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cronicas-->Time do Coração -- 20/08/2006 - 21:25 (José Januzzi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Time do Coração

Seu time do coração vinha de tantas derrotas seguidas, um número inédito na história do clube. Para aquele final de semana a expectativa fora enorme desde o domingo anterior, a maioria da torcida contava com uma vitória sobre o arqui-rival, nada melhor para animar o time e levá-lo a uma consequente recuperação no campeonato, que já se aproximava da fase final de classificação. Mesmo sabendo que seu amado time não tinha mais chances, queriam aquela vitória para interromper a sequência desagradável de derrotas, melhorar a posição na tabela e pensar no campeonato do próximo ano de cabeça erguida. Mas como no futebol tudo pode acontecer, naquele final de semana não foi diferente. Teve início o jogo e no primeiro tempo parecia que só o time adversário estava em campo: os gols foram saindo um após o outro. Já passava da metade do segundo tempo e o seu time, mais uma vez, já estava perdendo de tantos a um, uma tremenda goleada dentro de casa. Que vergonha! Aquilo era demais para o seu desespero. A torcida chateada manifestava a sua insatisfação com o time. Ele não. Sua insatisfação era diferente, ele não suportava aquilo, não seria aos berros de "burro", para o técnico, de "queremos raça", para os jogadores, e outros tais que mudaria seu estado de espírito. Foi sentindo cada vez mais, com a proximidade do final do jogo, uma angústia que não cabia em si. Aquele jogo estava sendo transmitido ao vivo para todo o país e ele também sabia disso, pois fora muito divulgado na véspera. Num ímpeto de heroísmo, ele, de quieto no seu canto, se levantou, saltou o alambrado, atirou o radinho de pilha para o lado, saiu correndo feito um louco e entrou pelo gramado adentro, com o jogo ainda em andamento e correu, sem que ninguém o alcançasse, em direção ao artilheiro e maior ídolo do seu time até que conseguiu e aos prantos o abraçou, no centro do gramado, ao vivo, para todo o país. Foi uma cena condenável pelo ato da invasão, mas, ao mesmo tempo emocionante, dessas que só o futebol nos oferece.

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