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Teses_Monologos-->Minha Luta por Adolf Hitler - CAPÍTULO VI -- 19/09/2003 - 10:17 (((((EU SOU DO SUL))))) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CAPÍTULO VI - A LUTA NOS PRIMEIROS TEMPOS - A IMPORTÂNCIA DA ORATÓRIA

Mal tínhamos terminado o primeiro grande comício de 24 de fevereiro de 1920, na sala de festas do Hofbräuhaus e já nos preparávamos para o próximo. Até aquele momento tinha-se como quase impossível, em uma cidade como Munique, fazer um comício de quinze em quinze dias ou mesmo uma vez por mês. No entanto, íamos realizar um grande mitingue por semana!
Naqueles tempos, faziamo-nos sempre esta angustiosa pergunta: O povo virá às nossas reuniões, estará disposto a ouvir-nos? Quanto a mim, já estava firmemente convencido de que uma vez que o povo comparecesse aos mitingues, aí permaneceria e ouviria os oradores com atenção.
No início do movimento a sala de festas do Hofbräuhaus de Munique tinha, para nós nacionais-socialistas, uma significação quase sagrada. Todas as semanas ali se realizava um comício, quase sempre na mesma sala. A concorrência era cada vez maior e a assistência cada vez mais atenta. A começar da questão de saber a quem cabia a responsabilidade na guerra, com que ninguém mais se preocupava, até ao tratado da paz, tudo era discutido, tudo o que de qualquer modo, fosse necessário para a agitação em favor das nossas idéias, da nossa finalidade. Sobretudo a critica do tratado de paz despertava grande atenção popular. Quase tudo o que o novo movimento profetizou sobre esse assunto, junto às massas, realizou-se depois. Hoje é fácil falar ou escrever sobre o tratado de paz. Outrora, porém, um comício popular público composto, não de fleumáticos burgueses, mas de operários excitados, e que tivesse por tema o tratado de Versalhes, era considerado como um ataque à República e um sintoma de reacionarismo, e até mesmo de tendências monárquicas. A primeira proposição pronunciada por um crítico desse tratado era invariavelmente recebida com o grito: "É o tratado de Brest-Litowsky?" A gritaria da multidão continuava cada vez mais forte até atingir o auge da violência, se o orador não abandonasse a idéia de, tentar persuadir as massas. Era de desesperar o espetáculo que então oferecia o povo!
O povo não queria ouvir, não queria entender que o tratado de Versalhes era uma vergonha e um opróbrio para a nação e que esse tratado de paz que nos fora ditado traduzia-se por um verdadeiro saque. A obra de destruição do marxismo, a sua propaganda envenenadora tinha cegado o povo. E ninguém se poderia queixar dessa situação, tão grande era a culpa do lado dos dirigentes. Que tinha feito a burguesia para conter essa terrível desagregação, contrariá-la e. por uma melhor e mais inteligente propaganda, abrir o caminho para a verdade Nada, absolutamente nada. Nunca encontrei, naqueles tempos, os grandes apóstolos de hoje. Talvez estivessem eles fazendo conferências em reuniões familiares, em five o clock teas ou em outros círculos semelhantes. Não se encontravam nunca no lugar em que deveriam estar, isto é, entre os lobos, uivando com eles.
Eu via claramente que, para o nosso movimento, então na infância, a questão da responsabilidade da guerra deveria ser liquidada à luz da verdade histórica. Foi uma condição sine qua non do êxito da nossa causa o ter proporcionado às massas a - compreensão do tratado de paz. Como, naqueles tempos, todos viam nessa paz uma vitória da Democracia, fazia-se necessário lutar contra essa idéia e gravar na cabeça do povo para sempre o ódio contra esse tratado, para que, mais tarde, quando essa obra de mentiras, em formas brilhantes, aparecesse na sua dura realidade, a lembrança de nossa atitude de outrora servisse para conquistar para nós a confiança do povo. Já naqueles tempos eu tinha tomado a resolução de, nas importantes questões de princípio, nas quais a opinião pública geral tinha aceito um ponto de vista falso, tomar uma atitude contrária, sem preocupação de popularidade. O Partido Nacional Socialista não deve ser um esbirro da opinião pública mas senhor da mesma.
