estadistas burgueses foram tomados de um tal terror, que votaram a lei, contra a sua convicção, simplesmente com receio de, ao saírem do Reichstag, serem espancados pela furiosa massa popular. É pena que isso não tenha acontecido em conseqüência da votação da lei.
Assim, o novo Estado seguiu o seu caminho, como se nunca tivesse existido uma oposição nacional.
As únicas organizações, que, naquele tempo, teriam tido coragem e força para enfrentar o marxismo e as massas revolucionárias, eram, em primeiro lugar, os corpos voluntários, as organizações de defesa própria, os corpos de defesa local, etc., e, finalmente, as associações tradicionais.
O motivo por que também a existência desses elementos de defesa não conseguiu qualquer sensível alteração na evolução alemã, foi o seguinte:
Assim como os chamados partidos nacionais não conseguiram exercer qualquer influência, por incapacidade de dominar os movimentos coletivos, da mesma maneira, as denominadas associações de defesa não o puderam, por falta de idéias políticas, de objetivos políticos.
Foi a decisão absoluta combinada com a brutalidade prática que assegurou a vitória do marxismo.
O que evitou a possibilidade de uma defesa prática dos interesses alemães foi a ausência de uma colaboração da força com uma vontade política inteligente. Qualquer que fosse a vontade dos partidos "nacionais", não tinham eles o mínimo poder de defender essa vontade, pelo menos nas manifestações públicas. As "associações de defesa" possuíam toda força, eram senhores da rua e do Estado, mas não possuíam nenhuma idéia, nenhum objetivo político, com os quais pudessem trabalhar pelo bem-estar da Alemanha. Em ambos os casos, foi a astúcia do judeu, que conseguiu, por meio de conselhos prudentes, quando não tornar firme para sempre, pelo menos garantir a situação existente.
Foi o judeu que soube, por meio da sua habilíssima imprensa, conseguir dar às ligas armadas um caráter "não político" e que, na vida política, com igual astúcia, sempre pregava e exigia a "pura intelectualidade" do combate. Milhões de idiotas alemães repetiram essas asneiras sem se aperceberem de que, assim, eles mesmos, praticamente, se desarmavam e se entregavam desarmados aos judeus.
Para isso, porém, há uma explicação natural. A falta de uma grande idéia renovadora vale, em todos os tempos, por uma diminuição da Capacidade de resistência.
A convicção do direito ao emprego de armas, mesmo as mais brutais, é sempre associada à existência de uma fé fanática na necessidade da vitória de uma organização nova e transformadora. Um movimento que não combate por semelhantes fins e ideais nunca recorrerá às armas.
A proclamação de uma grande idéia nova foi o segredo do sucesso da Revolução Francesa! Foi à idéia que a revolução russa deveu a sua Vitória, só pela idéia é que o fascismo teve a força de, de uma maneira muito feliz, conquistar um povo para uma grandiosa organização nova.
Partidos burgueses não são capazes disso.
Não eram somente os partidos burgueses que reconheciam o seu fim político em uma restauração do passado, mas sim também as associações de defesa. Associações de veteranos e outras do mesmo jaez ajudavam a destruir politicamente a mais forte arma que a Alemanha nacionalista possuía naquele tempo e concorreram para, pouco a pouco, colocá-la a serviço da República. Que as mesmas nisso agiam com a melhor intenção, com a melhor boa-fé, em nada modifica a insensatez dos acontecimentos daquele tempo.
Aos poucos obtinha o marxismo, no exército imperial, o necessário apoio à sua autoridade, e começava, em seguida, conseqüente e logicamente, a considerar como desnecessárias as associações de defesa nacional, aparentemente perigosas. Principalmente alguns chefes audaciosos, dos quais se desconfiava, foram levados aos tribunais da justiça e metidos na cadeia. Todos, porém, cumpriam o destino que tinham merecido.
Com a fundação do N. S. D. A. P. (Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães) apareceu, pela primeira vez, um movimento cujo fim não era idêntico aos dos partidos burgueses, isto é, não consistia em uma restauração mecânica do passado, mas sim no empenho de erigir, no lugar do atual mecanismo estatal absurdo, um Estado orgânico e nacionalista.
O novo movimento aceitava, desde o primeiro momento, que suas idéias tinham de ser defendidas intelectualmente, e que a sua defesa, em caso de necessidade, também tinha de ser garantida por meios violentos. Fiel à convicção da grande importância da nova doutrina, parecia-lhe evidente que, para o alcance de seu fim, nenhuma vítima deveria ser grande demais.
Eu já demonstrei que um movimento que visa conquistar o coração de um povo, deve, dentro de suas próprias fileiras, organizar a defesa contra tentativas terroristas dos inimigos. Também a experiência da História Universal prova que o terror desenvolvido por uma nova concepção do mundo nunca poderá ser combatido por meio de métodos puramente formalísticos, mas simplesmente por outra doutrina, com o mesmo poder de decisão e de audácia.
Isso terá de ser desagradável, em todos os tempos, aos empregados encarregados da defesa do Estado, o que não invalida a verdade do que afirmamos. O poder do Estado só poderá então garantir "calma e ordem", quando o Estado protege, internamente, a sua atual concepção, de maneira que os elementos capazes de violência assumem o caráter de criminosos, e não podem ser vistos como representantes de uma concepção do Estado contrária à maneira de ver em vigor. Nesse caso, pode a nação empregar, durante séculos, as maiores medidas de violência contra um terror que a está ameaçando; no fim, ela nada conseguirá fazer contra o mesmo, e será sempre vencida.
