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Cronicas-->retratos retratam a vida -- 22/08/2006 - 23:58 (Haroldo Cauduro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS RETRATOS RETRATAM A VIDA.

Haroldo Cauduro.

Os RETRATOS são a tirania de um solitário ponteiro de relógio reunindo passados que tingem de branco os cabelos e disfarçadamente procuram com uma ilusão mágica de uma tinta, poder enganar o espelho para não refletir a cada manhã a falsa imagem fraudulenta da idade que, a vaidade marota procura ocultar.
Os RETRATOS recordam na vida lugares, nomes e o vagar do tempo que sem esquecer as musicas e poemas da juventude que foram extraviadas ou perdidas pelas caladas da noite, trazendo saudades e recordações de horas esquecidas que sonham com o passado que o tempo levou.
Os RETRATOS desbotados pelo tempo são memórias queimadas, sombras e lembranças embranquecidas ou apagadas que trazem a melancolia e o regresso de horas, quem sabe olvidadas, quando escutávamos versos, talvez, não declamados.
Os RETRATOS recordam os sonhos encantados de velhos caminhos percorridos e de objetivos não alcançados que falam palavras escondidas, idéias vagamente repassadas em um amanhecer de madrugada que já desapareceu.
Os RETRATOS desmaiados mostram os beijos olvidados de uma amizade nascida na juventude que soçobrou e nem um abraço deixou para fazer relembrar os últimos encontros que talvez sejam só lembranças que ficaram, mas não permitem serem rememorados.
Os RETRATOS podem ser as últimas recordações das manhãs ensolaradas que entardeceram junto com as palavras que alguém balbuciou recordando o passado.
Os RETRATOS fixam na memória as últimas recordações de um silencioso amor que se perdeu em impagáveis momentos de felicidade.
Os RETRATOS não são nada mais que espelhos que refletem no presente o passado, parecem fotografias que retratam o retrato da saudade perene de um amor.
Os RETRATOS trazem memórias imediatamente reconquistadas, algumas tão nítidas, outras obscuras catalogadas em preto e branco, quem sabe enfumaçadas, porém soberanas!
Os RETRATOS guardados nas gavetas da memória fazem voltar e procurar ocasiões que marcaram momentos encantados, que foram atravessados ao percorrer cruzamentos, nem sempre visíveis, aos olhos de um viajante despreocupado.
Os RETRATOS são formas singulares, amáveis, amargas, únicas, reais ao nosso dispor, mostrando recordações incontestáveis, irreproduzíveis ou talvez nostálgicas, quando não dolorosas.
Os RETRATOS de memórias são conselheiros incomparáveis porque mostram que estamos ali irretocáveis, esperando que a saudade nos alcance.
Os RETRATOS da história podem relatar batalhas, talvez, em tom de verdade, mas permanentemente registradas como verossímeis, violentas e vitoriosas.
Os RETRATOS estão todos dependurados, limpos ou empoeirados, claros ou até mesmo amassados, mas todos registrando a própria história da vida com suas andanças por arruelas, às vezes, labirínticas, mas sempre percorridas.
Os RETRATOS podem levar alegrias ou tristezas para a alma, quem sabe o carinho aos descendentes e um grande abraço aos amigos ou um beijo a namorada ausente, quando não uma lembrança aos esquecidos.
Os RETRATOS relembrarão as amizades perdidas durante o rolar dos anos quando a retina dos olhos reproduzirão um passado que passara a ser presente.
Os RETRATOS levarão uma oração aos familiares, que nem sempre estarão ao nosso lado para exteriorizar o amor a um coração que partiu ou um ate sempre daquela mãe que partiu.
Os RETRATOS quem sabe recordam lugares que cruzamos na infància, caminhos que percorríamos para chegar a tantos lugares que no vagar pelo tempo a memória escondeu.
Os RETRATOS desbotados pela andança das horas são recordações queimadas e que só deixaram sombras e lembranças embranquecidas numa memória, talvez, visionaria da vida.
Os RETRATOS podem ser regresso a tardes esquecidas escutando versos talvez não declamados e apagados que trazem a melancolia e o sentido de uma perda irreparável.
Os RETRATOS quando sonhos encravados nos velhos caminhos percorridos transparecem sonhos não alcançados e esperanças perdidas.
Os RETRATOS parecem dizer palavras escamoteadas de idéias, que vagamente passaram pela mente ao amanhecer e uma mensagem de esperança que deixou marcas em corações desconsolados.
Os RETRATOS recordam beijos esquecidos daquela primeira namorada ou lembranças de um inseparável aconchego que soçobrou e dele guardamos um longínquo abraço que nos fez soluçar.
Os RETRATOS podem ser as últimas recordações, talvez meras lembranças, que não deixarão memórias para serem esquecidas de um casual encontro.

Os RETRATOS como a felicidade conduz agora a uma eterna saudade.

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