Em todos os movimentos ainda em inicio, sobretudo nos momentos em que um adversário mais poderoso, com a sua arte de sedução, conseguiu arrastar o povo a alguma lunática revolução ou a tomar uma posição falsa, nota-se uma forte tentação para agir e gritar com as multidões, especialmente quando há algumas razões, mesmo ilusórias, para assim agir do ponto de vista do partido.
A covardia humana procura com tanto ardor essas razões que quase sempre encontrará alguma coisa que ofereça uma aparência de justiça para, do seu próprio ponto de vista, colaborar em um tal crime.
Tive ocasião de observar, algumas vezes, esses casos, em que se faz - necessário desenvolver a máxima energia para evitar que a nau do partido não navegue na corrente geral, ou melhor, não se deixe por ela arrastar. A última vez que isso aconteceu foi quando a nossa infernal imprensa, que é a Hecuba da nação alemã, conseguiu emprestar à questão do sul do Tirol uma proeminência que terá sérias conseqüências para a nação alemã.
Sem refletirem sobre a causa a que estávamos servindo, muitos dos chamados nacionalistas, indivíduos, partidos e associações, simplesmente com receio da opinião pública excitada pelos judeus, fizeram coro comum com o sentir geral e, idiotamente, deram o seu apoio à luta contra um sistema que nós alemães, especialmente na crise atual, deveríamos ver como uma brilhante esperança nesse momento de corrupção. Enquanto os judeus internacionais, lenta mas firmemente, tentam estrangular-nos, os soi-disants patriotas vociferam contra um homem e um sistema .que se tinham aventurado a libertar, pelo menos um trato do planeta, da dominação dos judeus-maçons, e a opor as forças nacionais a esse veneno internacional. Era mais cômodo, porém, para caracteres fracos, navegar ao sabor dos ventos e capitular ante o clamor da opinião pública. E, de fato, tudo não passou de uma capitulação. Podem esses indivíduos, com a falsidade e maldade que lhes é peculiar, não confessar essa fraqueza, nem mesmo perante a sua própria consciência, mas a verdade é que só por medo e covardia da opinião pública preparada pelos judeus consentiram em colaborar no movimento a que nos referimos. Todas as outras razões que apresentam não passam de miseráveis subterfúgios de quem tem a consciência do crime praticado.
Tornava-se, pois, necessário, um punho de ferro para dar outra orientação, a fim de livrá-lo dos danos ocasionados por essa orientação. Tentar uma mudança dessa natureza em um momento em que a opinião pública era excitada sempre no mesmo sentido, por todas as forças, não era uma missão popular, mas, ao contrário, extremamente perigosa, mesmo para os mais audazes. Não, é, porém, raro na história que, nestes momentos, indivíduos se deixem lapidar por um gesto que dará à posteridade motivos para prostrar-se a seus pés.
Com esses aplausos da posteridade deve contar todo movimento de grande alcance e não somente com os aplausos dos coevos. Pode acontecer que, nesses momentos, os indivíduos se deixem entibiar. Não devem porém, esquecer de que, depois dessas horas difíceis, vem a redenção e de que uma agitação que pretende renovar o mundo, tem que visar mais o futuro do que o presente.
Pode-se constatar facilmente que os maiores sucessos, os de efeitos mais duradouros, na história da humanidade foram, geralmente, de começo, pouco compreendidos e isso porque se contrapunham aos pontos de vista e ao gosto da opinião pública. Isso pudemos verificar nos primeiros dias de nossa apresentação em público. Não procuramos conquistar o favor das massas, ao contrário fomos de encontro, em tudo, aos desvarios do povo. Quase sempre acontecia, naqueles tempos, apresentai--me em reuniões de homens que acreditavam no contrário do que eu lhes queria dizer e queriam o contrário daquilo em que eu acreditava. Nossa missão era, durante duas horas, libertar dois a três mil homens das noções erradas que possuíram, por golpes sucessivos destruir os fundamentos dos mesmos e, finalmente, atraí-los para as nossas idéias, para a nossa doutrina.