O Estado alemão está exposto aos ataques mais duros do marxismo. Não pôde impedir, durante sete anos de combate, a vitória desta doutrina, mas apesar das milhares de penas de prisão e das mais sangrentas medidas que decretou, em inúmeros casos, contra os combatentes do ameaçador dogma marxista, teve que capitular quase completamente. Isso negará o estadista burguês, não podendo, entretanto, a ninguém convencer.
O Estado, porém, que, em 9 de novembro de 1918, se submeteu incondicionalmente ao marxismo não poderá amanhã aparecer como dominador do mesmo. Os patetas burgueses que ocupam poltronas de ministros começam já a conversar sobre a necessidade de não tomar atitudes contra os operários, mostrando com isso que quando se referem a operários pensam sempre no marxismo. Enquanto eles identificam o operário alemão com o marxismo, não somente cometem uma falsificação tão covarde como mentirosa, da verdade, mas tentam dissimular o desmoronamento próprio diante da idéia e da organização marxista.
Em vista, porém, deste fato, isto é, da submissão incondicional do atual Estado ao marxismo, tanto mais tem o movimento nacional-socialista o dever de preparar a vitória das suas idéias, não somente no sentido intelectual mas também no da sua defesa contra o próprio terror da Internacional, na embriaguez de suas vitórias.
Já descrevi como, para os objetivos práticos do nosso novo movimento, formou-se lentamente, uma guarda para as reuniões, guarda que assumiu o aspecto de um corpo de tropa encarregado de manter a ordem e que aspirava tomar a forma de uma organização definitiva. Embora essa formação, que se organizava paulatinamente, desse a impressão de uma liga militar de defesa, faltava-lhe muito para poder merecer essa denominação.
Como já explicamos, as organizações defensivas alemãs não tinham um programa político definido. Eram, de fato, apenas uniões para a defesa própria com uma educação e organização que representavam, a dizer a verdade, um suplemento ilegal aos meios legais de defesa do Estado. Seu caráter de corpos voluntários era justificado somente pelo modo de sua formação e pela situação do Estado naquele tempo, mas de nenhum modo lhes competia o título de formações livres de combate por uma convicção própria. Não mereciam esse título, apesar da atitude de oposição de um ou outro dos chefes e de associações inteiras contra a República.
Não basta que se esteja convencido da inferioridade de urra situação para poder falar de uma opinião em sentido mais elevado, pois esta tem as suas raízes no conhecimento de uma situação nova que a gente se sente no dever de atingir.
Isso distinguia a "guarda" de ordem do movimento nacional-socialista daqueles tempos, de todos os outros "corpos de defesa". Aquele não estava absolutamente e nem desejava estar a serviço da situação criada pela Revolução, mas, ao contrário, combatia exclusivamente por uma Alemanha nova.
Essa guarda, é verdade, destinava-se, de princípio, à defesa dos mitingues. A sua primeira tarefa era restrita a esse objetivo: tornar possível a realização de reuniões, que, sem essa defesa, teriam sido imediatamente impedidas pelos adversários. Já naquele tempo era educada para o ataque, não como se costuma afirmar em estúpidos círculos populares nacionalistas, pelo prazer da violência, mas porque compreendia que os maiores ideais podem ser prejudicados quando o seu representante é abatido por um golpe de força de um adversário insignificante, o que é muito freqüente na história da humanidade. Eles não viam a força como fim. Pretendiam defender os anunciadores do grande ideal contra a opressão pela violência. Compreenderam também que não estavam obrigados a aceitar a defesa de um Estado que não protegia a nação. Ao contrário, deviam proteger a nação contra aqueles que ameaçavam aniquilá-la assim como ao Estado. Depois da luta na assembléia do Hofbräuhaus, de Munique, obteve a "guarda", uma vez para sempre, como recordação eterna dos seus heróicos ataques, o nome de "corpo de assalto". Como já significa essa denominação, ela representa, cinicamente uma seção do movimento. Do mesmo faz parte, exatamente como a propaganda, a imprensa, os institutos científicos. etc.
Quanto era necessária sua organização pudemos ver não somente naquela memorável assembléia, mas também quando tentamos alargar o movimento, além dos limites da cidade de Munique, para as outras legiões da Alemanha. Desde o momento em que o marxismo começou a nos julgar perigosos, não deixava passar nenhuma oportunidade para sufocar qualquer tentativa de uma assembléia nacional--socialista, ou melhor, impedir sua realização por meio de intervenções tumultuárias. Era perfeitamente compreensível que as organizações partidárias do marxismo de todas as nuances se abrigassem, nessas tentativas, atrás dos corpos representativos, isto é. atrás dos outros partidos. O que deveríamos dizer dos partidos burgueses que, aniquilados eles próprios pelo marxismo, em muitas cidades nem podiam se atrever a deixar falar seus representantes publicamente e que, no entanto, com um contentamento incompreensível e estúpido, dirigiam um combate contra o marxismo, de todo desfavorável a nós? Para eles era motivo de prazer que não pudesse ser por nós aniquilado aquele que eles mesmos não tinham podido vencer, o que devíamos pensar de empregados públicos, comissários de polícia, mesmo ministros, que se compraziam em se apresentar publicamente como "nacionalistas", em atitude na realidade sem significação, e que, porém, em todas as ocasiões de discussões que nós nacionais-socialistas tivemos com o marxismo, ajudavam a estes como humildes servidores? Que se devia pensar de indivíduos que, na sua subserviência, chegaram a tal ponto que, por um miserável elogio de jornais judaicos, perseguiam sem escrúpulos os homens a cujo heróico sacrifício da própria vida tinham em parte de agradecer o não terem sido suspensos, pela matilha rubra, poucos anos antes, em postes de iluminação, como cadáveres dilacerados?
Foram estes tristes fenômenos, que um dia inspiraram ao inesquecível presidente Põhner - que, na sua dura franqueza, odiava todos os aduladores, tanto quanto um coração puro era capaz de odiar - a seguinte expressão: "Em toda a minha vida, sempre desejei ser, em primeiro lugar, um alemão e, em segundo lugar, um empregado de Estado, mas não desejei nunca ser confundido com essas criaturas, que, como empregados públicos prostituídos, prostituíam todo aquele que, em determinado momento, podia desempenhar o papel de senhor!"
Em tudo isso, era sobretudo triste que essa classe de homens dominasse, pouco a pouco, dezenas de milhares dos mais honestos e íntegros servidores do Estado e, além disso, os infeccionasse pouco a pouco com o seu caráter miserável, perseguisse-os e, finalmente, os expulsasse dos seus cargas e empregos, enquanto que ela mesma não deixava de apresentar-se, na sua hipócrita mendacidade, como "nacionalista".
De homens de tal categoria não podíamos esperar qualquer apoio e, aliás, o recebemos somente em casos muito excepcionais. Só a organização da defesa própria podia assegurar a atividade do movimento e, ao mesmo tempo, conseguir a atenção pública e o respeito geral que sempre se presta a um homem que se defende de moto próprio, quando atacado.
Como divisa para a educação interna desses corpos de ataque, sempre era preponderante o fim, de, ao lado da capacidade física, educá-los como representantes convictos da idéia nacional-socialista e, finalmente, aperfeiçoar sua disciplina. Não deviam ter nada de parecido com uma organização secreta.
Os motivos que, já naqueles tempos, tinha para evitar, energicamente, que os corpos de ataque do N. S. D. A. P. se apresentassem como associação de defesa militar originaram-se das seguintes considerações:
Por todas as razões práticas, a defesa militar de um povo não pode ser realizada por grêmios particulares, salvo quando apoiados por todas as forças do Estado. Imaginar o contrário é confiar demais nas suas próprias forças. É, de fato, impossível organizar, por meio da "disciplina voluntária", corpos de grande extensão, com eficiência militar. Falta aqui o esteio mais importante do poder de comando: o direito de castigo. Na Verdade, no outono ou ainda melhor na primavera de 1919, era possível formar os chamados "corpos voluntários", mas isso não somente porque, na sua maior parte, eles eram soldados do front que tinham passado pela escola do antigo exército, mas também porque o compromisso que se exigia de cada um deles submetia-os, ao menos temporariamente, à obediência militar
Isso falta completamente à "organização de defesa" de hoje. Quanto mais cresce o número de corpos, tanto mais fraca é a disciplina, tanto menor deve ser a exigência que se faz individualmente a cada homem e tanto mais adotará o total o caráter das antigas associações militares de veteranos.
Uma educação voluntária para o serviço militar, sem se assegurar a força de comando incondicional, não se poderá levar a cabo quando se trata de grandes massas. Só muito poucos estarão prontos a submeter-se voluntariamente à obrigação da obediência, natural e imprescindível em um exército.
Além disso, uma educação militar real não é possível em conseqüência dos meios financeiros ridiculamente restritos de que dispõe um corpo de defesa. A melhor e mais segura escola, porém, devia ser a tarefa principal de semelhante instituição. Passaram-se oito anos desde o fim da Guerra e, desde aquele tempo, nenhuma classe da mocidade alemã recebeu educação militar. Claro está que não pode ser o fim de um corpo de defesa recrutar adeptos nas classes que, outrora, receberam educação militar porque, por sua idade, logo no ato de sua admissão, poder-se-ia com certeza matemática convidá-los a retirarem-se do corpo. Mesmo o soldado moço de 1918, estará incapaz para o combate, dentro de vinte anos, e este momento aproxima-se com uma rapidez impressionante. Assim assumirá cada corpo de defesa, forçosamente, cada vez mais, o caráter de uma associação de veteranos da guerra. Esse, porém, não pode ser o fim de uma instituição que não deve ser chamada associação de veteranos mas associação de "defesa", e a qual, já por seu nome, indica que sua missão não é somente a conservação da tradição e da camaradagem dos antigos soldados mas a educação para a idéia da defesa e a representação prática dessa idéia, isto é, a criação de um corpo capaz de pegar em armas.
Essa tarefa, porém, necessita absolutamente da educação militar dos elementos até agora não educados nesse sentido e isso é impossível na prática. Com a educação militar de uma ou duas horas por- semana, não se pode realmente conseguir formar soldados. Com as exigências, hoje enormemente aumentadas, no serviço da guerra, a cada indivíduo, o serviço militar de dois anos mal será suficiente para transformai- o moço em um soldado experiente. - Nós todos já tínhamos visto no front as terríveis conseqüências que resultaram de os novos soldados não serem fundamentalmente educados para a guerra. Formações de voluntários treinados, durante quinze a vinte semanas, com energia férrea e uma dedicação ilimitada, representavam, apesar de tudo isso, unicamente comida para os canhões do front. Somente quando enfileirados, entre velhos e experimentados soldados, podiam os novos recrutas, educados durante quatro a seis meses, ser membros úteis de um regimento; eles eram dirigidos nisso pelos "velhos" e, pouco a pouco, ficavam familiarizados com os seus deveres.