Em pouco tempo aprendi uma coisa importante que consistia em tirar das mãos do inimigo as armas de defesa. Logo se tornou evidente que os nossos adversários, sobretudo tratando-se de discussões verbais, sempre se apresentavam com um repertório certo de argumentos que, repentinamente, usavam contra as nossas afirmações, de modo que a uniformidade desse processo de argumentar proporcionou-nos um treno consciente e de objetivo bem definido. Pudemos compreender o espírito de disciplina dos nossos adversários, na sua propaganda. Hoje orgulho-me de ter descoberto os meios não só de tornar a sua propaganda ineficiente como também de vencer os seus próprios líderes. Dois anos depois eu era mestre nesta arte.
Em cada discussão, o importante era ter, de antemão, uma idéia clara da forma e do aspecto prováveis dos argumentos que se esperavam por parte dos adversários e, mencionar, de começo, as possíveis objeções e provar a sua falta de consistência. Assim o ouvinte, apesar das numerosas objeções que lhe tinham sido inspiradas, pela destruição antecipada das mesmas, era facilmente conquistado para a causa, desde que fosse um homem bem intencionado. A lição que lhe ensinavam de cor era abandonada e sua atenção era cada vez mais atraída para a exposição do orador.
Foi essa a razão por que, depois da minha conferência sobre o tratado de Versalhes, dirigida às tropas, na qualidade de "instrutor", mudei a minha orientação e comecei a falar sobre os dois tratados, de Versalhes e de Brest-Litowsky, o último dos quais antes sempre irritava o auditório. Depois de algum tempo, no decorrer da discussão que se seguiu à primeira conferência, pude afirmar que o povo, na realidade, nada sabia sobre o tratado de Brest-Litowsky e que isso era devido à bem sucedida propaganda dos partidos políticos que apontavam esse tratado como um dos mais vergonhosos atos de opressão da história da humanidade. À tenacidade com que essa mentira era posta diante dos olhos das grandes massas, deve-se o fato de milhões de alemães verem no tratado de Versalhes nada mais do que um justo castigo pelo crime que havíamos cometido em Brest-Litowsky. Influenciados por essa propaganda, os nossos compatriotas viam uma campanha forte contra o tratado de Versalhes como injusta e, freqüentemente, se irritavam ou se enojavam ante qualquer tentativa nesse sentido.
Foi por isso também que o povo se pode acostumar com a impudente e monstruosa palavra "reparação". Por milhões de nossos compatriotas, iludidos por uma propaganda falsa, essa mentira passou a ser vista como um ato de grande justiça. A melhor prova disso está no êxito da propaganda que dirigi contra o tratado de Versalhes, campanha que sempre iniciava com uma explicação sobre o tratado de Brest-Litowsky. Durante a argumentação punha os dois tratados um ao lado do outro, comparava-os, ponto por ponto, mostrava que um, na realidade, se inspirava em um sentimento generoso, enquanto, ao contrário, o outro se caracterizava por uma crueldade desumana. Esse processo de comparação era coroado do mais completo êxito. Muitas vezes, discorri, outrora, sobre esse tema, em reuniões de milhares de homens, dos quais a maioria me recebia com olhares agressivos. E três dias depois, tinha diante de mim uma massa agitada pela mais sagrada revolta, por uma fúria sem limites contra esse tratado. Mais uma vez uma grande mentira era desalojada dos cérebros de milhares de homens, e, no lugar do embuste, se instalava a verdade.
Eu considerava como as mais importantes as duas conferências sobre "As verdadeiras causas da Guerra e sobre "Os tratados de Versalhes e Brest-Litowsky". Por isso, repetia-as dezenas de vezes sempre com argumentos novos, até que uma compreensão clara e definida se formasse no espírito dos ouvintes, no seio dos quais o nosso movimento granjeava os primeiros adeptos. Esses mitingues tiveram para mim ainda a vantagem de transformar-me aos poucos em orador de comícios, tendo adquirido o entusiasmo e os gestos que as grandes reuniões populares estimulam.
Naqueles momentos, como já afirmei, a não ser em pequenos círculos, nunca assisti, por iniciativa dos partidos, a qualquer explicação sobre esses tratados, com a orientação por mim adotada. No entanto, hoje, esses partidos enchem a boca com essas idéias e agem como se fossem eles que tivessem modificado a opinião pública.
Se os chamados partidos políticos nacionalistas alguma vez fizeram conferências nesse sentido, falavam sempre em círculos que já possuíam as mesmas idéias dos conferencistas, que apenas serviam para fortalecer as convicções do auditório.
Não acontecia nunca, porém, que, por meio da propaganda, procurassem conquistar a adesão dos que, até então, por sua educação e por suas idéias, se mantinham no campo oposto.
Também os folhetos foram postos a serviço da nossa propaganda. Já no seio da tropa, eu havia redigido um folheto fazendo um confronto entre o tratado de Brest-Litowsky e o de Versalhes, o qual alcançou uma grande tiragem. Mais tarde, servi-me desse recurso para a propaganda do partido. Nesse ponto também, a eficiência se fez sentir.
Os nossos primeiros mitingues se distinguiam pelo fato de distribuirmos opúsculos, boletins, jornais e brochuras de toda espécie. No entanto, a nossa maior confiança estava na palavra falada. É, de fato, a palavra falada, por motivos psicológicos, é a única força capaz de provocar grandes revoluções.
Em outro capitulo deste livro, já cheguei à conclusão de que todos os acontecimentos importantes, todas as revoluções mundiais, não são jamais fruto da palavra escrita mas, ao contrário, são sempre produzidas pela palavra falada.
Sobre esse assunto, travou-se, em uma parte da imprensa, longa discussão em que, sobretudo entre os nossos espertalhões da burguesia, se combateu essa afirmação A razão por que isso acontecia era suficiente para destruir os argumentos dos que contraditavam essa verdade, os intelectuais burgueses protestavam contra uma tal noção somente porque visivelmente eles não possuíam força e capacidade para exercer influência sobre as massas, por meio da palavra falada. Acostumados a agir sempre pela palavra escrita, renunciaram a utilizar a grande força de agitação que é a palavra falada.
Esse hábito, com o decorrer dos tempos, teve fatalmente o resultado, que hoje verificamos na burguesia, isto é, a perda do instinto de atuação sobre as massas.
Ao passo que lhe permite corrigir os seus pontos de vista de acordo com a maneira de comportar-se da audiência, podendo seguir seus argumentos com inteligência e verificar se as suas palavras estão produzindo o efeito desejado, o escritor nenhum contato tem com seus leitores. Por isso, o escritor é, de inicio, incapaz de se dirigir a uma multidão definida, com um programa em condições de arrastá-la e tem que se limitar a argumentos de ordem geral.
Assim perde ele, até certo ponto, a fineza necessária para compreender a psicologia popular e, com o tempo, a plasticidade indispensável. É mais freqüente que um brilhante orador consiga ser um grande escritor do que vice-versa.
Releva notar ainda que as massas humanas são naturalmente preguiçosas, e, por isso, inclinadas a conservar os seus antigos hábitos. Raramente, por impulso próprio, procuram ler qualquer coisa que não corresponda às idéias que já possuem ou que não encerre aquilo que esperam encontrar. Assim sendo, um escrito que visa um determinado fim, na maioria dos casos, só é lido por aqueles que já possuem a mesma orientação do autor. Mais eficiente é um boletim ou um folheto. Justamente por serem curtos, de leitura fácil, podem despertar a atenção do antagonista, durante um momento.
Grandes possibilidades possui a imagem sob todas as suas formas, desde as mais simples até ao cinema. Nesse caso, os indivíduos não são obrigados a um trabalho mental. Basta olhar, ler pequenos textos. Muitos preferirão uma representação por imagens à leitura de um longo escrito. A imagem proporciona mais rapidamente, quase de um golpe de vista, a compreensão de um fato a que, por meio de escritos, só se chegaria depois de enfadonha leitura.
O mais importante é que o escritor nunca sabe em que meios vão parar as suas produções e quem vai aceitar as suas idéias, A atuação do propagandista será em geral tanto mais eficiente quanto melhor as noções propagadas correspondam ao nível intelectual e ao modo de vida dos leitores. Um livro que é destinado às grandes massas deve, em primeiro lugar, esforçar-se por adotar um estilo e uma elevação inteiramente diversos de outro que se dirige às altas camadas intelectuais. Só com essa capacidade de adaptação pode a palavra escrita aproximar-se, nos seus efeitos, da palavra falada.