Que esperança se pode depositar, em vista disso, na tentativa de educar, sem força de comando e sem grandes recursos materiais, uma tropa militar? Dessa forma pode-se talvez rejuvenescer velhos soldados, mas nunca se poderá formar de gente nova e inexperta verdadeiros soldados.
Como, nos seus resultados, um tal procedimento seria sem valor, pode ser provado pelo fato de que, no mesmo tempo em que um corpo Voluntário, com dificuldades de toda sorte, instrui ou tenta instruir uns poucos milhares de homens de boa vontade (os outros são absolutamente fora de discussão) em idéias de defesa, o Estado rouba, a milhões e milhões de gente nova, seus instintos naturais, envenena seu pensamento lógico e patriótico por meio de uma educação pacifista-democrática e transforma-os, pouco a pouco, em um rebanho de carneiros inerte, incapaz de reagir contra qualquer despotismo.
Como ridículos aparecem, em comparação a isso, todos os esforços dos corpos de defesa em transmitirem suas idéias à juventude alemã!
Ainda mais importante, porém, é o ponto de vista que me levou à oposição contra qualquer tentativa de uma preparação militar sobre a base do voluntariado. Imaginando que, apesar das dificuldades acima enumeradas, alguma associação conseguisse, todos os anos, transformar um certo número de alemães em homens de combate, e isso tanto sob o ponto de vista do caráter como quanto à sua capacidade de resistência militar, haveria de ser nulo o resultado em um Estado que, de acordo com a sua tendência geral, não deseja de forma nenhuma um tal armamento, e que até antipatiza com essa idéia, em desarmonia com os objetivos dos seus dirigentes - elos corruptores do Estado. Em qualquer hipótese, seria sem valor um tal resultado sob governos que não só provaram pelos fatos que não têm interesse na força militar da nação, mas também, que, antes de tudo, nunca admitiram um apelo a essa força, a não ser para o apoio à sua própria existência.
E hoje isso é, no entanto, um fato. Não é ridículo o querer instruir militarmente um exercitozinho de algumas dezenas de milhares de homens no lusco-fusco do crepúsculo, quando o Estado, poucos anos antes, sacrifícios, expunha-os ao insultos de todos? É compreensível que não só desprezava os seus serviços, mas até, como recompensa pelos seus sacrifícios, expunha-os aos insultos de todos? É compreensível que se foi-me um exército para um Estado que manchava os mais heróicos soldados de outrora, mandava arrancar-lhes do peito suas condecorações e as cocardas, arrastar no chão as bandeiras e ridiculariza os seus grandes feitos? Porventura, o atual regime deu um passo sequer, a fim de restituir a honra ao antigo exército, de responsabilizar seus destruidores e insultadores? Absolutamente não. Ao contrário. Os que achincalhavam o exército podem ser vistos hoje ocupando os mais altos empregos do Estado. No entanto, dizia-se em Leipzig: O direito está ao lado da força.
Como, porém, hoje em dia, em nossa República, o poder encontra-se nas mãos dos mesmos homens que no seu tempo fizeram a Revolução, e essa revolução representa o mais miserável e vil ato da história alemã e a mais baixa traição à pátria, não se pode realmente encontrar nenhum motivo por que a força justamente desses caracteres deva ser aumentada pela formação de um novo exército de jovens. Todos os motivos que a razão possa inspirar condenam essa iniciativa.
O valor que esse Estado, mesmo depois da revolução de 1918. atribuía ao reforço militar da sua posição, ressaltava, mais uma vez, clara e insofismável, da sua atitude para com as grandes organizações de defesa própria que, naqueles tempos, existiam.
Enquanto as mesmas intervinham na defesa de revolucionários covardes, não eram consideradas indesejáveis. Logo, porém, que, graças à gradual decadência do nosso povo, o perigo para esses poltrões parecia removido, a existência das associações passou a significar um fortalecimento para a política nacionalista. Então passaram a ser supérfluas, e tudo se fez para desarmá-las e, se possível, dispersá-las.
A história oferece poucos exemplos da gratidão de príncipes. Contar com a gratidão de revolucionários incendiários, saqueadores do povo e traidores da nação, é uma idéia que só poderia passar pela cabeça dos nossos patriotas burgueses. Sempre que examinava a possibilidade da formação de associações voluntárias ele defesa eu não podia deixar de fazer me a seguinte pergunta: Para quem estou recrutando os jovens? Para que fim serão eles empregados e quando devem ser chamados? A resposta a isso daria, ao mesmo tempo. a melhor indicação para a conduta que se deveria ter.
Se a nação de hoje tornasse a lançar mão ele associações de defesa assim instruídas, não o faria para a proteção de interesses nacionais externos, mas unicamente para a proteção dos traidores da nação no interior contra a ira geral do povo enganado, traído e vendido, que talvez algum dia fosse levado à rebelião.
As "tropas de assalto" do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, só por esse motivo, não se deveria interessar por uma organização militar. Eram um meio de defesa e educação para o movimento nacional-socialista, e seus deveres estavam em um terreno completamente diferente do dos denominados corpos de defesa.
Também não deveriam consistir em organizações secretas. O objetivo de organizações secretas só pode ser contra as leis. Com isso, porém, diminui-se a amplitude da organização. Não é possível, principalmente tendo-se em vista a loquacidade do povo alemão, fazer-se uma organização de certa extensão, e. ao mesmo tempo, conservá-la secreta, ou mesmo disfarçar os seus fins. Toda tentativa, nesse sentido, será de mil modos frustrada. Além disso, no seio da nossa polícia, encontra se hoje uma grande massa de rufiões e gente do mesmo jaez. os quais, pelos trinta dinheiros de Judas, trairão tudo o que puderem encontrar e inventarão o que possa existir para ser traído. Só por esse motivo, nunca se poderá conseguir, dos próprios partidários. o necessário segredo. Somente grupos muito pequenos, por seleção contínua, durante anos, podem adotar o caráter de organizações secretas efetivas. A pouca importância de tais formações anularia, porém, o seu valor para o movimento nacional-socialista.
O de que nós precisávamos e precisamos ainda é não de cem ou duzentos audaciosos conspiradores, mas de cem mil e outros cem mil lutadores fanáticos de nossa doutrina. Não é em congregações secretas que se deve trabalhar, mas sim em imponentes manifestações populares; não é por meio de punhal, de veneno ou de pistola que se pode abrir caminho para o movimento, mas, unicamente, mediante a conquista da rua. Devemos levar ao marxismo a convicção de que o futuro dono da rua é o Nacional-Socialismo, assim como, de futuro, ele será, o senhor do Estado.
Há ainda outro perigo nas organizações secretas. Os seus membros muitas vezes deixam de compreender a grandeza do problema e são inclinados a pensar que se pode decidir, de um golpe, o destino de um povo, por um assassinato isolado, na ocasião oportuna. Essa opinião pode encontrar justificação na história nos casos em que um povo está sob a tirania de um opressor genial, que unicamente por sua preponderante personalidade garante a estabilidade interna e alimenta o pavor da pressão inimiga. Em tal caso, pode um homem decidido sair do seio do povo para sacrificar-se, dando o golpe de morte no coração do odiado opressor. E, então, só a mentalidade republicana de pequenos biltres, cientes da sua culpabilidade, declarará um tal gesto como execrável, enquanto o maior cantor da liberdade de nosso povo (Schiller) teve a ousadia de glorificar semelhantes feitos, no imortal Wilhelm Tell.
Nos anos de 1919 e 1920, havia o perigo de que um membro de qualquer organização secreta, inspirado nos grandes exemplos da história e impressionado com a desgraça sem limite da pátria, tentasse vingar-se dos destruidores da nação, na crença de, com isso, pôr fim à miséria de seu povo. Qualquer tentativa nesse sentido seria, porém, uma loucura, porque o marxismo não tinha vencido, graças ao gênio superior e à importância pessoal de um indivíduo, mas unicamente pela ilimitada covardia e incompetência do mundo burguês. A crítica mais cruel que se pode fazer à nossa burguesia, é o constatar-se que a Revolução não fez aparecer uma única cabeça de certa importância e que, apesar disso, essa burguesia se submeteu à mesma. Pode-se compreender uma capitulação diante de um Robespierre, um Danton ou um Marat, mas é deprimente que alguém se deixe vencer por um franzino Scheidmann, pelo gordo Erzberger, por um Friedrich Ebert e por todos os demais anões políticos. Realmente não existia nenhuma individualidade na qual se pudesse reconhecer o homem genial da Revolução e nele a desgraça da pátria. Só existiam os percevejos da Revolução, espartacistas de sacola, en gros et en détail. Eliminar qualquer um deles seria completamente sem conseqüência e teria no máximo o único resultado de que um dos outros sanguessugas do mesmo tamanho e, com a mesma sede, tomaria mais cedo do que devia a posição vaga.
Naqueles anos, toda oposição não seria bastante enérgica contra uma opinião que tinha os seus motivos fundamentais nos grandes fenômenos da história e não menos no caráter liliputiano da época atual.
Sob o mesmo ponto de vista, deve ser encarado o problema da eliminação dos chamados traidores da pátria. É, ridiculamente ilógico fuzilar um rapaz que abandonou um canhão, quando, ao seu lado, se encontram canalhas nas mais altas posições e que venderam uma nação inteira, que têm sobre a consciência o crime de haverem sacrificado inutilmente dois milhões de homens, que são responsáveis por milhões de mutilados, tudo isso, com o maior sangue-frio, na satisfação dos seus interesses republicanos.
Eliminar pequenos traidores da pátria é absurdo em um regime cujo governo liberta esses traidores de qualquer punição. Assim pode suceder que, algum dia, um idealista honesto que, para o bem de seu povo, eliminou um covarde traidor das armas, seja responsabilizado pelos traidores de elite da pátria. Em tal caso, é importante a seguinte pergunta: É conveniente admitir que um pequeno biltre traidor seja eliminado por outro biltre ou por um idealista? Em um caso, o sucesso é duvidoso, e a traição para mais tarde quase certa; noutro caso fica eliminado o biltre com o risco de vida de um idealista insubstituível.
Nessa questão, o meu ponto de vista é este: que não se enforquem ladrões pequenos para deixar impunes os grandes, mas que, em um dia, um grande tribunal de justiça alemão julgue e execute algumas dezenas de milhares dos organizadores e responsáveis pelo crime de traição de Novembro e por tudo que se relacione com isso. Um tal exemplo servirá também de escarmento, uma vez por todas, para o pequeno traidor militar.
Todas essas considerações levaram-me a proibir sempre a participação em organizações secretas e preservar as Companhias de Assalto do caráter de semelhantes organizações. Afastei, naqueles anos, o movimento nacional-socialista de tentativas dessa natureza, cujos autores, na maioria dos casos, podiam ser magníficos jovens alemães idealistas, que seriam vítimas pessoais desses atentados sem, com isso, conseguirem melhorar os destinos da pátria.