Suponhamos que o orador trate do mesmo assunto explanado em um livro. Se ele é um grande e genial orador, não precisa repetir o mesmo assunto, duas vezes, da mesma maneira. Ele se identificará tanto com as massas que as palavras de que precisa fluem naturalmente de modo a tocar o coração do auditório. Quando se empenha em um caminho errado, tem a oportunidade de corrigir-se, até mesmo, no seio da multidão. Na fisionomia dos ouvintes poderá ele observar, primeiro, se está sendo compreendido, segundo, se todos os ouvintes podem acompanhá-lo, terceiro, se estão persuadidos da justeza do que lhes apresenta.
Na hipótese de verificar que não está sendo compreendido, procederá a uma explicação tão clara, tão simples, que todos a aceitarão. Se sentir que o auditório não pode acompanhá-lo em todos os seus raciocínios, ele, então, exporá suas idéias lenta e cuidadosamente, até que os espíritos intelectualmente mais fracos possam apanhá-las. Se compreender que os ouvintes não estão convencidos da correção de seus argumentos, repeti-los-á tantas vezes quantas forem necessárias, aduzindo sempre novos argumentos e fazendo ele mesmo as objeções que julga estarem no espírito do auditório. Continuará assim até que o último grupo de oposição demonstre, pela sua maneira de portar-se e por sua fisionomia, que capitulou ante os raciocínios apresentados.
Não raramente surge o caso da existência de poderosos preconceitos, que não vêm da razão, mas ao contrário, são na maior parte, inconscientes e com base apenas nos sentimentos. É mil vezes mais difícil transpor essa barreira de repulsa instintiva, de ódio ou de preconceitos negativos, do que corrigir uma noção errada ou incorreta- A ignorância, falsas concepções podem ser removidas por argumentos, a obstrução oriunda do sentimento, nunca. Só um apelo a essas forças ocultas pode ser bem sucedido nesse caso. Isso é quase impossível para um escritor. Só um orador pode ter esperanças de consegui-lo.
A prova mais evidente disso está no fato de a imprensa burguesa apesar de sua grande habilidade, apesar de espalhar-se por milhões de exemplares, não ter podido evitar que justamente as massas se constituíssem nos maiores inimigos do mundo burguês. A aluvião de jornais e de livros que, todos os anos, produzem os intelectuais, escorre, entre milhões de alemães das camadas inferiores, como água sobre pele untada de óleo.
Esse fato pode provar duas teses: ou o erro do conteúdo de todas essas produções escritas ou a impossibilidade de atingir o coração das massas, só pela palavra escrita, sobretudo quando essa palavra escrita não está de acordo com a psicologia coletiva, como é o caso entre nos.
Não se objete (como o tentou um grande jornal nacionalista de Berlim) que o marxismo, com os seus escritos, sobretudo pela atuação da obra fundamental de Karl Marx, oferece uma prova em contrario dessa afirmação.
A força que deu ao marxismo a sua espantosa influência sobre as massas não foi a obra intelectual preparada pelos judeus, mas sim a formidável propaganda oral que inundou a nação, acabando pela dominação das camadas populares. De cem mil proletários alemães não se tiram talvez Cem que conheçam a obra de Marx, que era estudada, mil vezes mais, pelos intelectuais, especialmente os judeus, do que por genuínos adeptos do movimento, nas classes inferiores. Esse livro foi escrito para o povo mas exclusivamente para os líderes intelectuais da máquina que os judeus montaram para a conquista do mundo, A agitação foi dirigida com material de outra espécie, isto é, com a imprensa. Nisso está a diferença entre a imprensa marxista e a burguesa. Os jornais marxistas eram redigidos por agitadores, enquanto a imprensa burguesa preferiu dirigir a sua agitação através de escritores.
O redator clandestino social-democrata, que quase sempre sai dos locais de reunião para as redações, conhece a sua gente melhor do que ninguém. O escrevinhador burguês, que sai do seu escritório para pôr-se em contato com o povo, cai doente só em sentir o cheiro das massas e, por isso, fica impotente em face delas, com a sua palavra escrita.
O que fez com que o marxismo conquistasse milhões de trabalhadores foi menos a maneira de escrever dos papas marxistas do que a infatigável e verdadeiramente poderosa propaganda de cem mil incansáveis agitadores, a começar dos apóstolos da primeira fila até aos pequenos empregados de fábrica e aos oradores populares. Foi nas centenas de milhares de reuniões, nas salas contaminadas de fumo das estalagens, que os oradores martelavam as suas idéias na cabeça do povo, obtendo um conhecimento fabuloso do material humano, que o marxismo aprendia a usar as armas adequadas para conquistar a opinião pública.