Se, porém, as Companhias de Assalto não deviam ser organizações de defesa militar nem associações secretas, deviam dai resultar as seguintes conseqüências:
1) Sua educação não devia ser orientada, por pontos ele vista militares mas sim no sentido da utilidade partidária.
Desde que seus membros se deviam tornar fisicamente capazes. não só devia dar a maior importância aos exercícios militares mas sim aos esportivos. O boxe e o jiu-jitsu, no meu modo de ver, eram mais importantes que qualquer má ou incompleta instrução de tiro. Proporcione-se à nação alemã seis milhões de homens perfeitamente treinados nos esportes, todos ardentes de amor fanático pela pátria e educados no mais elevado espírito ofensivo, e um Estado nacionalista formará deles, se necessário, dentro de menos de dois anos, um verdadeiro exército desde que para isso exista uma certa base. Tal base, nas condições atuais, só poder ser a Reichswehr, e nunca um corpo defensivo deficientemente organizado. A educação física deve criar em cada indivíduo a convicção da sua superioridade e inocular-lhe aquela confiança que só pode resultar da consciência da própria força; além disso, deve dar-lhe as faculdades desportivas que servirão de arma na defesa do movimento nacionalista.
2) Para evitar, desde o inicio, qualquer caráter secreto das "Tropas de Assalto", o uniforme deve torná-las por todos reconhecidas. A própria extensão do seu efetivo está a indicar-lhe o caminho mais conveniente a seguir, que é o da maior publicidade. Não se devem reunir em segredo mas devem marchar ao ar livre, de maneira a, por essa atitude, destruir todas as lendas de "organização secreta". Para distrai-las, também, intelectualmente de qualquer tentativa para empregar sua atividade em pequenas conspirações, devem. de começo, ser iniciadas na grande idéia do movimento, no dever de defender esta idéia, de maneira a que se amplie seu horizonte mental e que cada um contemple sua tarefa, não na eliminação de qualquer pulha, mas na colaboração entusiástica para a formação de um novo Estado nacional-socialista-racista, Assim se conseguiu elevar o combate contra o atual Estado, de uma atmosfera de pequenas ações de vingança e conspirações, à altura de uma guerra contra o marxismo e suas criações, sob o ponto de vista universal.
3) A formação e a organização das "Tropas de Assalto", no que diz respeito ao seu vestuário e armamento, devem obedecer à conveniência dos deveres a serem cumpridos e não aos modelos do exército antigo.
Estas considerações que me serviram de guia nos anos de 1920 e 1921, e que tratei de imprimir, aos poucos, às novas organizações, tiveram tanto êxito que, já em pleno verão de 1922, dispúnhamos de um núcleo respeitável de "corpos de cem" que, em fins do outono de 1922, receberam seu uniforme característico. Três acontecimentos foram de uma importância extraordinária para o desenvolvimento futuro das Tropas de Assalto:
1o. - A grande demonstração geral de todas as reuniões patrióticas contra a "lei de defesa da República", em fins do verão de 1922, na Königsplatz, em Munique. As associações patrióticas de Munique tinham publicado, naquele tempo, o manifesto em que, como protesto contra a decretação da "lei do defesa da República", convidavam para uma gigantesca manifestação. O Partido Nacional Socialista devia nela tomar parte. A marcha do Partido foi encabeçada por seis "companhias" de Munique, as quais eram seguidas das seções do partido político. No cortejo, marchavam duas bandas de música e foram levadas cerca de cem bandeiras. A chegada dos Nacionais-Socialistas na grande praça, já meio repleta, causou um entusiasmo indescritível. Eu pessoalmente tive a honra de poder falar diante de uma multidão que já agora atingia sessenta mil pessoas.
O êxito da manifestação foi formidável, especialmente porque, desafiando todas as ameaças rubras, ficou provado, pela primeira vez, que também o nacionalista de Munique se podia utilizar das manifestações de rua. Membros das associações rubras republicanas que tentaram opor-se pelo terror ao cortejo em marcha foram dispersados, dentro de poucos minutos, com as cabeças quebradas, pelas companhias das "Tropas de Assalto". O movimento nacional-socialista, neste dia, pela primeira vez, ostentava a sua firme vontade de, futuramente, reclamar também para si o direito sobre a rua e de tirar com isso esse monopólio das mãos dos traidores internacionais do povo e inimigos da pátria.
O resultado desse dia foi a prova indiscutível da exatidão das nossas idéias sobre a organização definitiva das "Tropas de Assalto".
A experiência havia provado tão bem que, poucas semanas depois, em Munique já existia um número duplo de companhias.
2o. - A marcha para Koburg em outubro de 1922.
As associações "nacionalistas" decidiram organizar em Koburg um "dia alemão". Eu pessoalmente fui convidado, com a observação de que seria desejável trazer comigo alguns amigos. Este convite, que recebi, às 11 horas da manhã, chegou muito a propósito. Já uma hora mais tarde, eram dadas as ordens para o comparecimento a esse "dia alemão". Ordenei que oitocentos homens das "Tropas de Assalto", divididos aproximadamente em quatorze companhias, fossem ,transportados de Munique, em trem especial, para a pequena cidade que tinha sido incorporada à Baviera. Ordens idênticas foram dadas a grupos nacionais-socialistas das "Tropas de Assalto" que se haviam formado em outros lugares!
Foi a primeira vez que na Alemanha foi organizado semelhante trem especial. Em todas as estações, onde outros homens das "Tropas de Assalto" tomavam o trem, causou esse transporte a maior sensação. Muitos nunca tinham visto as nossas bandeiras. A impressão que as mesmas causavam era enorme.