A vitória do marxismo foi também devida às formidáveis demonstrações coletivas, àqueles cortejos de centenas de milhares de homens, perante os quais os indivíduos se Julgavam mesquinhos vermes, mas, não obstante isso, orgulhavam-se de pertencer à gigantesca organização, ao sopro da qual o odiado mundo burguês poderia ser incendiado, permitindo à ditadura proletária festejar a sua vitória final.
Dessa propaganda vêm os homens que estavam preparados a ler a imprensa social-democrática, imprensa que não é escrita mas falada. Enquanto, no campo burguês, professores e exegetas, teóricos e escritores de todas as nuances tentaram a tribuna, os oradores marxistas também se dedicaram à produção de trabalhos escritos. Sobretudo o judeu, que, nesses assuntos, não deve ser perdido de vistas, será, graças à sua dialética mentirosa e à sua maleabilidade, mais afeiçoado à oratória do que à palavra escrita.
Essa é a razão por que os burgueses (pondo-se de parte o fato de que estavam em grande maioria influenciados pelos judeus e não tinham nenhum interesses em instruir a coletividade) não puderam exercer a menor influência sobre a grande massa do povo.
De como é difícil destruir preconceitos, impressões e sentimentos e substitui-los por outros, que dependem de influências e condições imprevisíveis, só o orador, que sente a alma popular, pode fazer uma idéia. A mesma conferência, o mesmo orador, o mesmo tema, produzem efeitos, às dez horas da manhã, diferentes dos que se pode obter às três horas da tarde ou à noite. Eu mesmo, como principiante, tentei fazer reuniões à tarde e lembro-me muito bem de uma demonstração que, como "protesto contra a opressão nas nossas fronteiras", fizemos no Kindl-Keller de Munique. Era a mais vasta sala da cidade e o risco em que incorríamos parecia acima de nossas forças. Para facilitar a presença dos nossos adeptos e de todos que quisessem na mesma tomar parte, marquei a reunião para as dez horas da manhã de um domingo. A expectativa era de ansiedade, que logo se transformou em uma lição das mais instrutivas: a sala encheu-se, a impressão era de vitória, mas notava-se a mais fria disposição por parte do auditório. Ninguém se inflamava. Eu mesmo, como orador, sentia-me infeliz, não conseguia estabelecer ligação com os ouvintes. Aliás, eu estava convencido de que não tinha falado mal, mas, não obstante isso, o efeito da conferência foi nulo. Descontente, apesar de ter adquirido mais uma experiência, deixei a sala de reuniões. Outras provas que eu, mais tarde, tentei, tiveram o mesmo resultado.
Isso não deve causar admiração a ninguém. Quem for assistir a uma representação teatral às três horas da tarde e depois assistir à mesma peça às oito horas da noite ficará surpreendido com a diferença de impressões! Qualquer indivíduo de sentimentos delicados e de capacidade artística para compreender esse estado de espírito, poderá logo constatar que a impressão causada pela representação à tarde não se pode comparar com a mesma da noite. O mesmo acontece com o cinematógrafo. Essa última observação é importante, porque poder-se-ia dizer que, durante o dia, os artistas de teatro não desenvolvem o mesmo esforço que durante a noite.
Quanto ao filme, a situação é a mesma, tanto de noite como de dia. A razão é que é o próprio tempo que provoca a alteração, tal como acontece comigo em relação ao lugar. Há lugares que provocam frieza, por motivos que, dificilmente, se podem avaliar, e onde toda tentativa de afinação com o povo encontra a mais firme resistência. As recordações e representações do passado, presentes ao espirito dos homens também podem criar uma certa impressão. Assim uma representação de Parsifal em Bayreuth produzirá uma impressão diferente da que se terá em qualquer outra parte do mundo. O místico encanto da casa de Fest-spielhügel da cidade dos antigos margraves não pode ser substituído nem sobrepujado.
Em todos os casos, trata-se de uma diminuição do livre arbítrio do homem. Isso é mais verdadeiro ainda quando se trata de assembléias nas quais os indivíduos possuem pontos de vista opostos. Pela manhã e mesmo durante o dia, a força de vontade das pessoas parece resistir melhor, com mais energia, contra a tentativa de impor-se-lhes uma vontade estranha. À noite, deixam-se vencer mais facilmente pela força dominadora de uma vontade forte. Na realidade, em cada uma dessas reuniões há uma luta de duas forças opostas. A superioridade de um verdadeiro apóstolo, quanto à eloqüência, tornar-lhe-ia mais fácil o êxito da conquista, para o novo credo de adeptos que já sofreram uma diminuição na sua capacidade de resistência. Visa ao mesmo objetivo a misteriosa e artística hora do angelus da igreja católica, com suas luzes, seu incenso, turíbulos, etc.
Nessa luta do orador com o adversário que se quer convencer, adquire este, pouco a pouco, um espírito de combatividade que quase sempre falta ao escritor.
Dai resulta que as produções escritas, na sua limitada eficiência, prestam-se melhor à conservação, fortalecimento e aprofundamento de um ponto de vista já existente. Todas as grandes modificações históricas foram devidas à palavra falada e não à escrita.
Não se acredite por um momento que a Revolução Francesa se realizou por força de teorias filosóficas. Ela teria fracassado se não contasse com um exército de demagogos de alto estilo, que despertaram as paixões do povo martirizado, a ponto de provocar a terrível erupção que deixou a Europa transida de pavor.
A mesma explicação tem a maior revolução de nossos dias, a revolução comunista da Rússia. Essa não foi conseqüência dos escritos de Lenine, mas da eficiência oratória de grandes e pequenos oradores, que desenvolveram o ódio das massas contra a situação existente. Um povo de analfabetos não seria arrastado nunca a uma revolução comunista pela leitura de um teórico como Karl Marx, mas sim pelos milhares de agitadores que, a serviço de uma idéia, discursavam para o povo.
Isso foi e há de ser sempre assim.
Os nossos intelectuais, na sua ignorância das realidades, chegam a acreditar que um escritor é, forçosamente, superior em inteligência a um orador.
Esse ponto de vista é deliciosamente ilustrado em um artigo de certo jornal nacionalista, em que se afirma que geralmente se sente uma desilusão quando se lê um discurso de um grande orador, por todos admirado como tal.
Lembro-me de outra crítica que me veio às mãos durante a Guerra. O jornal pegou os discursos de Lloyd George, então ministro das munições, examinou-os, nos menores detalhes, para chegar à brilhante conclusão de que esses discursos revelavam inferioridade intelectual, ignorância e banalidade. Obtive alguns desses discursos enfeixados em um pequeno volume e não pude deixar de rir, ao pensar que o escrevinhador não conseguiu compreender a influência que essas obras-primas exercem sobre a opinião pública. O tal escrevinhador julgou esses discursos somente pela impressão que os mesmos causavam no seu espírito blasé, ao passo que o grande demagogo inglês tinha obtido um efeito imenso no seu auditório e em todas as camadas inferiores da população britânica.
Examinados por esse prisma, os discursos de Lloyd George eram produções admiráveis, pois revelavam um grande conhecimento da psicologia das massas. Sua atuação no espírito do povo foi decisiva.
Comparem-se os discursos de Lloyd George com os discursos fúteis, gaguejados por um Bethmann-Hollveg! Talvez as orações do último sejam superiores sob o ponto de vista intelectual, mas demonstram a incapacidade do seu autor para falar à nação que ele não conhecia.
Que Lloyd George era superior a Bethmann-Hollveg prova-o o fato de ser a forma dada aos seus discursos em moldes capazes de falar ao coração do seu povo e fazê-lo obedecer à sua vontade. A simplicidade das suas orações, a forma de expressão, a escolha de ilustrações simples, de fácil compreensão, são provas evidentes da extraordinária capacidade política de Lloyd George.
O discurso de um estadista, falando ao seu povo, não deve ser avaliado pela impressão que o mesmo provoca no espírito de um professor de Universidade, mas no efeito que produz sobre as massas.
Só por esse critério é que se pode medir a genialidade de um orador.
O admirável progresso do nosso movimento que, há poucos anos, se originara do nada, e hoje é um movimento de valor, perseguido por todos os inimigos internos e externos do povo. deve-se ao fato de sempre ter sido tomada em consideração aquela verdade.