Quando chegamos à estação de Koburg, fomos recebidos por uma deputação dos organizadores do "dia alemão" que nos anunciaram que, por ordem das uniões sindicais, isto é, do Partido Independente e dos Comunistas, tinha ficado "combinado" que não nos era permitido entrar na cidade nem com bandeiras desfraldadas nem como música (acompanhava-nos uma banda de música de quarenta e dois homens) nem em marcha cerrada.
Imediatamente, recusei peremptoriamente tão humilhantes condições mas não deixei de exprimir aos senhores da direção do "dia" a minha surpresa por terem eles entrado em combinações com tal gente e declarei que, imediatamente, as "Tropas de Assalto" marchariam em companhias, com a música a tocar, e entrariam na cidade, com bandeiras desfraldadas.
E assim se fez.
Na praça da estação, fomos recebidos por uma massa de muitos milhares de homens, gritando e berrando: "Assassinos", "bandidos", "piratas", "criminosos"! Eram os qualificativos com que amavelmente nos recebiam os modelares fundadores da República alemã. As nossas "Tropas de Assalto" se mantinham em uma ordem irrepreensível. As companhias formaram na praça diante da estação e não tomaram em consideração os insultos. Polícias tímidos levaram o cortejo, em uma cidade completamente desconhecida, não para o lugar designado, isto é, para o nosso quartel, um grande edifício de tiro, situado nos arrabaldes de Koburg, mas para o pátio da Hofbräuhaus, perto do centro da cidade. A esquerda e à direita do cortejo aumentava cada vez mais a gritaria das massas que o acompanhavam. Apenas tinha entrado, no pátio da adega, a última companhia, já grandes massas, com barulho infernal, tentavam acompanhar-nos. Para impedir isso a polícia fechou a adega. Como esta situação era insuportável, mandei novamente as "Tropas de Assalto" formarem e, em breves palavras, pedi à polícia que abrisse imediatamente as portas. Depois de uma longa hesitação ela obedeceu.
Agora voltávamos, pelo mesmo caminho, para alcançar o nosso quartel, e ali, por fim, tivemos que enfrentar a multidão. Como não tinham logrado perturbar a calma das companhias, mediante gritarias e aclamações ofensivas, os representantes do verdadeiro socialismo, da igualdade e da fraternidade, começavam a jogar pedras. Com isso foi esgotada a nossa paciência, e, em conseqüência, distribuímos pancadas à esquerda e à direita, durante dez minutos. Um quarto de hora mais tarde,, não havia mais um vermelho nas ruas.
Durante a noite, ainda se verificaram violentos encontros. Patrulhas das "Tropas de Assalto" haviam encontrado, em estado lastimável, nacionalistas que tinham sido assaltados isoladamente. Em vista disso, abreviamos o nosso procedimento contra os adversários. Já na manhã seguinte, o terror vermelho, sob o qual a cidade de Koburg tinha sofrido por muitos anos, estava completamente destruído.
Com uma mendacidade genuinamente marxista-judaica, tentava-se. agora, por meio de panfletos, trazer novamente para a rua os companheiros e companheiras do proletariado internacional, assegurando que as nossas "quadrilhas de assassinos" tinham começado em Koburg a "guerra de extermínio contra os pacíficos operários". A uma e meia, devia ter lugar a grande "demonstração popular" para a qual se esperava o comparecimento de dezenas de milhares (te operários de todos os arredores. Mandei formar, portanto, ao meio dia, as "Tropas de Assalto" que. nesse ínterim, haviam quase atingido o número de mil e quinhentos homens, firmemente resolvidos a acabar definitivamente com o terror vermelho, e pus-me com ela em marcha para a fortaleza de Koburg, seguindo para a grande praça na qual se deveria realizar a demonstração vermelha. Queria ver se eles se arriscariam, mais uma vez, a nos incomodar. Quando chegamos na praça, somente estavam presentes poucas centenas dos anunciados dez mil, os quais. à nossa aproximação, em geral se conservaram calmos e em parte fugiram. Em alguns lugares, corpos vermelhos que tinham chegado de fora e não nos conheciam ainda tentaram irritar-nos novamente; mas, imediatamente, perderam o gosto por essa aventura. Já agora se podia observar como a população. até agora intimidado, pouco a pouco despertava, ficava valente, arriscava-se a saudar-nos por aclamações e, à noite, ao despedirmo-nos, rompeu em muitos lugares, um regozijo espontâneo.
Na estação, com surpresa nossa, o pessoal do trem declarou que não guiaria o comboio. Imediatamente mandei comunicar a alguns desses grevistas que, nesse caso, eu estava resolvido a pegar todos os vermelhos que me caíssem nas mãos e que nós mesmos guiaríamos o trem e que tínhamos a intenção de levar conosco, na locomotiva, no tender e, em cada carro, algumas dúzias de "irmãos da solidariedade internacional", Também não deixei de lembrar aos cavalheiros que a viagem, com as nossas forças, naturalmente seria uma empresa infinitamente arriscada e que não seria impossível que saltassem algumas cabeças e se machucassem alguns ossos. Nós, porém, ficaríamos muito satisfeitos por não entrarmos, no outro mundo, sozinhos, mas em companhia de algumas dúzias de "irmãos" vermelhos, em plena igualdade e fraternidade!
Em conseqüência disso, o trem partiu muito pontualmente e chegou, na manhã seguinte, são e salvo, em Munique.