Por mais importante que seja a produção escrita do movimento, ela terá sempre mais valor para a formação intelectual dos grandes e pequenos lideres, em um plano único, do que para a conquista das massas colocadas em pontos de vista contrários. Só em casos excepcionalíssimos, um social-democrata convencido ou um fanático comunista condescenderá em adquirir uma brochura ou mesmo um livro nacional-socialista para lê-los e daí formar uma idéia sobre a nossa doutrina ou para estudar a critica às suas convicções. Os jornais raramente são lidos quando não trazem bem claro o sinete do partido a que pertence o leitor. Além disso, a leitura de um exemplar de jornal pouco adianta. A sua atuação é de tal modo dispersiva que da mesma nenhuma influência digna de nota se pode esperar. Não se pode e não se deve exigir de ninguém, sobretudo daqueles para os quais um pfening é muito dinheiro, que assinem jornais inimigos, só pelo desejo de obter esclarecimento sobre os fatos. Isso talvez não aconteça em um caso sobre dez mil. Quem já aderiu a uma causa lerá naturalmente o jornal do seu partido para se pôr ao par das notícias do movimento em que está empenhado.
O contrário acontece com o boletim. Uma ou outra pessoa tomá-lo-á nas mãos, sobretudo quando o mesmo é distribuído gratuitamente. Isso acontece mais freqüentemente ainda quando, já na epígrafe, se anuncia a discussão de um tema que está na boca de todos.
Depois da leitura de alguns desses boletins, o leitor talvez seja conquistado aos novos pontos de vista ou pelo menos terá a sua atenção despertada para o novo movimento. Mesmo na hipótese mais favorável, só se conseguirá, por esse meio, um ligeiro impulso e nunca uma situação definitiva, isso só se obterá com os comícios populares.
Os comícios populares são necessários, justamente porque neles o indivíduo que se sente inclinado a tomar parte em um movimento mas receia ficar isolado, recebe, pela primeira vez, a impressão de uma coletividade maior, o que provoca, na maior parte dos espíritos, um estimulo e um encorajamento.
O mesmo homem que, nas fileiras de sua companhia ou do seu batalhão, entra na luta de todo coração, não o faria se estivesse sozinho. Na companhia sente-se como protegido, mesmo quando milhares de razões houvesse em contrário. O caráter coletivo nas grandes manifestações não só fortalece o indivíduo, como estabelece a união e concorre para a formação do espírito de classe.
O homem que se inicia em uma nova doutrina e que, na sua empresa ou na sua oficina sofre opressões, precisa de fortalecer-se pela convicção de que é um membro e um lutador dentro de uma grande coletividade. Essa impressão ele recebe apenas nas manifestações coletivas.
Quando ele sai de sua pequena oficina ou da sua grande fábrica, onde se sente infinitamente pequeno, e, pela primeira vez, entra em um comício, e aí encontra milhares e milhares de pessoas com as mesmas idéias que as suas, quando é arrastado pela força sugestiva do entusiasmo de três a quatro mil pessoas, quando o êxito visível da causa e a unanimidade de opiniões lhe dão a convicção da justeza do novo movimento e lhe despertam a dúvida sobre a verdade de suas antigas idéias, então estará sob a influência do que poderemos designar por estas palavras - sugestão das massas. A vontade, os anseios, também a força, de milhares, acumulam-se em cada pessoa.
O indivíduo que entrou para o comício vacilando, envolvido em dúvidas, dali sai firmemente fortalecido. Tornou-se membro de uma coletividade.
O movimento nacional-socialista nunca se deve esquecer disso e não se deve nunca deixar influenciar por esses patetas burgueses que sabem tudo mas nem por isso deixaram ir à ruína um grande Estado e perderam até a direção da própria classe. Eles são extraordinariamente inteligentes, sabem tudo, entendem tudo, só uma coisa eles não entenderam, isto é, não puderam impedir que o povo alemão caísse nas garras do marxismo. Nisso eles fracassaram da maneira mais deplorável. A sua presunção atual é pura ignorância. É sabido que o orgulho anda sempre de par com a estupidez.
Quando esses indivíduos se recusam a emprestar qualquer valor à palavra falada, assim agem simplesmente porque, graças a Deus, estão convencidos da ineficiência do seu palavreado oco.
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