Foi, portanto, em Koburg que, pela primeira vez, desde o ano de 1914, foi restabelecida a igualdade dos cidadãos perante a lei, se hoje um alto funcionário público qualquer pode fazer a alegação de que o Estado defende a vida dos seus cidadãos, naquele tempo isso não era absolutamente exato; pois eram os cidadãos que se deviam defender dos representantes do Governo.
A importância daquele dia, nas suas conseqüências no momento, não podia ser avaliada em toda a sua extensão. Não somente as vencedoras "Tropas de Assalto" foram extraordinariamente reforçadas na sua confiança em si mesmas e na fé na justeza da sua direção, como também, o meio começava a ocupar-se conosco da maneira mais intensa e muitos reconheciam, pela primeira vez, no movimento nacional-socialista, a instituição que, com toda probabilidade, um dia seria chamada a pôr fim à loucura marxista.
Finalmente, a "democracia" sofria porque podemos nos arriscar a não nos deixarmos pacificamente quebrar os crânios, mas, ao contrário, retribuíamos um ataque brutal com outro ataque e não com cânticos pacíficos.
A imprensa burguesa mostrava-se, como sempre, em parte lamuriante, em parte indiferente, e somente poucos diários sinceros mostravam-se satisfeitos, porque, ao menos em uma ocasião, se havia desmanchado a obra dos salteadores marxistas.
Em Koburg mesmo, uma parte dos operários marxistas, mesmo dentre os que deviam ser tomados como iludidos, havia aprendido, à custa dos punhos de operários nacionais-socialistas, que também estes defendiam seus ideais, porque, como é sabido, a gente só se bate por uma causa na qual se tem confiança e pela qual se tem amor.
Quem tirou a maior vantagem foram as "Tropas de Assalto". Foram rapidamente aumentadas, de maneira que, já na reunião do partido, no dia 27 de janeiro de 1923, aproximadamente seis mil homens puderam tomar parte no ato da consagração das bandeiras e já as primeiras companhias estavam usando o seu novo uniforme.
As experiências em Koburg haviam provado como é necessário adotar, nas "Tropas de Assalto", um traje uniforme, não somente para reforçar o sentimento de camaradagem mas também para evitar confusões e prevenir o não reconhecimento dos homens entre si. Até então só tinham o braçal, agora passaram a ter a túnica e o muito conhecido gorro.
Os acontecimentos de Koburg nos revelaram também a importância de irmos em tortos os lugares onde o terror vermelho, por muitos anos, havia impedido qualquer assembléia de pessoas que pensavam contrariamente a eles e de acabarmos com esse terror, restabelecendo a liberdade de reunião. Daí por diante, sempre se reuniram batalhões nacionais-socialistas em tais lugares, e, pouco a pouco, na Baviera. os castelos vermelhos foram caindo um após outro, ante a propaganda nacional-socialista. As "Tropas de Assalto", cada vez melhor, compreendiam os seus deveres e com isso haviam perdido o aspecto de um movimento de defesa absurdo e de nenhum valor e se haviam elevado a uma organização viva de combate para a formação de um novo Estado alemão.
Até março de 1923, esse desenvolvimento seguiu seu caminho lógico. Então aconteceu algo que me obrigou a desviar o movimento do caminho até então seguido e submetê-lo a uma transformação.
3o. - A ocupação da província do Ruhr pelos franceses, nos primeiros meses do ano de 1923, ia ter para o futuro desenvolvimento das "Tropas de Assalto" uma grande importância.
Hoje ainda não é possível, e - sobretudo devido ao interesse nacional - oportuno falar ou escrever sobre isso abertamente. Posso adiantar apenas que esse assunto já. foi tratado em discussões públicas, por meio das quais o povo ficou inteirado de tudo.
A ocupação da província do Ruhr, que não nos surpreendeu, deixou brotar a esperança justificada de que finalmente desistiríamos da política covarde da submissão e que, agora, as "Associações de Defesa" teriam deveres bem definidos. Também as "Tropas de Assalto" que, já naquele tempo, contavam muitos milhares de homens moços e fortes, não poderiam deixar de colaborar nesse serviço nacional. Na primavera e no verão do ano de 1923, as "Tropas de Assalto" foram transformadas em uma organização de combate militar. Foram elas, em grande parte, a causa do desenvolvimento futuro do ano de 1923, relativamente ao nosso movimento.
Como vou tratar, em outro lugar, em linhas gerais, do progresso do movimento no ano de 1923, quero aqui somente constatar que a transformação das "Tropas de Assalto" em elementos de resistência ativa contra a França, foi prejudicial.
Os acontecimentos do fim do ano de 1923, por mais desagradáveis que pareçam, à primeira vista, olhados por um prisma mais elevado, foram quase necessários, pois realizaram, de um só golpe, a transformação das "Tropas de Assalto", que estavam sendo nocivas ao movimento. Ao mesmo tempo, esses acontecimentos criavam a possibilidade de uma reconstrução, a começar do ponto em que tínhamos sido forçados a nos desviar do caminho reto.
O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, refundido no ano de 1925. deve agora novamente formar, treinar e organizar as suas "Tropas de Assalto", conforme os princípios acima mencionados, Deve voltar- para os seus antigos princípios sãos e terá novamente de considerar como o seu maior dever transformar as "Tropas de Assalto" em um instrumento de defesa e fortalecimento da luta pela doutrina do movimento.
O Partido não pode permitir que as "Tropas de Assalto" desçam ao nível de associações de defesa nem ao de organizações secretas; ao contrário, deve providenciar para a formação de uma guarda de cem mil homens para o Nacional Socialismo, doutrina profundamente nacional.
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